Meu encontro com Caronte

Eis que chego às margens do rio Aqueronte, um lugar sombrio, onde perambulam as almas dos infortúnios que não tiveram um misero amigo ou por destino morreram sem um enterro, onde ninguém pode lhe deixar uma moeda para que pudesse pagar sua travessia para Caronte.

Caronte é um velho barbudo que adora dinheiro, eu tenho que guardar com cuidado meu dinheiro, pois o safado pode querer tentar pegar tudo de uma só vez, mas nada que uma boa mordida em seu tornozelo não resolva.

Tenho uma missão a cumprir, é em seu barco que deverei atravessar o rio Aqueronte, escolher meu lugar no mundo dos mortos, conversar com Cérbero para ele autorizar minha saída do mundo dos mortos, o que com certeza ele ira autorizar, pois falamos a mesma língua e voltar ao mundo dos vivos já em minha forma invisível, para cumprir minha missão.

Para isto fui enterrado com várias moedas para poder ir e voltar quantas vezes for necessário, voltar ao mundo dos vivos e atormentar aquele que ousou destruir a vida de minha “Dona”, ele não sabe o que o espera, eu presenciei todo o sofrimento o qual ela passou, e isto não vai sair barato para ele. Eu irei atormenta-lo, todos os dias, ele não aguentara escutar os meus latidos..? Sim, eu fui incumbido desta missão.