CORDEL – Nomes esquisitos de pessoas – Letra “D”
Continuamos com a brincadeira sadia de fazer cordel com nomes de pessoas que possam parecer esquisitos. Todavia são reais, existem em cartório e em documentos. Que ninguém leve a mal nossa intenção.
Oitavas com sete sílabas poéticas.
Esquema de rimas: A B A B C D C D.
Dez estrofes.
Vejam primeiro os nomes:
Danúbio Tarada Duarte
Darcília Abraços e de Carvalho Santinho
Deus Magda Silva
Deus Infinitamente e Misericordioso
Deus Quer Magalhães Mota
Desaurina Vênus de Milo
Disney Chaplin Milhomem de Souza
Dezêncio Feverêncio de Oitenta e Cinco
Dignatário da Ordem Imperial do Cruzeiro
Dilke de La Roque Pinho
I
Tal DANÚBIO TARADA
Parecia ser de marte
Tomou uma bordoada
De um tal senhor DUARTE
O povo que conta isso
Geralmente bom de arte
Não se sabe se omisso
Mas curvou o bacamarte
II
Sra. DARCÍLIA ABRAÇOS
E DE CARVALHO SANTINHO
Adepta de muitos laços
Ainda era brotinho
Gostava de um namoro
Adorava um barzinho
Mas respeitava o decoro
Mesmo no escondidinho
III
DEUS MAGDA SILVA, bom
Grande homem de valor
Nas festas dava o tom
Respeitado sim senhor
Tudo seu era narrado
Até mesmo desavenças
Pensavam ser um tarado
Mas tinha lá suas crenças
IV
Nosso DEUS com certeza
É bom INFINITAMENTE
Com ele não tem moleza
E está na luz do crente
E MISERICORDIOSO
Fazendo qualquer milagre
Sempre um Pai caridoso
Faz do vinho um vinagre
V
O DEUS QUER MAGALHÃES,
MOTA um grande pedreiro
Namorava muitas cunhãs
Seu tiro era certeiro
Vivia muito sofrido
Pra manter sua mulher
De tanto ser enxerido
Já brigou com um chofer
VI
DEUSARINA VÊNUS sim
DE MILO era anã
Sofria com dor no rim
Detestava sutiã
Não gostava do aperto
Gerou um filho gigante
Cresceu não tinha conserto
Cabra bom com o berrante
VII
DISNEY era diversão
CHAPLIN um grande ator
MILHOMEM um gavião
DE SOUZA um professor
Traquejo tinha no malho
Manobrava pra valer
Adorava um baralho
Homem bom ta pra nascer
VIII
DEZÊNCIO do mês doze
FEVERÊNCIO, do dois
Não do ano de catorze
Digo apenas depois
Com certeza eu não brinco
Mentira não é comigo
No DE OITENTA E CINCO
Foi que nasceu o amigo
IX
Um foi homenageado
DIGNATÁRIO DA ORDEM
Por todos bem aprovado
Detestava a desordem
IMPERIAL DO CRUZEIRO
Bom papai e bom irmão
No Brasil um pioneiro
Andava com pés no chão
X
Mas o DILKE DE LA ROQUE
Sujeito nobre no PINHO
Bom demais no bodoque
Fugia bem de mansinho
A pedra quando pegava
Nalgum corpo distraído
Dele a turma xingava
Do diabo possuído
Em revisão.