ROTEIRO DO CASO TAYLOR WRIGHT - feito para o canal O INSÓLITO

Um desaparecimento, falsas amizades, saque bancário fraudulento, disputa pela guarda de um filho, dinheiro desaparecido, e um desfecho surpreendente… que acabou se tornando uma investigação de homicídio!

Na manhã de 8 de setembro de 2017, Taylor Wright deu um beijo de despedida em sua namorada Cassandra Waller e saiu de casa por volta das 10 horas.

Ela estava acompanhada de sua amiga Ashley McArthur, precisavam ir a um banco resolver uma situação e depois daria uma espairecida, uma aliviada no estresse daqueles últimos meses, mas essa foi uma decisão que terminou não só sua vida, mas mudou a vida de todos que estavam ao seu redor.

intro

Ao final do dia, Cassandra estranhou que sua namorada não voltou para casa, as duas que estavam morando juntas há pouco tempo, tinham combinado um jantar.

Como não tinha resposta das mensagens, então, Cassandra tentou falar com Ashley que tinha, na teoria, passado o dia com Taylor, porém, Ashley falou que a amiga tinha ficado o dia todo triste, chorando e dizendo que precisava de um tempo sozinha.

Claro que Cassandra achou aquilo tudo muito estranho, e muito mais estranho ficou, quando ela recebeu uma mensagem da namorada que, resumidamente, dizia que precisava de tempo para resolver sua vida.

Ou seja, confirmando o que Ashley tinha falado para ela há bem pouco tempo.

Embora Cassandra soubesse que sua namorada estivesse passando por um momento difícil e que ela poderia usar suas habilidades como investigadora particular para desaparecer, ela acreditava que algo estava errado.

Afinal de contas, Taylor saiu sem entrar em contato com o filho; ela também não havia falado com o ex-marido, Jeff Wright.

Cassandra decidiu que deveria relatar o desaparecimento de Taylor Wright às autoridades policiais..

Mas afinal, quem é quem nessa história?

Como diria Jack: “Vamos por partes!”

Taylor Wright

A vítima

Taylor Wright, era natural da Carolina do Sul, por lá trabalhou no Departamento de Polícia de Jacksonville de 2008 a 2009 e novamente de 2012 a 2013.

Aos 33 anos, Taylor tinha acabado de se mudar para Pensacola, após se divorciar de seu marido, Jeff Wright.

Os dois tiveram um filho e estavam brigando pela guarda do menino de 8 anos, quando ela desapareceu.

Suspeito? Talvez

Depois que se mudou para Pensacola, ela entrou em alguns aplicativos de namoro, onde encontrou, Cassandra Waller, que era educadora no distrito escolar do condado de Escambia, ela não mantém uma conta pública nas redes sociais, portanto as informações sobre ela são bem escassas. Mas logo as duas começaram a namorar e após umas idas e vindas, resolveram morar juntas.

Bem, em uma entrevista concedida por Cassandra, ela disse que as duas não estavam juntas há muito tempo, mas estavam juntas “tempo suficiente para ter sentimentos sinceros”.

Mas, mesmo assim, com sentimentos fortes uma pela outra, Cassandra já havia flagrado Taylor cometendo traição.

A espiral descendente na vida de Taylor, de fato começou quando ela retirou 100.000 dólares de sua conta bancária conjunta com seu ex-marido.

Aqui um parêntese, como eu disse, Taylor estava em processo pela guarda do filho de 7 anos, só que decidiu passar a perna no ex e na justiça, um erro que, ao que tudo indica, acabou custando a vida dela, como vocês verão a seguir.

Olha só, Taylor lembrou desse conta conjunta com o ex-marido, uma espécie de poupança que os dois mantiveram enquanto estavam juntos, lá tinha 100 mil, porém, antes que a justiça bloqueasse o valor ou mesmo o marido sacasse, ela foi lá e retirou o dinheiro todo!

