A BALANÇA DO TEMPO PESA MUITO NA IDADE

Estes versos foram feitos depois de receber umas fotos de final de ano de 1997 enviadas por meu irmão apelidado por nós de Ludião. Fazia anos que não via meus sobrinhos, nem ele, nem sua esposa Maria. Os sobrinhos foram criados juntos de mim e na minha memória ainda eram crianças. A saudade de quem está morando fora do Brasil é indescritível, só sabe quem já passou por isso.

Ludião chegaram as fotos

Quase morro de saudade

Vendo os meninos já grandes

Me lembrei da mocidade

E na balança do tempo

Vi quanto pesa a idade

Vi teu cabelo qual prata

Brilhar na fotografia

Vendo todo branco agora

O que foi preto outro dia

Olhando tua cabeça

Nem pude crer no que via

Só achei estranho Maria

O tempo nela emperrou

Parece até tá mais nova

Fatinha se impressionou

E disse pra mim “ô Dija

Pergunta o que ela tomou?”

Marquinho gordo e bonito

Karol eu nem vou falar

Karina agora casada

Não gosto nem de pensar

Que o tempo passou tão rápido

E esqueceu de me esperar

Tem dia que estou deitado

Ouço Marquinho gritando

Karina dando risada

E Karolzinha chorando

Sem querer vou descobrindo

Que o tempo tá se passando

Como eu queria voltar

Ao meu tempo de rapaz

Brincar com os três meninos

Que era gostoso de demais

Mas o relógio do tempo

Não pode voltar atrás

De qualquer modo esse tempo

Faz parte da minha história

Faço esses versos pra os três

Como uma dedicatória

Pois continuam crianças

Brincando em minha memória

djalma marques
Enviado por djalma marques em 24/03/2006
Código do texto: T127911