Súbitas passagens

Senti de verdade

a súbita passagem

do meu amável vizinho,

pois na realidade

quando casualmente

no super mercado nos encontrávamos,

sempre muito gentilmente

me cumprimentava

e até mesmo me contava

novidades da ilha onde nasceu

em São Miguel, Portugal,

que realmente nunca esqueceu, de fato.

Passando-se, segundo a sua filha

que não morava com ele

por ser casada,

mas que toda manhã lhe telefonava

antes de entrar no seu carro

para ir trabalhar, é claro,

sempre voltando a telefonar

logo depois dela jantar,

tanto para ver se tudo estava bem

como também para uma boa noite lhe dar.

E, portanto nessa manhã

e, por diversas vezes lhe ter ligado,

decidiu ela mesma ir verificar

o que tinha realmente ocorrido, de fato,

porque o seu pai nunca tinha feito isso,

pois sempre prontamente

atendia o telefone,

aliás, por comumente ocorrer as oito horas

há muito que já tinha tomado

o seu café matinal, de fato,

por comumente se levantar as seis horas da manhã.

Soube da sua passagem

aproximadamente duas semanas depois,

e, fiquei naturalmente chocado

por saber que fora assassinado

dentro da sua própria casa,

foi exatamente isso que ela

naturalmente emocionada me contou

e, a perícia pela polícia realizada

que ela mesma chamou,

exatamente isso lhe confirmou,

dizendo no relatório que

o seu amado pai faleceu

devido um terrível homicídio,

causado por doze facadas.

Confesso que logo ao saber

dessa terrível tragédia,

confuso fiquei ao imaginar

que tipo de pessoa é essa

que invade a casa de um velho aposentado

que não era rico, de fato,

e nem tinha inimigos, é claro,

pois foi sempre um grande cavalheiro,

daí a polícia lhe ter dito a sua filha,

embora isso não constar no relatório,

provavelmente ter sido por vingança

terem lhe dado tantas facadasm

dizendo que provavelmente

quem executou esse crime

deja nas drogas viciado.

Confesso que triste fiquei

por naquele momento

em casa não me encontrar,

porque viajei por duas semanas

visitando museus, é claro,

que irão faer melhor compreender

a nossa história sempre violenta,

sendo mais uma vez comprovado

com o que fizeram com o meu vizinho

que era um homem bom, de fato.

Silvio Parise
Enviado por Silvio Parise em 20/04/2024
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