RASTROS

RASTROS

Rastros, marcas que registram os passos,

De alguém que no caminho passou,

Provando de tal maneira,

Se foi andando ou carreira,

A forma do seu feitor.

Os rastros deixados na areia,

Chuvas e poeiras hão de apagar,

Outros feitos em penedos,

Que mais tarde ou mais cedo,

Serão reconhecidos para indagar.

Quais os pés que aqui firmou,

pela asas do vento se espalhou,

chegando as culturas e povos,

sinais que sempre serão novos,

provando que o homem falhou.

Há rastros que são como astros,

Apontando como bom guia,

Instruindo vidas a se dispor,

Não se acovardar com a dor,

Usando o seu talento dia a dia.

Mesmo na melhor idade,

Marca com os curtos passinhos,

Rastros que a todos exempla,

È verdade, o povo contempla,

Esta maravilha do teu caminho.

Gilson Felinto

(Este poema foi apresentado para compartilhar com o dia do lançamento do livro “O Caminho” uma obra de Nô Lopes)