Óbvio que isso é ilegal, então ela não poderia depositar em seu nome ou sair adquirindo bens, pois, tudo o que comprasse teria que prestar contas à justiça e devolver ao marido, o que, já vimos, ela não queria.

Então, ela pegou e escondeu parte do dinheiro e outra ela dividiu entre amigos para guardarem para ela.

E, um dos amigos para quem Taylor deu o dinheiro foi Ashley McArthur, essa disse que colocaria o dinheiro em um cofre e quando Taylor estivesse pronta para poder usar, elas iriam juntas ao banco e ela devolveria…

Ashley McArthur

A amiga?

Ashley Britt McArthur, essa moça ai do vídeo (https://www.youtube.com/watch?v=Am9KbYN53Ls minuto 3:26)

era técnica forense e, como trabalhou em vários casos com Taylor, as duas acabaram criando um vínculo de amizade forte e se tornaram melhores amigas…

Ashey era casada com Zach McArthur, que era policial.

Resumindo, neste caso só temos pessoas que entendiam de crime, tudo indica que seria uma investigação complexa, até foi, mas de rápida de solução.

Nas semanas anteriores a 8 de setembro de 2017, Taylor tinha pedido várias vezes para receber seu dinheiro de volta, mas Ashley se fazia de louca, continuava dando desculpas, inventando motivos de que não poderia ir ao banco.

Até que em 8 de setembro, as duas conseguiram combinar as agendas e iriam juntas ao banco para pegar o dinheiro.

Agora que a história começa a se complicar.

No dia marcado as duas amigas saíram, conforme já contei.

Durante o dia, Ashley ligou para Cassandra e disse que, em vez de ir ao banco, ela e Taylor iriam até uma fazenda da família dela para andarem a cavalo.

É claro que Cassandra achou muito estranho, pois ela sabia como era importante para Taylor conseguir esse dinheiro de volta.

Cassandra começou a enviar mensagens de texto para Taylor, assim que Ashley desligou o telefone e não recebeu resposta.

Só às 19 horas que “Taylor” respondeu por mensagem, estava escrito:

“Ligo para você mais tarde. Não estou brava com você e deveria ter ligado, mas só preciso pensar. Estou tentando organizar minha vida e colocá-la nos trilhos.” (MINUTO 6:06 https://www.youtube.com/watch?v=7FX8aqD49_4&list=PLG_9ZtxDLyRN40ESzKqQerwCO6QCkk0n7&index=8&t=718s)

Cassandra respondeu prontamente perguntando “onde você está? Volta para casa?”

E veio uma nova mensagem de Taylor que dizia que ela estava bem, só precisava de um tempo pensar na mudança e o processo era muito estressante, precisava de alguns para si mesmo e que não estava nada de errado. (MINUTO 6:25 https://www.youtube.com/watch?v=7FX8aqD49_4&list=PLG_9ZtxDLyRN40ESzKqQerwCO6QCkk0n7&index=8&t=718s)

Cassandra estranhou e muito aquela troca de mensagens, não pelo que foi dito e sim pela forma como foi dito, pois não parecia o modo que Taylor se comunicava com ela.

Ela conversou com alguns parentes de Taylor e ninguém sabia de seu paradeiro, todos eram categóricos em afirmar que essa não era uma atitude normal para Taylor, pois ela era bem apegada a todos e nunca “desapareceria” simplesmente para ter um tempo para si, sem conversar com aquelas pessoas mais próximas.

Com o passar dos dias, Cassandra estava extremamente preocupada e apresentou uma denúncia de desaparecimento.

A polícia, inicialmente, não quis dar muita atenção para Cassandra, pois conheciam Taylor, e sabiam que ela era adulta e poderia muito tempo ter decidido ir embora daquela cidade, mas, mesmo assim, até por ela ser ex-colega, provavelmente, decidiram iniciar uma investigação.

E não demorou para que os policiais percebessem que sim, tinha algo errado com aquele desaparecimento.

Começaram com o básico das investigações atualmente, ou seja, GPS do telefone celular!

