A SAUDADE ANTECIPADA - Uma homenagem aos colegas do Departamento de Biologia Celular e Genética da UFRN

Chegado há bastante tempo

No departamento, aqui,

Fui muito bem recebido

E muita coisa aprendi,

Desde o mero conteúdo

A um pouco de quase tudo,

Que hoje confesso: vivi.

De tudo quanto já vi

Vivenciei nesta casa

Desde o saber mais profundo

Até a tábula rasa;

De nadinha eu me arrependo

Pois, o pouco que hoje entendo,

É tudo quanto me apraza.

Se o conhecimento vaza

Tem que haver sabedoria

Para poder dominar

O saber de todo dia

E nessa disputa inglória

Incluir na mesma história

O papel da parceria.

É com imensa alegria

Que volto ao nosso passado

Para lembrar dos amigos

Que passaram, lado a lado,

Aprendendo uma lição,

A cada situação

Ou evento inusitado.

Para ser gratificado,

Em tamanha dialética,

Fiz a listagem dos nomes

Quase em ordem alfabética.

E ao traçar todos perfis,

Eu juro que assim fiz

Com sentimento e com ética.

Com minha veia poética

ADRIANA eu vou louvar

Por superar as tensões

ao ver de tudo faltar.

ALBA aqui lecionou,

Muitas gerações formou

E hoje vive para o lar.

ALUÍZIO pôde achar

No jornalismo o destino

Fazendo mestrado perto

De CARLOS BLAHA, argentino,

Este quase brasileiro

Que na ADURN é um festeiro

E ensinando é nordestino.

E nosso sempre menino

Que de mestre vai chamando

De repente se descobre

Sobre quem estou falando:

É do maior desenhista,

Escritor e piadista,

Nosso CARLOS SIZENANDO.

Logo sigo relembrando

Como CARMEM procedia

Com larvas a sua entrega

Para nutrir todo dia.

CHICO PEPINO se ufana

E honra nossa Santana

No ensino e na chefia.

Agora a lista anuncia

O professor CHICO MAIA

O mais antigo docente

Na genética, dessa praia,

No ensino, um vibrador

No kardecismo, doutor,

Sem fugir nunca da raia.

Representante de saia

Com sua voz jovial

Eis que chega CRISTIANE

Mandando o toque final;

Literalmente ordenando

Para in vitro ir cultivando

Meristema vegetal.

Nem tão pouco casual

DANIELLA é decerto

A mais nova das docentes

Que estando sempre por perto

Nota DELANDO a contar

Mais um causo popular

Garantindo o riso certo.

No sentido mais aberto

Da palavra em construção

EDUARDO LUIZ VOIGT

Vem colhendo a produção

E no campo já plantado

Tem se mostrado centrado

No meio da educação.

A mineirice em gestão

Por ELIZÂNGELA atende

Com ela a frente da sala

Prestando atenção aprende

E com dureza da rocha

Espreme, aperta e arrocha

Para ver o quanto rende.

Se alguem pensar que já vende

Peixe qual GLEIDER MARIA

Saiba que seu argumento

Na Cito tem primazia

Enquanto GRAÇA MEDEIROS

dizendo mantras ligeiros

esbanja sabedoria.

Também não explicaria

Mais que professor ISMAR

Quem sequer se atrevesse

Pelo meio celular

E hoje embora distante

Tras o seu barco à jusante

Na areia branca do mar.

Agora eu quero chamar

O colega JOÃO MARIA

Que entrou na sala de aula

Pela minha mão, um dia,

E depois de muita luta

Publica a mosca da fruta

À luz da entomologia.

Nessa nossa confraria

Tenho o prazer de incluir

Um professor visitante

Que atende por JOSEMIR

Risonho, discreto, atento,

Tendo parte em qualquer tento

Que a equipe for conseguir.

Em matéria de sorrir

Não há quem vá superá-la

Sabendo como ensinar

KÁTIA mostra mais que fala

Enquanto LEILA franquia

Bondade em secretaria

Quando o pedido se instala.

LIANA, calma, exala

Perfume em Biologia

Enquanto que LUCYMARA

É quem melhor gerencia

Projetos dos mais diversos

Em distintos universos

Da biotecnologia.

Nessa epistemologia

Confesso, sou falastrão

Mas o dom que DEUS me deu

Não atiro pelo chão.

Vi NÚBIA, sem preconceito,

Organizando ao seu jeito,

Toda experimentação.

Prosseguindo a procissão

PAULO MARINHO traz malho

E faz questão de mostrar

Um campeão no trabalho

Solidário, decidido,

MILSON foi seu escolhido

Direto sem ter atalho.

Isso é coisa pra baralho

Bem diria o jogador

Não concordaria CARLOS,

SEBASTIÃO de valor,

Que sendo espiritualista

Diria: edição revista

De uma vida anterior.

Longe de credo ou de cor

A natureza mais viva

Mostra uma SÍLVIA mormente

Sensível e emotiva

E que por vezes durona

Tem se mostrado chorona

Quando a poesia cativa.

Nesse trecho, segue altiva,

VIVIANE sorridente

Levando a pesquisadora

Cada vez a ser mais gente

Meiga, grata e verdadeira,

Com postura de praeira

Em manhã de sol nascente.

Quero que fique evidente

Que WAGNER FRANCO MOLINA

Em organismos aquáticos

Na pesquisa predomina

Em variância e pujança

Ao estudar a herança

Que cedo ou tarde ele ensina.

EDVALDO ao ser chamado

Já caminha maneiroso

Oscilando vagamente

Em seu passo vagaroso

Quem quiser que tenha pressa

Ele mesmo não sai dessa

Pois correr é perigoso.

Para FRAN é arriscoso

Fazer tudo na carreira

O negócio é planejar

Uma vida, a vida inteira,

Pois sendo bem planejada

A vida será mudada,

Será vida de primeira.

Queira ou não queira, a parceira

KARENINE se dedica

Segue de fio a pavio

Às ordens de quem predica.

DONA MARILDA de fato

Foi secretária em mandato

E pra tudo tinha dica.

Certo disso, não complica

ZOÉ, de nome engraçado

Atende daqui pra ali

Tendo um boné atolado

E para mostrar seu gosto

No monitor cola o rosto

Pra ver o que foi mandado.

Para ter organizado

A nossa secretaria

Houve um trabalho completo

Que trouxe com alegria

MAÍSE, nossa bolsista,

Que atende toda uma lista

Dessa nossa freguesia.

Encerro aqui a poesia

Com SILVANA a dizer

Que nosso presente calo

É do sapato o lazer

E que no momento certo

Vai nos trazer mais pra perto

Para melhor conhecer.