Contra o bulling, um cordel

E a moda agora é Bulling

Jeito velho de zombar

Inventaram nome novo

Para todos rotular

Gordo, magro, preto, branco

Baixo, vesgo ou gaguejar

Nariz grande ou orelhudo

Careca, cabelo branco

Se tem sardas ou é loira

Não escapa do espanco

E coitado desse cara

Do imprevisto ficou manco

Porém não se reconhece

O seu próprio defeito

Por que afinal de contas

Há no mundo alguém perfeito?

Mesmo o mais inteligente

Há de ter algum suspeito

O europeu desdenhador

Lá de cima olha o outro

Quanto ao estadunidense

Com a arrogância tem encontro

Enquanto que o brasileiro

Por embalo vira monstro

Precisando de incremento

Sua presa vai caçar

O paulista se encontra

No baiano humilhar

Pois se achando no progresso

Não se importa em alcunhar

Isso todo mundo sabe

Que o Nordeste em geral

Do pessoal metido a besta

É o alvo principal

Mas esquecem que obraram

O patrimônio nacional

Desagrega a nação

O pensamento sulista

Gabando ser europeu

Quer Brasil separatista

E manter o seu cantinho

Na sua prática egoísta

Se esquecem que o Brasil

É uma pátria infeliz

Povo vive na pendura

De uma elite meretriz

Na barriga um grande rei

Face de altivo nariz

Bulling começa pequeno

E rapidinho ele cresce

Da perversa brincadeira

A população padece

Pela menor diferença

A violência aparece

Exemplos têm alguns

Mas a lista é bem maior

Se o mundo está ruim

Assim caminha pra pior

Mude sua consciência

Pro mundo ficar melhor

Para o bulling acabar

Muito fácil a solução

Coloque-se no lugar

Onde está o seu irmão

Veja se ele merece

Miserável humilhação

Ser humano é tudo igual

Não há raça, não há cor

Pra viver bem neste mundo

Uma palavra de clamor

E a rima já dá a dica

A palavra é amor.

FERNANDO NICARAGUA
Enviado por FERNANDO NICARAGUA em 13/06/2013
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