O meu jeito de matuto.
José Feitosa da Silva
(JFeitosa)
transliterado
O meu jeito de matuto,
Incomoda muita gente.
Mas trago em mim um orgulho,
De ser um cabra decente.
Sei que é a minha sina,
Viver assim até morrer!
O meu valor você nem imagina,
Nem tão pouco vou dizer.
Não sou prata... Não sou ouro,
Sou um matuto normal!
Talvez pra mim um tesouro,
No espaço sideral.
Sou aquele camarada,
Que não me sinto cansado.
Gosto de vaquejada,
E de montar toro brabo.
Gosto da prosa matuta,
E das canção sertaneja.
Gosto do sol e da chuva,
Admiro a natureza.
Gosto de todas as cumidas,
Não ligo com quaje nada.
Gosto de tomar pinga,
E de cumer carne assada.
Gosto de vê meu retrato,
Quando era ainda novo.
De ouvir música no rádio,
Tudo isso é prazeroso!
Gosto de pensar na lida,
De recordar meu passado.
Não gosto de despedida,
Sou um matuto invocado.
Já descrevi quem eu sou,
Mais não sei quem você é.
Trago no peito um amor,
Gosto mermo é de muer!