POESIA DIDÁTICA

POEMA:

1.

Peço licença a turma

E o professor em questão

Para tentar traduzir

Em palavras de cordão

Os feitos dos grandes poetas

Que estudamos então.

2.

Dos latinos e gregos

Vêm os poemas deleitar

Têm o poder de instruir

A todos que recitar

E as fábulas de Fredo visa

Divertir e aconselhar.

3.

Por exemplo a da raposa

Quando a uva encontrou,

De tanta fome que estava

Pra comer a uva, pulou

Mas, ela muito pequena,

O cacho não alcançou.

4.

“Ainda não está madura

Azeda não vou chupar”

Desculpou-se e foi-se embora

Sem poder alcançar

Desprezando com palavras

O que não pôde realizar.

5.

O monte queria parir,

De longe se ouvia os gemidos.

Criou-se espectativas

Entre os seres queridos,

Mas dele nasceu um ratinho,

Não compensou o alarido.

6.

Nas fábulas citadas há

Dois conselhos pra você.

Não despreze com palavras

O que não conseguir ter,

Nem prometa algo demais

Se não pode corresponder.

7.

Lucrécio não cria em Deus

Pela sua filosofia.

Fala dos seres criados

Na terra do dia-a-dia

E como são destruídos

Nesta terra de agonia.

8.

Pelo dito de Lucrécio

Sobre o ciclo vital,

Ele tenta convencer

Que não há ser divinal

Que projetou este mundo

Pro bem e não para mal.

9.

O ponto de vista dele,

Está certo. Está aprovado.

Desde que o homem pecou

Já ficou determinado.

Pela desobediência, Deus

Deixou tudo amaldiçoado.

10.

Houve uma guerra civil

Antes de Cristo nascer,

Massacrando aquele povo

Quase a desaparecer,

Abandonando suas terras

Nelas não podiam viver.

11.

Virgílio muito importante

Nas suas composições

Valorizando a terra,

Suas filhas e seus varões,

Enaltecendo a pecuária

Riqueza dos seus torrões.

12.

Ele inspirou-se em poetas

Antigo, como Catão,

Falando da natureza,

Inspirado em Varrão,

Mostrando na poesia

O amor e a paixão.

13.

Pela terra tão querida,

Pelos filhos a nascer,

Pelas éguas na sua fúria,

Pelos cavalos a correr,

Por a flor desabrochar

E o cheiro exceder.

14.

Pelas chuvas que caiam,

Por águas arrebentar,

Pelas das vacas as crias

No campo a escamuçar,

Pela do leite, a coalhada

Nas calçadas de luar.

15.

Na flor do campo silvestre

As abelhas a zumbir,

O deleitoso dos favos,

Do mel o gosto a sentir,

Tirado com muita calma

Para ninguém se ferir.

16.

E falando das riquezas

Das qualidades da terra,

Renasceu naquele povo

A paz, o amor que era

Antes de tudo e depois

Que terminou com a guerra.

17.

As geórgicas de Virgílio

Foi conhecida em geral,

Consideradas por muitos,

Obra-prima sem igual,

Nos clássicos modernos foi

Momo das armas o arsenal.

18.

Ovídio celebra aos deuses

E louva-os com fervor

E lembrando dos seus feitos

Fala de um criador

Que tudo fez neste mundo:

Fez o homem com amor.

19.

Explana em metamorfose

O homem enaltecido,

Acima das outras crias

Parecendo o mais querido,

Dotado de inteligência

Pelo Deus que o fez nascido.

20.

Buscou em Alexandria,

Na escola dos escritores,

Conhecimentos precisos

Para agradar aos leitores

E com precisão informar

Leigos, cleros e doutores.

21.

Citou as transformações

Dos deuses em matéria

Como: árvore, gente e animais

Ou seres de outra esfera,

Da criação e da arca

E apoteose de César.

22.

Outros poetas futuros

Ovídio assim inspirou

Como Camões, Sá Miranda,

Castilho se encontrou

Nos informes de Ovídio

Que exilado expirou.

23.

É pouco o tempo que tenho,

Pequeno o vocabulário

Pra falar desses senhores

Grandes ícones do passado

Que inspirou vários poetas

E me deixou inspirado.

CARLOS JAIME
Enviado por CARLOS JAIME em 10/09/2014
Código do texto: T4957076
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