Pra uma sinhurita qui falô de sardade

02/03/13 Para Letícia

Sinhurita sei que ôce é bem prendada,
Moça qui já viajô metadi do Brasi
E parti das Oropas... Mas, de sardade,
Duvido inté pur sua idade, qui inté
Sei de có e sartiada, de sardade...
Sinhá moça, ocê num sabe nadica de nada!...

Sardade, Sinhá moça, é no Natá,
Agente ficá sozim, mas, sozim mesmo,
E tê de deitá prá vê si dorme e ai lhe fartá
Sono!... E da janela vê no céu, um torresmo,

In forma de lua ou vice-versa...
E tê de inguli, intristecido, a inversa,
Realidade qui a vida prega nuns
E notros não!... Pra arguns,

A sardade é uma lembrancinha
Aqui outra aculá, de uma pessoa
Ou de um lugá!... Mas, a minha
Não!... A minha, conquanto doa,

Tem sido a mais fié cumpanheira,
Neste fim de vida ou de estrada...
Às vês, zombo dela e, pur inteira
Madrugada, sento e escrevo o NADA,

Qui intitulo: Versus!... Quebrados,
Sem quarqué sirventia ou sintido
Mas qui mi faz viajá sobre telhados,
Sobre lajes e antenas... E, distimido,

E me prostá no umbráu da tua
Janela e ficá te olhando oras à fio
No seu quarto, que mau cabe sua
Pessoa e seus apretechos!... O frio

Da madrugada dói nos meus ossos
Mais pur Vossa Sinhuria os esforços
São ricumpensado e vorto pro leito
Agradicido a Deus!... E SATISFEITO!...

Di forma que e cuma disse um pueta:
“... dando os trâmites, por findos...”
“Hoje é sábado, amanhã será domingo.”

E pur falá em Vinicius qui era porreta!..
E dele, inda guardo, (além dos lindos
Poemas, letras musicais,) comigo
Uma conta a recebê da sua:
“Morena Flor” (Gessi Gessy)
Uma conta qui dia a dia cresci,
E, que acho espera a sua (lá dela)

Morte ou a minha!... Isto sim
É que é sinti sardade!... Assim
Plagio o dito cujo rifirido acima
Fazendo pra ôcê uma linda rima:

As sardades dos pais são e serão,
Sempre, bem maió qui os das fias!...
Pur isso quando, sem querê, desafia
Um véio, qui no costado, um montão

De sardade traz e vive... A tendência
Naturá é que ôce pêrca!... A demência
Naturá dos véios, ainda não me pegô
De tôdo, às vez a memória fáia, mas,
Logo logo vorta, cuma agora fás:

Lembra qui amanhã eu declarei amô
Pra sua mãe, quarenta anos atrás!...
Numa igrejinha bem piquena
Qui má cabia os cunvidados...

Igreja do Mont Serrat... Amenas
Lembranças vortam à tona!...
As incontáveis viagens de Ferry
Em que a via (refiro-me à igreja)
Linda, simplesmente linda

A quarqué hora e, maravilhosamente
Linda, no nascê e pô do só!..
(Parece inté coisa do Caetano!...)

E, no meu circo qui nem lona
Tem, agora, auto enclausurado,
Olho prum lado e a sardade
Tá me olhando... Olho o lado
Contrário e a solidão me espia!...

E assim vou vivendo a fria
Realidade de agora!... Juro
Quinda vou apascentá estes
Meus dias!... E vortá, (esconjuro
Quem duvide,) a sê filiz!...
E quem isto a ôcê diz,
É seu pai!... Pode esperá,
Inda qui sentada.(Prá não se cansá...)

E, agora sim é pra findá
Quero lembrá que é Romar
O nome do teu pai. Favor anotar.

