Maria Bonita Delegada

Minha gente aqui presente

Vou uma história contar

É da Maria bonita

E onde ela foi parar,

A confusão dos diabos

Na cadeia foi findar.

Começou com um civil

Que estava fora de si.

Chamou Maria de feia

Bem na frente dela ali.

Ela disse: - É melhor

O senhor sair daqui!

Ele não quis nem saber

E ficou lhe perturbando.

Maria que já sentia

A paciência acabando

Decidiu sair de perto

E dele foi se afastando.

Ele na sua ousadia

Escolheu mal sua ação.

Resolvendo escorregar

Em Maria a sua mão,

Que não gostou nenhum pouco

Daquela situação.

Foi então nesse momento

Que Maria se invocou

Foi em direção a ele,

Ele logo lhe empurrou,

Ela então caiu sentada

Que a raiva lhe dominou.

Ela ficou com um gênio

Irritado da mulesta,

Ele então tremeu na base

Começou franzir a testa,

Eu fiquei com pena dele

Pois ela faria a festa.

Mas ligeiro que um êpa

Depois de uma dedada,

Foi assim que ele saiu

E bateu em retirada.

Sumiu no ôco do mundo

Feito raposa acuada.

Ela ficou chateada

Com aquele afastamento

Que foi na delegacia

Denunciar o nojento,

Mas ela só foi ter raiva

Do delegado de assento.

- Iremos todos fazer

A busca do procurado

E só vamos descansar

Quando acharmos o frechado,

Quem ta dizendo sou eu

O delegado afiado!

E ela disse foi assim:

Vamos à frente e avante

Deixe de sua preguiça

Vá atrás do meliante,

Pois é uma ordem minha

Que estou dando nesse instante.

O delegado medroso

Disse: vamos seus “cagão”

Deixem desse conversado

Vamos atrás do fujão

Antes que sobre pra nós

A fúria desse vulcão!

Saíram desembestados

Atrás daquele sujeito

Procurando em todo canto

De tudo quanto foi jeito

E nada de encontrar

Nem a sombra de suspeito.

E o medo dos soldados

Era a de não encontrar

Aquele bicho frechado,

Pra tudo isso acabar

E a fúria de Maria

Neles não vim estourar.

E depois de cinco meses

Da polícia procurando,

E não tendo achado nada,

Maria disse gritando:

- Vou achar esse bandido

Já que vocês tão brincando!

Mas ninguém imaginava

Que iria acontecer,

A Maria ir atrás

Do sujeito pra prender,

Porque disse que a polícia

Não fazia o seu dever.

- Sou eu que vou atrás dele

Não vou esperar ninguém

Vou andando, vou correndo

Posso ir até de trem,

Mas não vou ficar parada

Esperando por alguém!

Cinco meses a polícia

Tiveram a procurar

E nem vestígio do sujeito,

Não conseguiram achar.

Mas Maria em um dia

Fez a história acabar.

Chegou trazendo o sujeito

Que vinha todo assustado

E disse pro esquadrão:

- Seu bando de lesado

Cinco meses procurando,

Num dia eu trouxe-o amarrado!

Delegado cabisbaixo

Perguntou-lhe com pavor:

- Onde foi que encontrasse

O sujeito, por favor?

Ela disse: escondido

Na fazendo do senhor!

- Mas como é que pode?

Disse assim o delegado.

Ela disse: - É estranho,

Ele lá no seu roçado

Cuidando da plantação

Em troca de um agrado!

Começou a gaguejar

E o povo tudo notando

Ficou muito aperreado

Toda hora se explicando

Tentando dizer por quê

O bandido ele ajudando.

O povo não quis saber

Da desculpa do coitado,

Que em seguida foi expulso

E saiu de lá xingado,

E disseram que Maria

Faria um novo legado.

Ela virou delegada

Muito firme e confiante,

Ninguém lá tinha boquinha

Nem ladrão, nem traficante.

Se tentou burlar a lei

Era preso num instante.

Com essa nova chefia

A lei sim era escrita,

Bandidos ali temiam

A nova chefe perita.

Pelo povo era amada

A mais nova delegada

Dona Maria bonita!

Revisado em 14/02/2023

Capitão Jack
Enviado por Capitão Jack em 15/12/2010
Reeditado em 14/02/2023
Código do texto: T2672967
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