CORDEL – Os outros pecados capitais – 24.01.2014
 
 
CORDEL – Os outros pecados capitais – 24.01.2014
(em oitavas, sem mote)

 
 
Como prometido na publicação anterior, retorno ao assunto com o restante dos pecados capitais, que agora são treze. Todavia, essa relação poderá ser aumentada sempre que as autoridades da igreja católica assim o resolvam, isso de conformidade com a involução do povo.
 
 
Modificação genética
Também está enquadrada
Não na relação da estética
Tem que ser avaliada
A cada caso ocorrido
Por pessoa acreditada
Mudar de sexo é proibido
Mas a procura adoidada (muita gente querendo fazê-lo)
 
O que eu tenho com isso?!
Cada cabeça é um mundo...
E não tenho compromisso
Mas quem quiser que entre fundo
É terreno encharcadiço
Um tema muito profundo
Nem sou contra nem omisso
Mas aqui não me aprofundo
 
Poluir meio ambiente
Não ficou fora do exame
Isso no mundo é frequente
Embora o povo reclame
Tenho pena dessa gente
Que vai morrer de derrame
Em não sendo independente
Nos deixa muito vexame
 
Pois as matas são queimadas
Os rios sofrem horrores
As madeiras devastadas
O ar causando pavores
Peixes morrem de enxurradas
Não posso dar meus louvores
Às gangues escancaradas
Que só merecem rancores
 
Depois vem um muito usado
Aqui no Brasil então
O povo vive atolado
Carrega pires na mão
Causar pobreza é pecado
Uma grande perdição
Com governo endiabrado
Arrombando o cidadão
 
E a mentira duma gota (doença causada por ácido úrico no sangue)
Prometida no comício
Faz a classe média rota
O prometer virou vício
O país em bancarrota
Salário virou resquício
O mínimo é anedota
Vivemos no sacrifício
 
O governo só empobrece
Os seus fiéis eleitores
E cada qual sempre esquece
Desses caras malfeitores
Nem se fazendo uma prece
Melhoram esses doutores
O povão é quem padece
Em prol de aproveitadores
 
Juntinho com a pobreza
A injustiça social
Que para mim é torpeza
Tapeiam com carnaval
Uma alegria hipotética
Na pior cara de pau
Com samba e mulher frenética
Nosso governo é do mau
 
Hospitais todos lotados
Faltando tudo e remédio
São todos uns aloprados
Não atendem ao assédio
Dos pobres que revoltados
Morrem de fome e de tédio
Na prisão aniquilados
Ninguém mais cabe no prédio
 
Aqui no nosso Brasil
Somente o pobre vai preso
O nosso país tão vil
Mas o rico fica ileso
Nossa classe estudantil
Sofrendo um grande peso
Educação mercantil
Causando até menosprezo
 
Pra se tornar muito rico (empobrecendo o semelhante)
Só tem valor sendo honesto
Mas aqui eu verifico
O que deve ser funesto
Pobre pra enriquecer
E logo daqui eu atesto
Só na loto ou no querer
Ser um ladrão indigesto
 
Mas o rico é um primor
Cresce muito contumaz
E sendo de qualquer cor
Botando os outros pra trás
De pecado tem sabor
Tem as mãos de satanás
Coração abrasador
Pois pra ele tanto faz
 
O exemplo está em voga
Todo mundo está notando
O pobre toma no boga (bumbum)
O político enricando
Tem até gente de toga
Por detrás se preparando
Na ginástica, na ioga,
Nosso dinheiro gastando
 
Uso de drogas também
Todos sabem ser veneno
Não importa donde vem
Mesmo ficando sereno
É coisa que não convém
Disse um sujeito pleno
Tutu o cara não tem
Não obedece ao aceno
 
Não importa se maconha
Ou mesmo pedra de “craque”
Vindo até pela cegonha
Do país ou do Iraque
O negócio é ter vergonha
Porque senão vem o baque
Não seja nenhum pamonha
Afaste-se desse achaque
 
Pode ser a cocaína
Com seus efeitos nocivos
Ou também a heroína
Que têm efeitos lascivos
O LSD é uma sina
Produtos bem agressivos
Que se junta com morfina
Deixando os caras cativos
 
Não dê fim ao seu dinheiro
Ganho com muito trabalho
A cola de sapateiro
Endoidece qual caralho
Da lança perfume o cheiro
São tantos que me atrapalho
O fumo faz um bueiro
O álcool só quebra galho
Coitado do maconheiro
 
Ecstasy e ópio meu caro
Não queira nunca saber
Mata fácil e não raro
Isso pode acontecer
O Skank é um produto
Deletério pode crer
O Oxi é tão resoluto
Que mata, mas ninguém vê...
 
Mas Ecstasy vem de êxtase
Aportuguesando então
Skank é uma maconha (especial, cultivada em laboratório)
O Oxi é composição
Vidro moído e maconha
Nele não coloque a mão
Não torne a vida bisonha
Tenha Deus no coração
 
Por aqui vou terminando
Esse modesto cordel
Penso que estou ajudando
Pessoas que estão ao léu
Pois ainda estou penando
Por conta da cervejada (álcool)
O cigarro fui deixando
Nunca vi tanta mancada
 
Meu abraço fraternal.
 
Ansilgus
 
Crédito da foto: INTERNET/GOOGLE - Caso haja direitos autorais me avisem  pois retirarei a foto...aqui nós pagamos para escrever.


25/01/14 - Miguel Jacó, meu abraço de agradecimento:

O homem nasce perfeito,
Não traz se quer o indicio,
Que vai tomar outro jeito,
E adquirir tantos vícios,
Mas somos sujeitos burros,
Que até parece um feitiço,
Nos enfiamos nas drogas,
Conotando uma canalhice.

Todo ser tem sua carência,
E busca lá na cocaína,
O que deveria encontrar,
Nos peitos duma menina,
Aconchego e bem estar,
Para cumprir nossa sina,
Mas o cabra vai fumar,
Ou então cheirar benzina.

 
 
25/01/14 - Jacó Filho, parabéns pela interação.

Inocentes não tem mais,
Apenas pessoas teimosas...
Por pensar que tanto faz,
Entram em vias tortuosas...
Sob os pecados deliram,
Pensam que viver é isso...
Todas as forças conspiram,
Os envolventes no feitiço...


25/01/14 - Esther Ribeiro Gomes interagiu assim, grato:

'O povo só involuindo

e os pecados aumentando,
do jeito que o mundo vai indo,
só mesmo a terra se acabando!'
 
29/01/2014  - Alfredo D Alencar interagiu assim:

O vinho é abonado
A cerveja também o é
Na missa o primeiro é tomado
 A segunda é igual a rapé
 Pelos clérigos é consumida
 Não se mortifique nenhum cristão
 Se foi infração cometida
 Existe Absolvição
 
ansilgus
Enviado por ansilgus em 24/01/2014
Reeditado em 30/01/2014
Código do texto: T4662463
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