Uma nova era ( a morte de um inocente)

Um mês havia se passado, e as coisas pareciam estar mais calmas, inclusive em meu coração, perdido, ainda existia a dor, mas ela não mais me incomodava, aceitava meu destino e minha escolha, não haveria como questionar isso, tinha meu livre arbitrio.

Mas nessa tarde as coisas foram diferentes, sentia algo que não sabia explicar, uma presença que não me era estranha, parecia rondar-me como um animal, esperando o melhor momento para atacar, para minha paz, minha serva não estava em casa, havia ido a cidade, cuidar de algumas coisas, então entrei, e me armei, com meu punhal e minha espada, minha proteçao, e aguardei, estava alerta, meus instintos jamais falharam com relaçao a isso, estava só e sabia disso, mas sempre fui guerreira, não fugiria, por nada nessa terra, voltei a me sentar na varanda, e aguardei.

Algumas horas se passaram, começava a anoitecer, então, vi aquele vulto se formar a minha frente, era Alexsander, o que ele estaria fazendo ali, me levantei e empunhei meu punhal e minha espada.

O que deseja Alexsander? Não es bem vindo aqui!

Sei que não.... acha mesmo que pensei que estaria me esperando?

Tenho um assunto a resolver, e não vou antes de decidir isso!

Que assunto!

Essa criança em teu ventre, não pode nascer... sabes disso!

Não há criança nenhuma, engana-se...

Não mesmo... interessante! Nao é isso que sinto!

Deixe-me em paz! Saia daqui, não desejo brigar...

Sabia que ele sentia essa criança, infelizemente, não conseguia mais oculta-la como fazia antes, mas não entendia o motivo de tanta insistencia nisso, mas tentei me acalmar, coisa que não era facil, ele estava cada vez mais perto, sabia do risco que corriamos, então decidi ataca-lo, fui para cima dele, e durante algum tempo ele apenas se defendeu, era um eximio guerreiro, admirava isso nele, e de repente, sinto a lamina invadir minha carne, e o sangue correr, me sentia desfalecer, mas ainda fui forte o suficiente para atingi-lo antes que desaparecesse nas sombras.

Minha respiraçao já estava ofegante, odiava o veneno que esses demonios usavam em suas espadas, me deixava mais lenta, menos lucida, quando senti uma dor insuportavel em meu ventre e senti o sangue correr, era o fim, me desesperei, orei aos deuses para que nada de errado houvesse acontecido, mas era tarde demais, acabei perdendo os sentidos, quando despertei, já não estava em meu casebre, e sim na mansao, tudo parecia em camera lenta, minha serva ao meu lado, minha mente estava confusa, e foi recomendado para que descansasse, pois havia perdido muito sangue, então lembrei dos acontecimentos e automaticamente toquei meu ventre, não mais sentia aquela criança, deixei minhas lagrimas correrem, em silencio.

Ordenei que todos saissem, me deixassem só, minha dor era enorme, e minha vingança seria maior ainda, sentia gosto do sangue em minha boca, o odio havia invadido minha alma, precisava me controlar nesse momento, me preparar para o próximo combate, e juro que não seria eu que ia cair.

Fiquei ali alguns dias, ate me recuperar de meus próprios ferimentos e minha dor, quando me vi forte, agradeci a todos e retornei para o casebre que o Dono daquelas terras havia me disponibilizado, ficaria ali, até a hora do ataque final, e ainda não estava na hora, ficaria mais forte, iria treinar mais e mais, e só assim teria minha vingança.

Condessa Drakon
Enviado por Condessa Drakon em 11/04/2017
Código do texto: T5967975
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