Miguel: una biografía de peso

Venezuela está em racionamento. Miguel por quatro horas anda em uma rua escura, tomando um ônibus escuro na sua cidade escura. Seus olhos forçam a ler de pé um livro mal entendido com um homem lhe esbarrando sobre os ombros forçando um pedido de desculpas. Miguel desce do ônibus jogando seus cabelos negros e escorridos sobre as orelhas. Talvez a qualquer momento entre essas quatro horas Hugo Chávez; o senhor das situações decida mostras sobre as ruas de Caracas os olhos verdes de Miguel como uma nova desculpa. Bem... Miguel sobe as escadas de seu apartamento enquanto desvalorizavam a sua moeda. Bebendo um copo d’água ele joga sua bolsa sobre o sofá enquanto sente o cheiro da mesma sopa requentada ao fogo.

- Qué vergüenza, la aversión... – Era uma rotina essas palavras – entrava porta adentro e menos de segundos repetia-se o repertorio junto de Miguel “Que vergonha, um desgosto...”.

Miguel bem sabia que ela, sua mãe o amava, mas... De que adiantaria ela pedir a Deus todos os dias e maquiar em sua mente um comportamento tão cruel ao amor? Miguel também o amava. Fechava os olhos e abria os olhos com barulhos de pedras em suas janelas, olhou janela a fora e logo lhe manchou um sorriso. Era Alijandro em plena madrugada encontrando do sorriso de Miguel um beijo de adeus. Pedira tanto que fora com ele para o Brasil, isto é, quase o implorara que fosse com ele, mas jamais Miguel iria. Não, não era uma fraqueza, muita menos um medo. Miguel apenas acreditava no que pudera alcançar, não sonhos, mas apenas a realidade.

Na semana seguinte Miguel começou a receber telefonemas de Alijandro e assim se precedeu por mais algumas semanas. Com tantas deslocações de moradias jamais Alijandro dera qualquer numero para que Miguel o encontrasse, ou então muito menos qualquer endereço para cartas. Assim, Alijandro aos poucos ia decepando suas ligações com os dias.

Aos dezenove anos Miguel encontrou na morte de sua mãe a independência moral, sua mãe, sua única família. O que impedira Miguel agora de ir atrás de Alijandro, nada mais que o orgulho. Depois de um tempo à vontade de continuar a amar tomou o rumo da desilusão. Miguel conheceu Francés, uma menina tão bela quanto a sua própria beleza que respondera seu anuncio de jornal para a divisão do apartamento, não passou qualquer mês e já poderia escutar o barulho do corpo de Francés contra as panelas. A quem diga que Miguel redeu-se a pele macia de Francés, mas para ele nada passou de puro encontro de dois corpos podendo se chamar de sexo. Beijavam-se antes dos atos sexuais casuais e seus olharem se encontravam como se encontra uma baliza ao meio de um desfile, mas ainda sim nada passava de apenas sexo.

Francés estava sentada ao chão da cozinha engendrando-se em lagrimas quando confinou a Miguel uma gravidez, mas antes que a criança nascesse Miguel confessara que Francés era uma boa atriz. Bem... Nasceu uma criança, ela tinha os olhos de Miguel, mas não era seu filho. Francés confessara que teria em meios aos intervalos fotográficos teria rendido-se a beleza de um fotografo alemão. Francés organizava em um domingo qualquer um almoço para que Miguel conhecera a Franz. Para o prazer de Francés os dois se deram tão bem que enquanto dera um tempo para amamentar a mão de Franz encontrava-se ao pênis de Miguel que por semanas gozara dentro de seu corpo.

Quando a criança completou dois anos Franz pedira o divorcio legal a Francés que não hesitou em dar, mas com um único pedido.

- Desaparecer y no volver, nuca! – Os olhos de Miguel baixavam-se enquanto que Franz o olhava em estética. É... Franz jamais voltou.

Nicolas tem a Miguel como seu pai. Viviam sempre a mesma casa e dormiam sempre a mesma cama. Dois meses antes do décimo aniversário de Nicolas, Francés teria falecido de uma gripe mal curada. Por meses Nicolas sentava ao chão na chuva e completamente nu, mas não conseguira algo mais que uma febre forte. O que leva uma pessoa a procurar a uma morte tão lenta que desvaneça de sua própria pele? O que levou a Nicolas a esse ato não passara de um conjunto de medos. Medo da vida, da solidão e medo da própria morte em que desejava. Miguel apenas compreendia com o seu olhar atento a não interver as decisões de Nicolas e sentado ao sofá perdia seus dedos em um pacote de batatas fritas, mas na manhã seguinte tudo o que poderia fazer e dar alguns analgésicos para atender ao pedido de Nicolas querendo livrar-se da dor corporal.