PS: 01

Vale ressautá qui devorvendo o Natá
Que ôcê não mi ligô, também prá ôcê
Não liguei no dia de 17 de janeiro!... Farta
Sei qui a ôcê não fiz. Mas sinto farta de Ôcê

Cuma faz farta o ar no meu pulmão. Este
Coitado eu sei cuma curá ou pelo menos
Amenizá um pouco... Mas, de ôcê inda num

Arranjei um jeito de amenizá esta sardade
Qui não é só de Ôcê, mas, sim de todos ôcês!...
Mas quando eu melhorá... Num dia destes,

Eu farei um maravilhoso puema de amenos
Versus e de rimas clássicas e sem ninhum
Artifício de linguagem e métrica que a idade

Me permite usá, além d’um “CRACHÁ” do Gil, qui Ôcê
Me deu no MESTRADO!... Só e tão somente só

Para lembrar, Ôcê foi a ÚNICA que a mim se referiu
Sem CONSTRANGIMENTO!... Durante e pós-solenidade!...
Da sua festa fiz parte como CONVIDADO!...
E do cozido fiz parte e às pessoas presentes,
Apresentado com respeito. Isto por si só
Bastaria pra justificá o meu respeito e esta sardade!...

Hoje, logo após o só raiá, Ôcê receberá
Uma lembrança minha, não pra prová nada
Que ao meu vê ninguém deve prová amô
Ou coisa paricida a ninguém!... Mas, sim dada
À facilidade e preço e outras coisitas mais,
Comprei pensando em Ôcê!... Ai sim falô
-no momento– a mardita sardade!... Fiquei
Matutando, nestes dias posteriores à compra,
Como, de novo, QUEBRAR O GELO, que nos separa
Assim tão brutalmente!... Presentes, não,
Nunca farão sintido. Email e coisas tais
Ainda mais. Telefonema, também não!..

Intão me sentei pra escrevê este puema
Que porei no meu site integralmente
www.romarspereira.com
COMVÉM ANOTAR

Mas que só mandarei pra Ôcê
Via SMS uns fragmentos...

Isto sim é qui é sinti sardade!...

PS: 02

Vou para Petrolina/Juazeiro, hoje, vê o “Véio Chico” antes qui morramos!... Iantes que o transladem ou modifiquem.
Tentarei percorrê-lo o mais possível partindo de uma destas cidades...
Saio daqui hoje às 16:25 e voltarei dia 7 às 12:40
Meu presentim de aniversário!...

Espero voltá emprenhado de coisas maravilhosas e EM AÍ SENDO, mato um desejo dos tempos em que trabalhei na CHESF e nunca fui a Paulo Afonso, onde e donde poderia tê visto o Chico de pertim E DE GRAÇA!...

ÔCÊ nem sonhava em nascer. Só isso basta pra avaliar a quanto
tempo sonho em ver o Véio.
Mas isto são ÁGUAS passadas...
Agora verei novas águas, que logo, logo também serão passadas!...

E
Assim seguiremos nós, (eu e ele) também, logo passados.
A diferença maior entre nós dois é o TRANSLADO:
O Jardim da Saudade mora ao meu lado
O Quintas dos Lázaros é bem pertinho
O mais distante é mesmo o Campo Santo
Que nem dista tanto assim. Quarqué vizim
Me levará de muito gosto já que nem tanto
Esforço fará a qualquer título. Já lá o Véio
Não a coisa é séria: Santa Dilma da Miséria
Não vem cumprindo o que prometeu e o Véio
Continua aguando os ricos e deixando na miséria

Os já miseráveis que o rodeiam. Ele, o Véio, não tem culpa!...
Vai lá seguindo seu curso, não de agora “ELES” prometeram
Desviá-lo... Têm sim desviado, sim a verba!.. Sob as desculpas
Das mais desvairadas e esfarrapadas!... Sequer cumpriram,

Ainda, um terço da empreitada e a verba já foi pro beleléu!...
É por isso que jurei, de pés juntos, pra mim mesmo o chapéu
Não tirar pra nenhum candidato, partido ou o que mais seja
Ou venha a ser, porque infelizmente vejo (como o Chico,) de bandeja
O Brasil ser entregue aos meliantes de gravata e paletó. Os malandros
Desviam até nossos pensamentos, por isto perto deles, viro malandro
E só penso mesmo é em como faço pra sair logo dali a qualquer preço.

Isto sim é qui é sinti sardade!...
Louvemo Deus e sardozamente pessaMOS
Perdão pelas sardades que ocultamos
- ou nem sintimos !?!?.........