A FONTE SECOU

Eu sei que é muito triste,

Chega adoecer o coração,

Mas nascente não existe,

Nem água brota do chão.

Não se espante, só pense,

A causa da seca no sertão.

A água corre, na vertente,

Para desaguar no ribeirão.

A floresta apraza a corrente,

Evitando, em muito, a erosão.

As fissuras no solo, evidente,

Facilitam a valiosa infiltração.

E esse líquido que sai latente,

Ali na encosta de uma aluvião.

Com certeza ele é procedente,

De elevada e longínqua região.

O vapor que sobe no ar quente,

Efetua o milagre da renovação.

E a chuva desfecha imponente,

Revigorando toda a vegetação.

Assim trabalha o meio ambiente,

Perpetuando a boa frutificação.

Fazendo brotar a santa semente,

A fim de alimentar a população.

Portanto a nascente só persiste,

Da água que desliza pela vazão.

A luta do ser humano consiste:

Impedir sua insana destruição.

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