O MUNDO DAS VIOLÊNCIAS.

Pensando na violência,
Decidi então versar,
Os tipos de imprudências,
Que o mundo está a ceifar,
Com a tinta e o papel,
Neste intrigante cordel,
Vou a todas comentar.

Falo da primeira esfera,
No aconchego familiar,
É esse tipo de violência,
E as demais vêm inspirar,
Com filhos traumatizados,
Lares desestruturados,
Em dramas a desmoronar.

Desde muito pequenino,
A criança já aprende,
A violência domestica,
E a esse vicio se rende,
Agridem-se os irmãos,
Criam-se na confusão,
Nem a psicanálise entende.

Do lar saem pra escola,
Na lida de estudante,
Onde sofrem agressões,
Dos colegas cada instante,
A onde surge às intrigas,
Transformando-se em brigas,
Em atos mais agravantes.

É violência de todo tipo,
Que nos deixa alarmado,
Tanta agressão verbal,
Que nos faz ficar frustrados,
Colega agride colega,
Numa violência cega,
Em ângulos de todo lado.

Até em salas de aulas,
A violência impera,
Domina todos os alunos,
Uma situação bem séria,
Com uma índole explosiva,
Quem presencia que o diga,
Essa agravante miséria.

A violência do trânsito,
É outra coisa de louco,
Pedestre e bicicleteiros,
Enfrentam o maior sufoco,
Com motoristas estressados,
E carros desgovernados,
Pra doidos falta bem pouco.

Tenho visto que o trânsito,
Faz vitimas a todo o momento,
Quando não mata aleija,
Em um mar de desalento,
Destruindo a alegria,
De muitos em toda família,
Aumentando o sofrimento.

A violência contra a mulher,
Aumenta a cada instante,
Nem a Maria da Penha,
Tem mudado esse agravante,
De maridos insatisfeitos,
Acham-se com direito,
De espancar suas amantes.

Há violência no trabalho,
Entre patrões e empregados,
Por ganancias ou inveja,
Cada um puxa pra um lado,
Em um clima de tensão,
Emprego é competição,
E o mais fraco está ralado.

Há violência no esporte,
Corre solta nessa terra,
Atletas se agredindo,
Como se fossem pra guerra,
Torcedores perdem a vida,
Na briga entre torcidas,
O mais fraco ali se ferra.

Até no mundo religioso,
Está cheio de violência,
Verbais e olhares maldosos,
Criam ali má querência,
Onde o mais afortunado,
Tem seu pecado encubado,
Cai no pobre a consequência.

Há tambem a violência,
Na esfera profissional,
Pessoas do mesmo nível,
Compartilham desse mal,
Discrimina-o sem pensar,
Fazendo a o outro provar,
De seu veneno afinal.

Há violência tambem,
Contra os da terceira idade,
Onde a própria família,
Comete essa atrocidade,
Assim o idoso coitado,
É por todos maltratado,
Sem o mínimo de piedade.

Tambem a os deficientes,
Com violência se trata,
Cadeirantes indefesos,
São intrusos na barraca,
Sem o devido respeito,
Cada um age de um jeito,
Na violência insensata.

Está assim nesse mundo,
O império da maldade,
Em que a cega violência,
Domina toda a sociedade,
Nos centros das capitais,
As gangues de marginais,
Destrói nossa liberdade.

Ninguém sabe onde começa,
Nem onde isso termina,
Só sabe-se que em cada ser,
A violência domina,
Sofre em fim o cidadão,
Essa grande maldição,
Do pecado a triste sina.

Deixo aqui o meu conselho,
Para o cidadão de bem,
Olhe-se bem no espelho,
Antes de agredir alguém,
Ponha a mão na consciência,
Pois agir com violência,
Não dar camisas a ninguém.

04/09/2010.
CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 04/09/2010
Reeditado em 24/09/2010
Código do texto: T2478339
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