ANÁGUA de JUANA
ANÁGUA de Juana
Tua saia tão pequena
Quase não dava pra dançar
Dava lance de relance
E o povo todo a te olhar
Batendo palmas com as mãos
A pisada no chão de barro
Era eu teu namorado
babando só de olhar.
Lá se vinha um cavaleiro
Em cima do seu cavalo
Num galope galopado
Te chamou para montar
Eu fiquei a espiar
A montada que tu deu
Foi se borá o meu amor
Nos braços do fariseu
Minha mágoa foi tua anágua
Pois era tão pequenininha
Mal cabia minha gracinha
Era tu minha rainha
Um dia Juana voltou
Querendo comigo falar
Chorava de fazer dó
Me pedindo pra voltar
De fato naquele dia
Ainda estava a pensar
Se tu voltasse pra mim
Eu iria te perdoar
Mas na hora da aflição
A comunidade a me olhar
Lembrei-me da ultima festa
Que saíste sem acenar
Pensei um pouco mais
Era minha decisão
Ter de volta minha paixão
e descansar meu coração
Aflito ainda estava
Pela aquela situação
De ver meu amor me deixando
Nos braço de um pião
Foi quando pensei direito
Desse amor não sofro mais
Prefiro viver sozinho
A lembrar daquele rapaz
Que fugia com você
Em cima de seu cavalo
Levando quem mais amava
Juana minha flor de vestido rosado
Tomou rumo ignorado
Faz tempo que não te vejo
Pois até hoje o meu desejo
E te dar um milhão de beijos
Pra terminar essa história
Que um dia foi traído
E de ver partindo sem dó
A minha Joana que ficou no caritó.
Escrito em 27 de abril de 2012, por Orlando Oliveira