O NOME DELA E O MEU ESCRITO EM ALGARISMOS

O NOME DELA E O MEU

ESCRITO EM ALGARISMOS

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Eu nasci no sertão

Ela nasceu na cidade

Eu sou mais grosseiro

Ela mais simplicidade

Mas temos o mesmo gosto

Um do outro a amizade

Vivemos desencontrados

Ela trabalha e eu não

Eu idoso e ela jovem

Com ela busco união

Pois em questão de amor

Fala alto o coração

Por força da natureza

Sou poeta nordestino

Mas eu só canto a pobreza

Do meu sertão nordestino

E dela eu canto a beleza

Com se eu fosse um menino

Quando dela estou ausente

Fico triste e imaginando

Que será de nossas vidas

Se ela em mim está pensando

Enquanto a minha ausência

Vai também lhe atormentando

Eu caboclo e poeta

Por ela vivo encantado

Ela jovem e cidadina

De gosto bem delicado

Me cativou e prendeu

Estou por ela apaixonado

Sempre cantei o sertão

Por ela eu canto a cidade

Agora canto o nosso amor

Que nasceu da amizade

Amanha cantaremos juntos

A nossa felicidade

Deus vai nos abençoar

Permitir nossa união

Mesmo que seja preciso

Passar por provação

A sempre Virgem Maria

Nos dará a proteção

Vamos usar nossas forças

Unindo nossos destinos

Porque grande só Deus

Nós somos dois pequeninos

Um nos braços do outro

Somos como dois meninos

O nosso nome em segredo

Fora de formalismos

O sabor de nossos beijos

Vem dos nossos organismos

Se quer saber nossos nomes

Estude os algarismos.

Poeta José Bezerra

21 de agosto de 2009

Zé Bezerra o Águia de Prata
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 22/08/2009
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