Paraibinha

O cabra é tão magrela

Que um terço do seu peso

Fica concentrado nela

Prejudicando seus desejos

É uma verdadeira mazela

Sem direito a despejo

O cabra fica amarelado

Sem uma cor definida

Meio branco esverdeado

Querendo que fique erguida

Faz tanta força o coitado

Pra não vê-la tão pendida.

Na cabeça pensamentos

Que podem prejudicar

O seu concentramento

Pra na hora não falhar

Devido ao comprimento

O sangue pode faltar.

Faltando sangue pro corpo

Eu já ouvi alguém dizer

Que um já ficou mouco

Outro chegou a morrer

Mas isto ainda é pouco

Quando está no seu querer

Encher de sangue venoso

Aquela parte carnuda

Do tecido cavernoso

Daquela grande sisuda

Pode ser tão perigoso

Quanto uma cirrose aguda.

Acontecendo ele morre

Uma verdadeira agonia

Se pra lá o sangue corre

Ficando as veias vazias

Imediatamente ocorre

Uma profunda anemia

O centro de gravidade

Muda quando acontece

Uma queda na verdade

Pra frente ela amortece

O peso todo ou a metade

Mais o pobre é quem padece

Se ele ficar deitado

Papo pra cima não fica

Só pode ficar de lado

Pois vou dar-lhe uma dica

Ampute logo este danado

E vire logo um marica.

Raeu