Universidade: plural e contraditória
Universo, verso, univerdade,
que nos une sem ver diversidade,
que contrasta o bem e a maldade,
permissiva central das relações.
Mas com normas centradas no direito,
nos permite ver a causa e o efeito
do amor que devassa corações.
Aqui os fantasmas seculares
arrastam-se com tal antagonismo,
numa gama de cores e linguagens,
adornando o jardim do pluralismo,
revelando em frases e mensagens
a riqueza do seu coletivismo.
Com aporte de riso, choro e vela,
nas idéias se faz imensidão,
feito o barco que enfrenta a procela,
feito gota enfrentando o furacão,
uma colcha de retalhos, vê-se nela
uma luz que clareia a escuridão.
Conviver nela existe, com certeza,
união discordante e harmonia,
de mãos dadas feiúra e beleza,
perpassando do real à fantasia,
em ação se revela ágil e tesa,
é tirana, mas tem democracia.
Na pesquisa destaca, em um momento,
o saber sobre algo infundado,
ignora mas tem seu conhecimento,
que expõe muitas vezes lado a lado.
Localiza o centro do evento
em evento não tão bem localizado.
Sendo fonte do dinâmico saber
que fomenta vaidades infinitas,
para mim é maior no conviver,
na alegria das pessoas mais aflitas,
educando mais ensina a viver
e indagar sobre coisas nunca ditas.
Por isso sua origem é destacada,
sendo ímpar, sem sinal de igualdade,
tem a base muito bem fundamentada,
em princípios de universalidade,
onde busca resistente e devotada
a razão dessa nossa humanidade.