E ficaram extremamente desconfiados da ex-colega Ashley depois de verificarem suas mensagens de texto e de sua localização.

Chamaram a mulher para um interrogatório e ela disse aos policiais que ela estava no leste de Milton, no entanto, a localização do telefone mostrava que ela não estava nem perto de lá.

Sinal de alerta ligado!

Os policiais se aprofundaram e também descobriram que Ashley estava descontando cheques falsos.

Ashely trabalhou com a polícia, o marido era policial, ela logo entendeu que estava em apuros e parou de cooperar com as autoridades.

E tentou colocar as autoridades em outra direção, ela queria fazer com que os policiais focassem em Jeff Wright, o ex-marido de Taylor, com quem havia aquela disputa judicial. (Minuto 2:59 https://www.youtube.com/watch?v=k1mGe6WEzvM)

Claro que, desde o início da investigação, Jeff era o principal suspeito por tudo o que já contei aqui.

JEFF WRIGHT

O suspeito

Jeff Wright foi do exército, trabalhava e ainda trabalha no Departamento de Defesa dos Estados Unidos e, por razões óbvias, as informações sobre ele são escassas.

Mas se sabe que, como eu falei há pouco, foi nele em quem os detetives inicialmente concentraram suas investigações, devido ao fato de que eles estarem no meio de uma controversa batalha pela custódia de seu filho no momento do desaparecimento.

De acordo com relatos de Cassandra, quando Taylor não retornou para casa, ela falou com Jeff, que afirmou que seu filho também estava tentando entrar em contato com a mãe, mas sem qualquer resposta também.

O que ficou estranho para Jeff, segundo as autoridades, é que ele avisou para Cassandra que Taylor poderia ficar irritada e chateada com ela por envolver as autoridades em seus negócios.

(tom de comentário)Claro que para as autoridades foi estranho, mas para nós que estamos acompanhando o passo a passo do caso, a gente entende que Jeff estava agindo sem má-fé em não querer envolver a polícia naquele instante, já que ele sabia que ela tinha aprontado com aquele saque substancial e ilegal na conta conjunta deles!

E, também com o passar do tempo, nada mais apontava para qualquer irregularidade por parte de Jeff, especialmente, porque seu álibi de estar fora da cidade quando sua ex desapareceu foi confirmado.

Ele admitiu que, embora morasse na Carolina do Norte na época do desaparecimento, ainda estava indo frequentemente ao tribunal na Flórida para lutar pela custódia do filho, entre outras coisas.

E Jeff também demonstrou se preocupar com o bem-estar de Taylor, pois, assim que percebeu que ela havia realmente desaparecido, ele procurou os amigos dela na esperança de obter algumas respostas sobre o paradeiro da ex.

E, durante as investigações, foi descoberto que os 34.000 dólares, que Taylor havia retirado da conta conjunta, foram depositados no banco em nome de sua grande e melhor amiga Ashley.

Em 9 de outubro de 2017, as autoridades obtiveram um mandado de busca para uma fazenda e em duas horas descobriram o corpo de Taylor Wright.

Ela foi encontrada com um tiro na cabeça e enrolada em uma rede.

Naquela mesma noite Ashley foi presa e acusado de homicídio premeditado em primeiro grau.

Tudo indicava que a culpada era Ashley, mas será que só ela estava envolvida?

As autoridades precisavam desatar este nó.

O principal suspeito para cúmplice de Ashley era o marido, claro, e ele foi chamado para ser interrogado por seus colegas, já que Zach McArthur também era policial e também tinha trabalhado em vários casos com Taylor.

Zach informou que não tinha visto Taylor naquele dia e ele teve tudo confirmado, pois os dados de localização de seu celular não coincidiram em nenhum momento com o da vítima. (minuto 11:20 https://www.youtube.com/watch?v=7FX8aqD49_4&list=PLG_9ZtxDLyRN40ESzKqQerwCO6QCkk0n7&index=8&t=718)

AS INVESTIGAÇÕES OFICIAIS

Cavando a própria cova

Os investigadores conseguiram estabelecer que a última vez que Taylor foi vista foi em 8 de setembro.

