BODAS DE CANÁ ( jo 2, 1-12)

Pedra- PE, 02 de julho de 2014

Jesus foi convidado01

Certa vez pra um evento,

Em Caná da Galileia,

Era um dito casamento.

O povo Tava animado,

O bifê organizado,

Supimpa, bem na medida!

Na pequena estrutura

Havia tanta fartura:

Muito cumer e bebida.

Lá no portal da saída02

O anfitrião recebia

Os convidado pra festa

Que muito se divertia

Ao som duma fanfarra

E fazia aquela farra,

O maior divertimento.

Lá num se via tristeza

Era tudo uma beleza

No estabelecimento.

Tava a festa no momento03

Muito boa, divertida.

Havia dança judaica

Dos noivos, a preferida.

Todo mundo esperava

A noiva que não chegava

Na maior das agonia.

Fazia aquela gastura

Dava a gota e a criatura

Ali nem aparecia.

De repente ela surgia04

Tão bela, deslumbrante,

Ornada de bijuteria

Brincos, colar, e barbante

Tava uma belezura

Uma fulô de ternura

Um doce, muito bunita

O seu noivo aloprado

Já tava de ôi trocado

De tanto vinho e birita.

Nesta festa tão bendita06

simprizinha e atraente.

Maria, mãe de Jesus

Também estava presente

Organizando os talhé

E ajudando as mulhé

Que pegava no pesado.

Quando viu a penitença

Do serviçal na dispensa

Intensamente agastado

Vendo ele apavorado07

Só as pestanas batendo

Maria se aproximou

Pra ver o que tava havendo

E curiando a região

Encontrou a tal razão

Que ele se preocupou.

Tava ali o coitadinho

Se lamentando do vinho

Que na adega fartou.

De mansinho se retirou 08

Da cozinha no momento

E Jesus cristo procurou

Por tod’estabelecimento

Viu ele bem sentado

Com os amigos de lado

Batendo um papo bom

Lhe disse bem baixinho:

- Meu filho, cabô-se o vinho

Na casa de Filemon.

Chega ele mudou de tom09

E ficou bem descorado.

A conversa lhe deixou

Um pouco atarantado

Mas ele, tão de mansinho

Respondeu com carinho

Assim pra Nossa Senhora,

Sem fugir do compromisso:

- Que eu tenho com isso?

Pois não chegou minha hora.

Com isso, Nossa Senhora 10

Comprometeu-se então

Ajudar os serviçais

Em meio à confusão.

Sempre movida na fé

Essa santíssima mulé

Acalmando o bafafá

Pra todos ali presentes

E disse aos serventes:

- Façam o qu’ele manda!

Havia, então, por lá 11

Uns seis pote grandão

Que os judeus usava

Para a purificação.

Vindo Jesus de repente

Ordenou aos servente

pra d’água os potes enchê.

E eles sem pestanejar

Encheram até esborrotar

Sem de nada percebê.

Jesus pegou a dizê 12

Pra encerrá sua fala:

- Agora tirem a água

E leve pro mestre- sala.

Este dar uma golada

Na água transformada

E nota que é bom vinho

Reclama já agastado

Com o recém- casado:

- Deixe de sê tão mesquinho!

Todos servem o vinho 13

Primeiro, o melhor que há,

Tu guardaste o melhor

Pra só agora butar

Deixe de sê piranguêro!

Não sabia o arenguêro

Donde veio este vinho.

Portanto acabrumado

Ficou bastante frêiado

Cum noivo engomadinho.

Saiu dali de mansinho14

Jesus com sua patota

Terminado o milagre

E toda aquela anedota.

Utilizando a água

Jesus limpou toda mágua

Que havia na cidade.

Quis trazer a esperança...

E ser a nova aliança

Entre Deus e a Humanidade.