CORDEL DA DENGUE
Quem diria, minha gente!
Eu nem posso acreditar...
A picada de um mosquito
Hoje ainda pode matar
Vejo famílias chorando
A morte de ente querido,
Que partem na flor da idade,
Não há nada mais dolorido...
Morrem adolescentes,
Criança, idoso e mulher.
A doença é uma praga,
É um salve-se quem puder...
Desde a década de oitenta
De repente apareceu
Nas épocas do verão,
Muita gente então morreu
Quem resolve essa “parada”?
Não sei, nem quero saber.
Só sei que é o fim da picada,
Por causa dele morrer.
Nosso matador pequenino
É na verdade um mosquito
chamado Aedes Aegypti.
A dengue é uma doença
Que deixa o cara esquisito
Água parada é o lugar
Preferido do estrupício
Não anda armado, não!
É feio e cheio de veneno
sempre que nos descuidamos,
o mesmo ganha terreno.
Seu viver é pouco tempo,
pouco mais de um mês de vida
Por ser nojento e nocivo,
sua vida é bem comprida...
Só ataca durante o dia
Ao picar alguém com dengue
Este mosquito infectado
Vai transmitir a doença
Ao próximo a ser picado.
Os insetos quando adultos
Já começaram a picar
De água limpa para nascer
Eles irão precisar
Por isso é muito importante:
Não deixem a água acumular!
Não deixem pneu jogado,
Não joguem latas no chão.
Caixa d’água destampada,
Ajuda na proliferação.
Não deixem água parada,
Evitem a contaminação.
Nas plantas de sua casa,
Pondo areia nos pratos
Tudo ficará melhor
Desalojando o mosquito
O perigo é bem menor
Se com dor de cabeça ficarem
E dor nas juntas também,
Ânsia de vômito, mal estar,
Não esperem por ninguém
Antes que a febre chegue,
Ir ao médico é a solução
Tomem bastante liquido,
Que evita a desidratação
Na base do acetilsalicílico
Remédio não tomem não!
Assim dizem os livros,
Interfere na coagulação.
Podem usar um repelente,
Mas isso não quer dizer,
Que o resto poderão esquecer
É apenas um paliativo
Para usar nessa corrida
Não deixem água acumulada
Ponham o lixo em sacos plásticos
Deixem as lixeiras fechadas
E não joguem nos terrenos
As embalagens já usadas
Devemos esvaziar os pneus
E deixá-los bem guardados
Tambores, barris e poços,
Devidamente tampados
Tanques, tonéis e vasos,
Semanalmente lavados
Para espantarem os mosquitinhos,
nos seus vasos de plantas
Encham de areia os pratinhos
Pois, na água limpa e parada
Eles botam seus ovinhos.
Não deixem água sobre as lajes
E tirem toda a folhagem
Porque assim impedem
Que essa água tenha passagem
Abram as janelas ao “fumacê”
Ajudem aos que combatem
No mosquito dêem uma dura!
Façam sua parte... AJUDEM!
Recebam os agentes de saúde
Que fazem à varredura,
A entrarem nas residências
Nos imóveis, mesmo fechados
Para aplicar larvicida
Nos focos já encontrados.
Esse ano, com as campanhas
Adoeceu quase ninguém
Precisamos com urgência
De uma medida drástica
A situação é dramática
Além da dengue clássica.
Temos a hemorrágica,
A tal da dengue hemorrágica,
Que geralmente é fatal,
se identificada a tempo e na fase inicial,
Recebendo o tratamento
A sua cura é total.
Mobilize seus vizinhos,
organize um mutirão.
Para combatermos a dengue,
Basta apenas prevenção.
Para você, que está lendo
deixo um pedido de coragem
Contra o mal que se apresenta
Vamos cortar a viagem!
O bilhete quem dá é você!