PERSEGUIÇÃO = EC
O maior desejo de Margareth era ter um irmãozinho, mas, por motivos que não vem ao caso, nunca o teve.
Quando Alzira, vizinha e muito amiga de sua mãe ficou grávida ela ficou radiante.
Alzira deixou que ela participasse de toda a espera, da compra das roupinhas, do arranjo do quarto, da escolha do nome, da expectativa de como seria o bebe.
Quando Elias nasceu Margareth vibrou como se fosse ele o irmãozinho que ela tanto desejou e como é natural, Elias também passou a gostar muito dela.
Os primeiros anos foram alegres e tranquilos, mas aos nove anos, Elias começou a mudar seu comportamento, a demonstrar um ciúme doentio de Margareth que já era mocinha, tinha amigos e muitas vezes saia a passeio e não o levava.
Começou a brigar com a amiga, agredir a mãe, ter crises de choro e comportar-se mal na escola.
Alzira negava-se a acreditar que o filho tinha um sério problema mental e começou a culpar Margareth pelos seus surtos.
Com isso a amizade de tantos anos foi abalada e os pais de Margareth resolveram mudar-se para outro bairro da cidade esperando que afastando Margareth de Elias tudo fosse resolver.
Mas não foi o que aconteceu. Elias logo descobriu onde Margareth estava morando e abordava-a cada vez que ela saia pedindo a ela que voltasse a morar perto de sua casa.
Até que, já adolescente, seu estado piorou muito e Alzira acabou por interna-lo em uma clinica psiquiátrica.
Margareth o visitava frequentemente e ele insistia com ela para que se casasse com ele.
Ela afirmava que, assim que ele sarasse e pudesse sair de lá ela se casaria e ele acreditva.
Margareth sabia que ele não tinha cura, mas ele, embora não entendesse muito bem o que estava acontecendo acreditava em suas palavras e ficava mais calmo.
Até que um dia, Margareth conheceu o Carlos, apaixonou-se por ele e os dois se casaram.
E foi quando se preparava para a viagem de núpcias, no dia seguinte ao casamento, que ela surpreendeu-se ao ouvir a campainha, abrir a porta e ver o Elias a sua frente.
Parecia estar bem. Devia estar dopado, pensou, mas disse alegremente:
--Que bom que você veio me ver!
--Eu não vim visita-la, vim despedir-me, pois não vamos mais nos ver.
--Que é isso? Claro que vamos! Assim que eu voltar irei vê-lo no hospital.
--Não. Você nunca mais vai me ver. Tchau1
Virou-se sem sequer estender-lhe a mão, saiu à rua, misturou-se aos transeuntes e desapareceu.
Margareth ficou passada. Que coisa estranha! O Elias não parecia o mesmo, ele a surpreendia mesmo a cada dia que passava.
Mas estava em lua de mel e não foi difícil esquecer tudo o mais que não fosse a nova vida que começava ao lado do Carlos.
E só alguns dias depois, conversando com a mãe, recebeu a triste notícia, Elias tinha falecido no dia de seu casamento. A mãe não quis contar-lhe antes para não empanar a alegria da sua festa.
Surpreendeu-se:
-- Mas, como? Eu o vi no dia seguinte...
-- O que? Você o viu?
-- Não... Mamãe... Deixa pra lá... Deve ter sido impressão minha...
O maior desejo de Margareth era ter um irmãozinho, mas, por motivos que não vem ao caso, nunca o teve.
Quando Alzira, vizinha e muito amiga de sua mãe ficou grávida ela ficou radiante.
Alzira deixou que ela participasse de toda a espera, da compra das roupinhas, do arranjo do quarto, da escolha do nome, da expectativa de como seria o bebe.
Quando Elias nasceu Margareth vibrou como se fosse ele o irmãozinho que ela tanto desejou e como é natural, Elias também passou a gostar muito dela.
Os primeiros anos foram alegres e tranquilos, mas aos nove anos, Elias começou a mudar seu comportamento, a demonstrar um ciúme doentio de Margareth que já era mocinha, tinha amigos e muitas vezes saia a passeio e não o levava.
Começou a brigar com a amiga, agredir a mãe, ter crises de choro e comportar-se mal na escola.
Alzira negava-se a acreditar que o filho tinha um sério problema mental e começou a culpar Margareth pelos seus surtos.
Com isso a amizade de tantos anos foi abalada e os pais de Margareth resolveram mudar-se para outro bairro da cidade esperando que afastando Margareth de Elias tudo fosse resolver.
Mas não foi o que aconteceu. Elias logo descobriu onde Margareth estava morando e abordava-a cada vez que ela saia pedindo a ela que voltasse a morar perto de sua casa.
Até que, já adolescente, seu estado piorou muito e Alzira acabou por interna-lo em uma clinica psiquiátrica.
Margareth o visitava frequentemente e ele insistia com ela para que se casasse com ele.
Ela afirmava que, assim que ele sarasse e pudesse sair de lá ela se casaria e ele acreditva.
Margareth sabia que ele não tinha cura, mas ele, embora não entendesse muito bem o que estava acontecendo acreditava em suas palavras e ficava mais calmo.
Até que um dia, Margareth conheceu o Carlos, apaixonou-se por ele e os dois se casaram.
E foi quando se preparava para a viagem de núpcias, no dia seguinte ao casamento, que ela surpreendeu-se ao ouvir a campainha, abrir a porta e ver o Elias a sua frente.
Parecia estar bem. Devia estar dopado, pensou, mas disse alegremente:
--Que bom que você veio me ver!
--Eu não vim visita-la, vim despedir-me, pois não vamos mais nos ver.
--Que é isso? Claro que vamos! Assim que eu voltar irei vê-lo no hospital.
--Não. Você nunca mais vai me ver. Tchau1
Virou-se sem sequer estender-lhe a mão, saiu à rua, misturou-se aos transeuntes e desapareceu.
Margareth ficou passada. Que coisa estranha! O Elias não parecia o mesmo, ele a surpreendia mesmo a cada dia que passava.
Mas estava em lua de mel e não foi difícil esquecer tudo o mais que não fosse a nova vida que começava ao lado do Carlos.
E só alguns dias depois, conversando com a mãe, recebeu a triste notícia, Elias tinha falecido no dia de seu casamento. A mãe não quis contar-lhe antes para não empanar a alegria da sua festa.
Surpreendeu-se:
-- Mas, como? Eu o vi no dia seguinte...
-- O que? Você o viu?
-- Não... Mamãe... Deixa pra lá... Deve ter sido impressão minha...
*****E
ste texto faz parte do Exercício Criativo -
PERSEGUIÇÃO
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/perseguicao.htm.
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PERSEGUIÇÃO
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