Plantão Médico

Acordei de madrugada

Numa correria sem fim

Meu plantão é sempre assim

Difícil é não dar nada

A emergência lotada

Fila enorme na sutura

Vida de Médico é dura

Pior, se cirurgião

Descanso nunca há não

É trabalhar sem frescura!

Tanta gente acidentada!

Traumatismo craniano!

Morre tanto do fulano

Não podemos fazer nada!

Uma velha embriagada

Grita e diz um palavrão

A mim, assusta mais não

Pois faz parte da rotina

Pois é essa minha sina

Abracei de coração

Apêndice perfurado

Gravidez tubária rota

O soro no conta gota

Paciente já chocado

Chega um corno envenenado

Já sai pronto no caixão

Mulher faz simulação

Chama atenção do marido

Ganho bem, mas é sofrido

Faço aqui contestação

O que é gratificante

É curar todo esse mal

Salvar vidas no hospital

Me faz sentir um gigante

Nem as cenas degradantes

Que vejo no dia a dia

Não tira minha alegria

De seguir vida adiante!!!

Poeta de Branco
Enviado por Poeta de Branco em 17/08/2011
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