Brava gente sertaneja
I
Um leito seco de rio
Uma casa abandonada
Uma caveira de burro
Uma cerca derrubada
Nada parece ter vida
Na terra tão desolada
II
Uma carcaça de boi
Secando ao sol que calcina
Atraindo com seu cheiro
Uma ave de rapina
Que da morte sobrevive
Carregando a triste sina
III
Um caminho poeirento
Nenhum vivente a passar
Uma árvore ressequida
Sem folhas pra sombrear
O passante quando olha
Tem vontade de chorar
IV
Enquanto a chuva não vem
Pra terra revigorar
Não se vê uma plantação
Nenhuma vaca a pastar
Nem água pra se beber
Nenhuma ave a cantar
V
Passando assim na estrada
Sinto dor no coração
Imagino o sertanejo
Que abandonou seu chão
Por ver o gado morrendo
E secando a plantação
VI
Pra onde foi toda a gente
Que morava no lugar?
Certamente a triste seca
Expulsou-os do seu lar
Com esperança de um dia
Poder pra lá retornar
VII
Ninguém pode ser tão forte
Pra suportar tanta dor
Um trabalho dedicado
Com suor e muito amor
Ser, sem pena, destruído
Pelo sol abrasador
VIII
Mas é assim essa gente
Entre o destino e a sorte
Com um coração sensível
E temperamento forte
Vai reconstruindo a vida
E desafiando a morte
I
Um leito seco de rio
Uma casa abandonada
Uma caveira de burro
Uma cerca derrubada
Nada parece ter vida
Na terra tão desolada
II
Uma carcaça de boi
Secando ao sol que calcina
Atraindo com seu cheiro
Uma ave de rapina
Que da morte sobrevive
Carregando a triste sina
III
Um caminho poeirento
Nenhum vivente a passar
Uma árvore ressequida
Sem folhas pra sombrear
O passante quando olha
Tem vontade de chorar
IV
Enquanto a chuva não vem
Pra terra revigorar
Não se vê uma plantação
Nenhuma vaca a pastar
Nem água pra se beber
Nenhuma ave a cantar
V
Passando assim na estrada
Sinto dor no coração
Imagino o sertanejo
Que abandonou seu chão
Por ver o gado morrendo
E secando a plantação
VI
Pra onde foi toda a gente
Que morava no lugar?
Certamente a triste seca
Expulsou-os do seu lar
Com esperança de um dia
Poder pra lá retornar
VII
Ninguém pode ser tão forte
Pra suportar tanta dor
Um trabalho dedicado
Com suor e muito amor
Ser, sem pena, destruído
Pelo sol abrasador
VIII
Mas é assim essa gente
Entre o destino e a sorte
Com um coração sensível
E temperamento forte
Vai reconstruindo a vida
E desafiando a morte