Nasci aí...

Minha terra, lar Zé Batista e Rufina,

As Minhas poucas memórias, eu agora dirijo,

Foi por lá que comecei a minha sina;

Onde o matapasto da invernada, se faz de esconderijo;

Onde pouco eu me dava, o direito à indisciplina,

Mas vivia com o coração, já em pleno regozijo.

E para o café da manhã, leite mugido no curral,

Com aprovação de seu Dico, era isso uma certeza;

A brincadeira corria solta, na cajarana do quintal,

Bons tempos não voltam mais, só saudade que beleza;

Com os todos os primos em volta, era sempre natural;

Desavenças corriqueiras, se acabavam no final.

Neto de seu Pedro e dona Áurea, sou lá da Santa Vitória,

Onde era essencial, a noite o terço rezar;

Era o momento sublime, isso não sai da memória,

Adultos, crianças, tinham que participar;

Tudo isso tenho em mente, faz parte de minha história,

E no momento da cesta, embaixo dos “beijamim” deitar.

Hoje estando feliz, na grande selva alencarina,

Procuro hoje nas letras, explicar minha matutice;

Não me queixo por queixar, tenho tomar vacina,

Mas sei que me falta algo, mesmo que seja mesmice,

Quero voltar aos velhos tempos, segurar em sua crina,

Pode ser bem surreal, ou uma grande esquisitice.

Dj. 14/09/2011