MANIVELA NO VALOR ( que Somos Reis Valias... )
                        UMA PARÁBOLA SURREAL


       Assustou-me  que  me  tentasse ven-
    der aquilo.
       Certamente não tenho cara de ingê-
    nuo ___mas talvez nesse dia isso apa-
    rentasse ( acabara de perder meu Pai
    ... ) ou...talvez...circunstâncias...  ne-
    cessidades... A Vida é uma Mó __ mas, 
    às vezes muitas não moi ___ embara-
    lha as cordas, cria teias, labirintos    e
    revelias...
        Fora talvez um dia de revés... Um di-
     a não a mais entre os dias...
        Nos sins que existem nos  não )  ra -
     ros ___é bom que se diga___ de ocor-
     rer... ) ___foi certo que me compade-
     ci! 
         Era  ___  nada mais nada menos __
      que uma Máquina de Fazer Dinheiro...
      velho conto tradicional ___que hoje é
      risível ___mas que  já  conseguiu ilu -
      dir muita alma incauta (  é  grande   o
      Mundo ! ) ; e não só caipira...
         Uma coisa ficou certa...  era  um  A-
      tor!... Grandiloquentemente me levou
      cinco  minutos  tentando  me  conven-
      cer. Pensei naquela alma... __talento
      lapidado.  Faria  coisas  assombrosas
      abrindo os Palcos da Vida.
         Mas um grão  de luz  às  vezes  é su-
      ficiente para salvar o Dito...
         Paguei R$ 100  reais ___  custo  de 
      talvez   algumas   refeições  __  duas
      não mais ! __ e  de 1  dia  e  meio  de 
      pousada.  Pra  ele:  magrinho  finíssi-
      ma barba ___  e um olho  __ fundo__
      que vinha das origens da Alma.
         Os arcos da  Lapa  se  continuavam,
      subiam ___encontravam  Santa Tere-
      sa.
         Pensei em esperanças nutridas.
         Me veio à  mente,  também,  aquela
      passagem do Manuel __ "O Bardo"__
      Bandeira : " Ainda  há  mulheres  bas-
      tante   puras  para   fazer   a  vontade 
      dos viciados !..."
         O êxtase de ceu.
         Tão puro.
         Tão simples.
         Tão azul.
         Levei  a   geringonça   o  seu  tanto 
      estranha   para  casa.  Demorei  três 
      dias a só olhando antes de numa mo-
      vida curiosidade girar-lhe a  manive-
      la. E destoando do que ele me  disse-
      ra ___  acentuando  bastante  o  tom 
      da voz ___ não   colocara  o  preexis-
      tente papel. Peso necessário___  ele
      me  dissera  ___  para   um  dinheiro
      "próspero" ___  acentuando  a  bele-
      za de meus trajes burgueses...
        Fora pelo Sol  que  é  sempre  novo
      ... Ou por força do Salmo 23 ("O Se-
      nhor  é   meu Pastor!.." ___ Tudo  é
      possível ! ...) o certo é que no ao gi-
      rar a manivela   tive  uma  novidade
      ( Mais de cinco anos o isso de sol de
      ocorrido ) !...   Nunca  mais  tive  ne-
      nhuma necessidade !...
              A Máquina fabricava Valor !...
  
       


Jorge Sunny
Enviado por Jorge Sunny em 16/11/2011
Reeditado em 16/11/2011
Código do texto: T3339547