- Buenos días, ops... Bonjour, messieurs! – Miguel levava a Nicolas em seu primeiro dia do curso de língua francesa.

Tudo... Apenas, Tudo o que Nicolas queria Miguel dava sem hesitar ou questionar. Nicolas decidira a estudar francês logo após do: alemão, grego, latim, português, búlgaro, albanês e surpreendentemente piano. Nunca terminara qualquer curso que começava, então, por quê seria diferente com francês? Mas... Miguel dava a Nicolas tudo... Apenas, tudo e nada menos que isso. Quando Nicolas tinha quinze anos, numa tarde de sábado decidiu que queria fumar e Miguel deu-lhe seu primeiro cigarro e nada mais que o ato de Nicolas foi beijar seu próprio pai. Miguel retribuiu e quando o cigarro ainda aceso deixado de lado o tocou a pele seu pênis já penetrava o garoto.

Nicolas tinha os olhos de Miguel e um cabelo louro escorrido que a cada segundo sentia a mão passando sobre por trás das orelhas. Estavam os dois sobre a cama dia após dia com seus corpos de dezenove anos definitivamente definidos de seus próprios desejos. Bem... Seus corpos roçavam-se nas escadarias quando se despediam ou se encontravam. A quem descreva sem qualquer palavra um ato tão digno de uma mentira quanto o amor dos dois.

Bem... Chávez venceu as eleições: Um oficial militar de carreira. Miguel abandonava a Venezuela e junto deixava a Nicolas para trás guardando seu amor. Apaixonou-se por si dando a sua consciência envolvimentos com os livros de Simone de Beauvoir. Um homem tão seco de amor dava a si próprio um desejo a uma professorinha de ensino fundamental? O homossexualismo era uma desculpa desproporcional a sua existência... Rendendo-se, apenas rendendo-se. Quando descobriu que ela Marguerite também o amava, então decidiu ‘desamar’. Sentiu-se tão culpado da morte de Marguerite causada por estuprados em um beco escuro qualquer em Paris que sua auto punição foi não se culpar por amor.

Olhos verdes tomados de olheiras... O amargo da boca capturava qualquer cheiro de uísque barato. Bem... Temos que admitir que a tendência foi só a melhorar. Começou com velhos e logo parou nas mãos dos mais belos jovens franceses, mas não se dava ao luxo de vender seu corpo por dinheiro. Era tudo tão mais envolvente quanto um desejo do corpo e Miguel vendia-se por beleza, dando em troca uma falsificação tão mal alimentada de mentiras quanto seus dedos dentro das calças dos homens com quem se deitava. Rebolava seu corpo envolvendo-se com o pênis de um homem que pagaria com a sua vida o amor de Miguel.

- Je veux! Je veux! – Era tudo o que queriam... Que Miguel os deseja-se tanto quando os desejavam.

Deu-se o peito a faca em que um psicopata apaixonou-se por si quase que lhe tirando a vida. Teve-se inconsciente até que abriu seus olhos azuis dando a si um fôlego novo. Conheceu uma jovem enfermeira em que se drogava em excessivas doses de anfetamina e tudo o que Miguel fazia durante a segunda guerra mundial era caminhar sobre as bombas e sorrir, mas houve rumores em que encontram-no a chupar soldados em vielas escuras, mas não passa de rumores. Bem... Miguel cresceu inspirando-se a lutar lado as feministas. Um amor, crendo que se não se passa por um voluptuoso desejo do corpo a nada teria pelo que viver, enfim... Lançou-se a paixão e quem acreditaria no sentimento de Miguel?Aos Dezenove anos engravidou de uma jovem estudante de artes... Susana tinha dezessete anos quando engravidou a Miguel. Os pais de Susana a obrigaram a trabalhar em uma fabrica para dar uma educação digna a seu filho.

Estava Miguel com suas pernas a escorrer sangue e tudo o que sentia eram seus olhos semicerrados a sensibilidade da luz “um pano limpo” e todos gritavam por um pano limpo e águas quentes... Mal cabia em suas tremulas mãos, o vento... O vento, o ar – como queira entender – mal caberia em seus punhos. Uma gravidez psicológica de um aborto psicológico e provavelmente Susana o odiaria eternamente, mas suas pernas sangravam e seu pênis permanecia ereto.

- Monstre – Um monstro... Provavelmente era o que Susana o denominaria. Ainda sim puderam sorrir até os últimos dias de Susana em uma cabana num deserto asiático.

Sorrir! Com os olhos fechados, sorria... Mahatma Gandhi. Bem... A Índia bombardeou selvagemente o grande porto, afundou navios paquistaneses, avariou navios mercantes estrangeiros e impôs um bloqueio de fato à cidade. Em chamas, o porto ficou em grande parte destruído e Miguel permanecia de pé, mas agora com um coração tão selvagem quanto sua própria alma. Seus olhos azuis e seus cabelos cacheados tão negros quanto a peste e a fome que o fez voltar a França.

