O MARCADOR SUMIU!

Andei pelas ruas

De chapéu de palha e gibão

De cantil na cintura

Com meu amigo e irmão!

Seu nome é Paulo Diniz

Não era moleque de rua

Nem o índio Perí

Era um caboclo sonhador

Do guerreiro vencedor...

Com seus olhos arregalados

Apoiando a decisão

Andando cantando história

Driblando a multidão

Lamentando a situação

Fomos ver como seria

Aquela apresentação

No mínimo dois pares não dançariam

Naquele concurso da Rua de São João...

Uma quadrilha a menos

Pois dois cabras de peia não veio.

Ficaram para traz os guerreiros

Nem acompanhou a carroçada

Lembro que estava bonita

Aquela caravana que levava minha amada

E um marcador sacana

Mas a perdoou

Porque no fundo ele é bacana...

Chegando bem na hora

Na hora da apresentação

Foi um chororô

Das meninas que aflição

Mas cadê o marcador

Sumiu sem deixar vestígio

E agora como vai ser

Só restou uma alternativa

Agente mandar ver...

Não deu outra

Dançamos de fazer arrepiar

Saímos campeão

Alegre e com o troféu nas mãos

Foi uma volta triunfante

Dessa vez diferente

Voltei de mãos dadas

Com a noiva

Bela e atraente

Foi isso que aconteceu

Numa tarde iluminada

Achava que seria o fim do mundo

Mas fim do mundo mesmo

Foi aquela caminhada.

Uma história para relembrar

Uma pergunta ficou no ar

Mas onde se meteu o marcador

Que até hoje não sei informar?

Escrito em 30 de setembro de 2013, por Orlando Oliveira.