Naquele dia, ela passou grande parte do tempo com sua amiga Ashley, que também era ex-técnica do Gabinete do Xerife do Condado de Escambia.

Em interrogatório, Ashley disse aos investigadores que, em determinado momento do dia, elas pararam na casa dela em Pensacola, e ela entrou, porém, quando ela voltou, viu que Taylor tinha desaparecido.

Estranha essa versão, não?

Embora os investigadores inicialmente tenham relatado que não suspeitavam do envolvimento dela no crime, eles começaram a considerá-la uma pessoa de interesse, assim que descobriram que em 16 de agosto ela havia depositado um cheque administrativo de 34 mil dólares em nome de Taylor em sua própria conta bancária. Claro que isso levantou muitas suspeitas.

Depois eles descobriram que Ashley tinha sacado o dinheiro do banco e colocado em um cofre.

Na realidade, ela já tinha gastado boa parte do dinheiro.

Os investigadores, conforme depoimento de Cassandra, descobriram então que Taylor estava tentando recuperar o dinheiro e essa era a provável motivação do crime.

Quando compararam a assinatura do cheque de 34 mil com a assinatura de outros cheques depositados por Taylor em sua própria conta, elas pareciam ser diferentes.

E Ashley de alguma forma soube que as investigações tinham chegado a essa evidência, da falsificação do cheque, ela alegou que Taylor estava escondendo grandes quantias de dinheiro e tentando recuperar o filho do ex-marido.

Ela alegou que Taylor estava indo de banco em banco para descontar grandes cheques bancários.

Como eu já disse, Ashley sabia como uma investigação funciona e estava fazendo de tudo para desvirtuar essa, passar a atenção dela para os erros da vítima e até mesmo levar as suspeitas para outras pessoas.

Ashley disse aos investigadores que, em 8 de setembro, levou Taylor até uma fazenda de sua família na cidade Milton para andarem a cavalo.

No entanto, os registros do celular a colocaram em Cantonment, que fica uns 40 quilômetros de Milton, em outra propriedade de sua família na Estrada de Britt Road.

Cada vez mais Ashley cavava a cova!

E os investigadores voltaram sua atenção para essa propriedade da família de Ashley em busca de Taylor ou de qualquer evidência que pudesse apontar a direção certa.

Eles chegaram a uma área arborizada localizada atrás de uma propriedade de propriedade da família McArthur em Britt Road.

E foi lá que encontraram o corpo de uma mulher dentro de uma “sepultura clandestina”, uma cova coberta de concreto.

O corpo foi imediatamente identificado como Taylor Wright.

Ela havia levado um tiro na nuca.

O julgamento começou em agosto de 2019.

O JULGAMENTO

mentiras, concreto e terreno

Durante as declarações iniciais, os promotores se concentraram no fato de que Ashley foi a última pessoa a ver Taylor viva e que ela potencialmente tinha motivação para matá-la.

Eles também obtiveram imagens de vigilância de uma loja onde Ashley comprou areia e cimento, que, segundo eles, foram usados para cobrir o túmulo de Taylor.

Os promotores teorizaram que Taylor foi baleada por Ashley depois que ela a confrontou sobre o dinheiro roubado.

A procuradora estadual assistente, Bridgette Jensen, disse ao júri que Taylor precisava desse dinheiro para os processos judiciais e para cobrir os custos de pensão alimentícia, e ela havia enviado inúmeras mensagens de texto para Ashley solicitando acesso aos fundos.

Ela declarou: “Senhoras e senhores, Ashley McArthur tinha um motivo. Ashley McArthur teve a oportunidade. Ashley McArthur assassinou Taylor Wright e depois tentou encobrir isso com mentiras, concreto e terreno.”

De acordo com a equipe de defesa, a promotoria não tinha nenhuma evidência física ou arma do crime que a ligasse ao assassinato de Taylor.

