Deu tudo errado ( Rojão Pernambucano )

Fui candidato a vereador,

No berço da amizade,

Artur Nogueira é amor,

Lugar de muita felicidade,

Onde a criançada é fagueira,

Garoa, nem lá em Limeira,

Isso era no tempo que nevava,

E não chuviscava, mas chovia,

Quando eu ia, ela voltava,

Quando eu voltava, ela ia.

Meus votos foram poucos,

E nem pensar ser eleito,

Achei que todos eram loucos,

Pois nem queria ser prefeito!

A urna eletrônica eu quebrei,

Ainda ia votar e não votei...

Mas ninguém ali mais votava,

E é claro que preso eu seria,

Quando eu ia, ela voltava,

Quando eu voltava, ela ia.

A confusão estava formada,

Eu fiquei puto da vida,

Minha mão foi algemada,

Por uma soldado atrevida,

Qualquer um no meu lugar,

Teria essa cruel reação...

Nada ali me animava,

Uma saída eu não via,

Quando eu ia, ela voltava,

Quando eu voltava, ela ia.

Não fiquei ali na prisão,

Porque uma alma bondosa,

Abriu a carteira e o coração,

Pagou a fiança grandiosa,

Sem choro e sem reclamar,

Somente por me gostar...

Meu deu bronca e me amava,

Enchendo o peito de agonia,

Quando eu ia, ela voltava,

Quando eu voltava, ela ia.

Nunca mais eu quis saber,

Desse negócio de candidato,

Não quero ver outro sofrer,

E cometer um falho ato...

Quero é ser feliz de verdade,

E em paz na comunidade...

Como sempre feliz eu estava,

Quando nisso não me metia,

Quando eu ia, ela voltava,

Quando eu voltava, ela ia.