Visitemo Sun Palo

Ganhemo duas passage,

pá Sun Palo visitá,

si fô um lugá bom,quem

sabe num fiquemo pro lá.

Já tamo cheio desse sertão

nóis nunca saímo daqui,

quem sabe já num é

hora, de podê sê mai filiz.

Eu e minha sinhóra,partimo

nesse mundo a fora,

isqueceno os desatino,

eita como eu tava feliz,surria qui nem minino.

Cada lugá estranho,cada gente

isquisita,inquanto tudo pêra

janela passava,

nóis comia a canjica.

Cheguemo nesse Sun Palo,ô lugá

longe que nunca vi,eu parecia

ingraçado, todo mundo oiava pra mim

e minha sinhóra do oinbus,num quiria saí.

Era cinco da manhã,e tava de noite ainda,

purisso ela cismava,eu disse:''vamo Gumercinda...

jajá vai crariá,o sór passa lá primero,

aqui ele custa de chegá''.

Nossa Sinhóra!Eu achava qui era imaginação,

óia esse monte di artomovi,só via na telivisão.

E aqueles bicho grande, que parece cobra

e anda debaxo do chão!!

Vambora Gumercinda,esse lugá é diferenti,

vamo vortar pro oinbus antes qui ele dexe

a gente.Vamo pá nossa terra,onde é tudo

tranquilo,di tardinha a gente pesca,

e iscuta o baruiu dos grilo....

e aqui o rio num tem pexe

e esses tar de artomovis

acaba cum nossos uvidos.

Lilico Versus

Lilico Versus
Enviado por Lilico Versus em 17/03/2014
Reeditado em 22/12/2021
Código do texto: T4732060
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