De fato sua vida parecia tão devagar quanto lenta. Era como se a pressão do ar fosse contra seu peito forçando seu inóspito corpo... Que sensações? Presenciava da loucura a desejos tão insaciáveis que davam a vida de Miguel um propósito tão qualquer quanto uma farsa e ainda existiam homens e mulheres que dariam a vida pelo seu amor. Lá estava ela... Com seu vestido estampado de flores e seus olhos azuis. Era como se o vento que batia em seus cabelos deteriorasse cada tecido de pele em seu corpo. Era onde estava, isto é, era onde deveria estar Marguerite. E ele o amava ou ao menos pensava em amar. Entrava na banheira cortando-se com as farpas das madeiras e pensava em se tocar, mas Marie poupou-o do trabalho e onde estavam os homens? Estavam tão cheios de si e da guerra que dispersaram seus olhos de Miguel que se limitava apenas em mulheres de corpos esbeltos.

Envolveu-se na revolução francesa apaixonando-se por um fiel a Jean-Jacques. Seu nome era Juan e prendava-se das mais belas consciências dotando-se das mais belas falas conquistadoras de corações e Miguel apaixonou-se. Marie entregava-se a Juan e rendia-se a Miguel que se sentia satisfeito em saciar do gozo de Juan por ‘tabela’ e Provavelmente Juan morreria em seus braços dando a Marie um desgosto sentenciando-a a morte. Temos a sorrir, bem... Temos a sorrir. Sem palavras o corpo de Miguel pertencia a Juan que puxava entre os seus dedos cachos negros como um circular de carvão. A partir dali Miguel deixou de acreditar no amor. Onde corpos másculos encontram-se dali nasce o desprezo. Donde nasce o amor? De um sentimento atordoado te muitas palavras, mas nunca de atos de vontades. Juan perdera uma perna provando-se de um protótipo de perna mecânica adquirida por Miguel... Há imperfeições, mas tão digno de um amor... Não o seu, mas de Marie. Sossegava-se na quietude dos vales como um andarilho chegando a Itália. Em caso. O que lhe teria mais a França a o oferecer se não mais paixões que não lhe acrescentariam nada?

Estalou-se em um apartamento sobre uma birosca bem freqüentado e passou a entregar flores em hospitais. Dando-se a sua veia negra a experiências medicinais. Dava-lhe a vida a liberdade e ainda sim o mundo o via de olhos negros e uma pele manchada ocupando uma terra roubada. Venderam-lhe a uma mulher de quarenta e cinco anos herdeira de uma fazenda. A propriedade ficava numa região montanhosa próxima de Urbino, uma bela cidade no leste do país.

- Come posso amarti? – repetia - Come posso amarti? – Como Tabatah poderia amar um homem negro?

Os olhos do mundo transformavam seu amor quase que em repudio. Provavelmente os homens matariam-no acusando-o de estupro, mas... Como pode Tabatah o amar? Miguel tratava as conseqüências com divindade traduzindo das palavras ao suor escorrido sobre o corpo de Tabatah. Por que o odiavam tanto? Podia ver nos olhos dos filhos de sua mulher a cólera os corroendo e dava a situação demonstrações de sentimentos graduados. É... É como o mundo trata com divergência a liberdade. Tabatah fazia vestidos por encomendas em cidades próximas enquanto que Miguel limitava-se a mata. Então... Numa dessas viagens de Tabatah seus filhos Dionísio e Cleou amarrou a Miguel envolvendo as cordas totalmente sobre seu corpo mostrando a limitação do ódio, mas Miguel não se mexia dando a conforto um prazer de manter o pênis de Cleou em sua boca enquanto que Dionísio limitava-se a masturbação. Sadicamente os meninos o odiavam na tensão de manter seus pênis a boca de Miguel enquanto gozavam.

Miguel agora roubava mais que a terra ou os espermas dos meninos, mas agora roubava os beijos de Tabatah. Miguel escutou alguém gritar, mas era tão normais gritos fora da senzala dês de que Miguel começou a se envolver com Tabatah, então se limitou ao trabalho. Antes que descem o toque de recolher Miguel fora ver Tabatah, quando o encontrara embaixo de uns panos na cozinha manchada em sangue. Permanecia em estática enquanto os filhos da fazendeira “roupista” o beijavam. Dando-lhe por um dos senhores de engenhos uma bala de chumbo nas costas.

Bem... Talvez Miguel não tivesse invejado a Adão e amado a Eva ou ao seu corpo e talvez Miguel não tivesse mordido a maçã com todos aqueles vermes. Bem... A quem Deus iria culpar?

Yuri Santos
Enviado por Yuri Santos em 31/10/2011
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