Como os desejos se realizam
(Adaptado da lenda “Os três Cedros”)
I
Conta uma antiga lenda
Que numa floresta havia
Três Cedros exuberantes
Que viviam em harmonia
Compartilhando os desejos
Que cada um possuía
II
Em floresta libanesa
Essas árvores nasceram
E durante suas vidas
Muitos fatos conheceram
Vendo o mundo evoluir
Séculos ali viveram
III
O desejo da primeira
Seria ser transformada
No trono de um grande rei
Para poder ser lembrada
Como símbolo de poder
E sempre ser venerada
IV
A segunda revelou
O seu desejo também
Não tinha ideia precisa
Mas desejava, porém
Que fosse algo que um dia
Transformasse o Mal em Bem
V
A terceira por seu lado
Revelou desejos seus
De se transformar em algo
Que até mesmo os ateus
Quando para ela olhassem
Pudessem pensar em Deus
VI
Algum tempo de passou
E vieram os lenhadores
Os Cedros foram cortados
E por mãos de estivadores
Em navios embarcaram
Comprados por mercadores
VII
Cada um tinha um desejo
Desde a mais tenra idade
Mas seus sonhos se chocaram
Com a dura realidade
Cada Cedro foi usado
Pra outra finalidade
VIII
O primeiro foi usado
Numa simples construção
Para abrigo de animais
E cochos para ração
Também para apoiar feno
Pra sua alimentação
IX
A segunda das três árvores
Em mesa foi transformada
Sem comprador, a terceira,
Foi finalmente cortada
Ficando numa cidade
Muito tempo armazenada
X
Os Cedros eram felizes
Mas lamentavam a sorte
Suas madeiras tão nobres
De consistência tão forte
Não puderam ser usadas
Em algo de melhor porte
XI
Tempos depois um casal
Em uma noite estrelada
Procurando por refúgio
Do estábulo fez pousada
A mulher estava grávida
Dando à luz na madrugada
XII
E assim depois do parto
O bebê foi colocado
Entre o feno e a madeira
Que servia de estrado
E assim o Cedro teve
Seu sonho realizado
XIII
Agora sua madeira
Madeira nobre, de lei,
Havia se transformado
No trono de um grande Rei
E ela pensou feliz
Lembrada sempre serei
XIV
Anos mais tarde alguns homens
Numa mesa se sentaram
Mas antes que eles comessem
Umas palavras trocaram
Falando de Pão e Vinho
E a Deus glorificaram
XV
O segundo Cedro então
Nesse instante percebeu
Que o seu grande desejo
Finalmente aconteceu
Foi por aquela aliança
Que o Bem, o Mal venceu
XVI
Porém no dia seguinte
Num depósito de madeira
Fizeram uma grande cruz
Com pedaços da terceira
Que depois seria usada
De forma bem traiçoeira
XVII
Aquele homem da Ceia
Que só pregava bondade
E fez aquela aliança
Entre o homem e a divindade
Carregou a cruz nos ombros
Pelas ruas da cidade
XVIII
Horas depois em um monte
Na cruz ele foi cravado
Sem um julgamento justo
Ali foi crucificado
Deixando o terceiro Cedro
Bem triste e horrorizado
XIX
Porém antes de três dias
Daquela barbaridade
O Cedro compreendeu
Pra sua felicidade
A aliança formada
Entre o homem e a divindade
XX
A cruz da sua madeira
Foi, de forma transitória
Instrumento de tortura
Para sinal de vitória
Realizando o seu sonho
E lhe cobrindo de glória
XXI
Assim, os Cedros do Líbano
Finalmente festejaram
Pois viram que se cumpriu
O destino que almejaram
Embora não se cumprindo
Da forma que imaginaram
(Adaptado da lenda “Os três Cedros”)
I
Conta uma antiga lenda
Que numa floresta havia
Três Cedros exuberantes
Que viviam em harmonia
Compartilhando os desejos
Que cada um possuía
II
Em floresta libanesa
Essas árvores nasceram
E durante suas vidas
Muitos fatos conheceram
Vendo o mundo evoluir
Séculos ali viveram
III
O desejo da primeira
Seria ser transformada
No trono de um grande rei
Para poder ser lembrada
Como símbolo de poder
E sempre ser venerada
IV
A segunda revelou
O seu desejo também
Não tinha ideia precisa
Mas desejava, porém
Que fosse algo que um dia
Transformasse o Mal em Bem
V
A terceira por seu lado
Revelou desejos seus
De se transformar em algo
Que até mesmo os ateus
Quando para ela olhassem
Pudessem pensar em Deus
VI
Algum tempo de passou
E vieram os lenhadores
Os Cedros foram cortados
E por mãos de estivadores
Em navios embarcaram
Comprados por mercadores
VII
Cada um tinha um desejo
Desde a mais tenra idade
Mas seus sonhos se chocaram
Com a dura realidade
Cada Cedro foi usado
Pra outra finalidade
VIII
O primeiro foi usado
Numa simples construção
Para abrigo de animais
E cochos para ração
Também para apoiar feno
Pra sua alimentação
IX
A segunda das três árvores
Em mesa foi transformada
Sem comprador, a terceira,
Foi finalmente cortada
Ficando numa cidade
Muito tempo armazenada
X
Os Cedros eram felizes
Mas lamentavam a sorte
Suas madeiras tão nobres
De consistência tão forte
Não puderam ser usadas
Em algo de melhor porte
XI
Tempos depois um casal
Em uma noite estrelada
Procurando por refúgio
Do estábulo fez pousada
A mulher estava grávida
Dando à luz na madrugada
XII
E assim depois do parto
O bebê foi colocado
Entre o feno e a madeira
Que servia de estrado
E assim o Cedro teve
Seu sonho realizado
XIII
Agora sua madeira
Madeira nobre, de lei,
Havia se transformado
No trono de um grande Rei
E ela pensou feliz
Lembrada sempre serei
XIV
Anos mais tarde alguns homens
Numa mesa se sentaram
Mas antes que eles comessem
Umas palavras trocaram
Falando de Pão e Vinho
E a Deus glorificaram
XV
O segundo Cedro então
Nesse instante percebeu
Que o seu grande desejo
Finalmente aconteceu
Foi por aquela aliança
Que o Bem, o Mal venceu
XVI
Porém no dia seguinte
Num depósito de madeira
Fizeram uma grande cruz
Com pedaços da terceira
Que depois seria usada
De forma bem traiçoeira
XVII
Aquele homem da Ceia
Que só pregava bondade
E fez aquela aliança
Entre o homem e a divindade
Carregou a cruz nos ombros
Pelas ruas da cidade
XVIII
Horas depois em um monte
Na cruz ele foi cravado
Sem um julgamento justo
Ali foi crucificado
Deixando o terceiro Cedro
Bem triste e horrorizado
XIX
Porém antes de três dias
Daquela barbaridade
O Cedro compreendeu
Pra sua felicidade
A aliança formada
Entre o homem e a divindade
XX
A cruz da sua madeira
Foi, de forma transitória
Instrumento de tortura
Para sinal de vitória
Realizando o seu sonho
E lhe cobrindo de glória
XXI
Assim, os Cedros do Líbano
Finalmente festejaram
Pois viram que se cumpriu
O destino que almejaram
Embora não se cumprindo
Da forma que imaginaram