* O gosto das bruxas *
Uma menina estava presa
Na torre mais alta de um castelo.
Ela era uma princesa,
Mas não lhe havia nada de belo.
Perdera seus pais numa guerra
A mesma estava sem terra
Vestida num vestido amarelo.
Ainda era o tempo das fadas.
Ela achava que a parede ouvia.
— Se uma fada me salvasse,
Fosse boa, eu repartiria.
O tesouro do meu reino perdido
Que meu pai deixou comigo
Está enterrado e eu lhe mostraria.
A gente diz que elas têm ouvidos.
Estas ouviram, e disseram e daí.
— Vou dar sentido à tua vida
— Disse uma fada velha ali.
— És boa? Perguntou a menina.
— Não me imponha disciplina!
Foi você quem me chamou aqui.
Era uma fada e podia provar
Impôs lhe uma condição.
Salvava a menina, mas, antes,
Ela tinha de fazer a 1ª lição.
Devia seu nome adivinhar.
E avisou que não podia vacilar
Seu nome uma perfeição.
A princesa esgotou os nomes
Mais perfeitos que conhecia.
E a fada a dizer que não.
Até que já se aborrecia.
Propôs um negócio de homem:
— Te salvo, sem saber meu nome,
Mas o tesouro perderia.
Quero só para mim. Todinho!
A menina logo concordou.
Não tinha outro remédio.
Daí a fada pronunciou
Umas palavras mágicas
E ela e a princesa drástica
A parede da prisão atravessou.
Uma vez em liberdade,
A princesa ensinou o local
Onde estava escondido o tesouro
E pronto e ponto final,
A história acaba aqui.
E o nome da fada é Lili.
Ela é do jardim irreal.