SETILHAS DO PEDÓFILO

Para ser curto e grosso, já falei

do ladrão, do corrupto e cachaceiro;

e fiz glosas, também, pra trapaceiro,

lavrei versos pra grego e pra nissei.

Hoje venho falar de quem não presta,

por exemplo, do peste que molesta

as crianças, menores pela lei.

Mas vou logo, direto, bem na veia,

da questão lá no ponto do gargalo:

da droga do pedófilo é que falo

– essa pústula boa de cadeia.

Já quem mexe na honra da inocência

deve ter punição, com veemência,

aprovando, também, ser bom de peia.

Um pedófilo atesta não ter nicho...

Vive além dos confins, pois um covarde;

e covarde bem dos finais da tarde,

quando, às sombras da noite, feito lixo,

ocultado, em si mesmo, se amotina,

lá nos breus mais nojentos da ruína,

um ser vil e pior, bem mais, que bicho.

Eu encaro o pedófilo um doente,

mas, antes, só nos causa muito asco;

e, dele não querendo ser carrasco,

sugiro que lhe deem, de repente,

manicômio, depois cadeia forte...

Nem lhe quero aplicar pena de morte,

pra morrer devagar e descontente.

Fort., 21/ 09/2010.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 21/09/2010
Código do texto: T2511071
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.