Ainda escuto o galo Cantando na madrugada;
Na madruga sombria
Ouvi um galo cantar,
Comecei a me lembrar,
Meus temos de alegria
De quando criança ouvia,
Galo cantar na latada
A cantiga ritmada
Pela asa dando estalo
Ainda escuto o galo
Cantando na madrugada;
Ontem a noite acordei
Ouvi um galo cantando;
Fiquei só observando
Muita coisa recordei,
Da minha infância lembrei
Lembrei da época passada,
Onde com a passarada
Acordava no embalo
Ainda escuto o galo
Cantando na madrugada;
Na cidade eu não ouvia
Até que ontem escutei,
De saudade até chorei
Porem com muita alegria,
Esperei raiar o dia,
Para com rima alinhada,
Relatar esta cantada
Sem preconceito, sem calo
Ainda escuto o galo
Cantando na madrugada;
Foi um canto parecido
Com o canto da minha infância
Sem agonia, sem ânsia,
Um canto enrijecido,
Aquele galo querido,
Cantou de forma entoada,
E a noite enluarada,
Segue sem nenhum abalo
Ainda escuto o galo
Cantando na madrugada;
Sendo o galo o precursor
Do dia que principia,
Esbanja com alegria,
Um canto confortador,
Da noite ele é o senhor,
Cuidando da galinhada,
A raposa alterada
Tenta pegar pelo talo
Ainda escuto o galo
Cantando na madrugada;
O que me chama atenção
Quando o galo está cantando,
É outro galo ecoando
O canto com emoção,
Segue uma corrente então;
De uma forma alinhada,
Uma linha ritmada
Seguindo o mesmo embalo
Ainda escuto o galo
Cantando na madrugada;