Charge encontrada no Google.




Esta foi minha participação no cordel escrito pela grande poeta MILLA PEREIRA, intitulado: O MILAGRE NORDESTINO.


 
O TERRÔ DA SECA
 
 
Adispois dessa sicura,
de tantu gadu murridu,
o nordestinu im agrura,
é só soluçu i gimidu.
Pru bancu devenu está,
Num sabi cuma pagá,
O pobri istá perdidu.
 
Inté o camião pipa
dus pobri, aproveitadô,
num atendi quanu si grita:
-mi dê água pur favô.
Meus fius está cum sede
tão quasi mortu nas rede,
tem piedadi , sinhô.
 
A indústria qui apareci
quano chega a sequidão,
é triste, ninguém mereci,
us industriá du cão.
Vendi água, vendi tudu,
prus prefeito barrigudu,
das terra lá du sertão.
 
Nus terrêru a fedentina
qui chega lá dus currá
nem as avis de rapina
apareci, num é normá.
As vaquinha di barriga,
cas carcaça ressequida, 
istendidas nu quintá.
 
Nas terra da Paraíba,
ondi a seca devastô,
uma luta em prol da vida
acunticeu sim sinhô.
Saiu na televisão,
foi nutiça sensação
e o povo si admirô.


Pecuaristas endividadu,
cuns camião de carcaça
du gadu sacrificadu,
dispejô nu mei da praça.
Im frente ao bancu credô,
ispaiô um tal fedô,
qui foi aquela disgraça.
 
Eu num sei u risultadu,
si o tar banco perduô,
us pobri individadu
qui pur ajuda clamô.
Todo bancu é usurário
fazeno o pobre di otário,
num perdoa não sinhô.








A interação pertinente do poeta Jacó Filho. Muito obrigada, amigo querido,


29785-mini.jpg
As regiões onde chove,

São tudo cheia de cana...

Enquanto o sertão morre,

Sob os olhos dos sacanas...


Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...




O querido poeta Vanderleis Maia, veio enriquecer a página com sua participação. Obrigada, amigo,



3617-mini.jpg
Os bandidos engravatados

fazem disso sua campanha

enquanto o pobre coitado

como burro, ele apanha.



Lindo e verdadeiro o seu cordel- abraços - VEM
 





92851-mini.jpg
No governo é só esculhambação
Ninguém fica sem propina
Não escapa um meu irmão
São todos aves de rapina


Ah! Se passo por Brasília
Quero bater de chicote
Nos congressistas e camarilha
De alguns quebro o cangote