O advogado de defesa Barry Beroset chegou a dizer que não haveria nenhuma evidência física apresentada durante o julgamento para mostrar que Ashley McArthur tivesse algo a ver com a morte de Taylor e também chegou a questionar a estabilidade mental de Taylor no momento do desaparecimento, citando rumores de que Taylor estava usando drogas, a velha tática de colocar a culpa na vítima...

E como a promotoria prosseguia nos argumentos de que o assassinato foi motivado por ganhos financeiros, a defesa contra argumentava que sua cliente não teria matado por dinheiro.

Pois Ashley tinha um histórico de ser financeiramente generosa com os amigos e não precisava desse valor.

Além disso, o advogado Beroset argumentou que o tipo de concreto encontrado cobrindo o corpo de Taylor provavelmente não era o mesmo tipo de concreto que Ashley havia comprado, conforme o que mostravam as câmeras de vigilância do local onde o material foi comprado.

Ele também argumentou que o tipo de bala que matou Taylor não correspondia a nenhuma das armas de fogo apresentadas pela acusação como sendo de Ashley.

Portanto, não havia a arma do crime.

Já em sua alegação final, a promotora apresentou os dados de torres de celular mostrando que, em 9 de setembro, ou seja, um dia após o desaparecimento e provável morte de Taylor, seu celular tocou em uma torre no Alabama.

Adivinhem quem é que estava lá no Alabama?

Ashley, claro, a torre de celular estava localizada perto de um casamento que ela compareceu naquele mesmo dia, indicando que era ela quem estava com o celular de Taylor.

Mais uma contradição para enrolar Ashley em sua rede de metiras, pois ela sempre alegou que, a última vez que tinha visto Taylor, tinha sido no dia 8 de setembro, então não podia nem se defender dizendo que as duas estavam juntas no casamento do dia 9.

Bem, ao final de todas as apresentações de provas e alegações, o júri decidiu e Ashley McArthur foi considerada culpada de homicídio premeditado em primeiro grau.

E condenada à prisão perpétua com um mínimo de 25 anos.

Posteriormente, Ashley apelou de sua condenação.

A defesa argumentou que o júri viu uma fotografia de Ashley apontando uma espingarda, que nada tinha a ver com a investigação e isso induziu o corpo de jurados.

Ela também argumentou que o tribunal errou ao permitir a apresentação de certas evidências, incluindo declarações que ela fez aos investigadores, registros de telefones celulares e mensagens de texto de Taylor, quando ainda não era “investigada” formalmente.

Ela também entrou com uma moção para excluir quaisquer declarações ou mensagens de texto da vítima como boato.

O que aconteceu é que durante o interrogatório de uma de suas testemunhas pela promotoria, uma foto mostrando Ashley na floresta, agachada em equipamento de caça e apontando uma espingarda, foi brevemente e inadvertidamente mostrada ao júri.

E por tudo isso Ashley pediu a anulação do julgamento por preconceito.

O tribunal de primeira instância negou a moção e ela foi considerada culpada das acusações.

Ela recorreu de novo, agora ela argumentava que o tribunal de primeira instância errou ao não declarar a anulação do julgamento por causa da foto.

O VEREDICTO

Final

“Não vemos nenhum abuso de discrição na recusa do tribunal de primeira instância em conceder a anulação do julgamento devido à exibição inadvertida da foto de caça. Uma foto de Ashley agachada com equipamento de caça e apontando uma espingarda, não a arma do crime, apareceu acidentalmente na tela durante o julgamento e ficou diante do júri por um ou dois segundos. Após uma objeção, o tribunal abordou a questão rapidamente, dando uma instrução cautelar solicitada pela defesa”, disseram os juízes de apelação em seu despacho.

“Outro depoimento no julgamento observou que Ashley possuía armas de fogo e havia fotos como evidência dela camuflada segurando ou portando armas de fogo. Tomando todos esses fatores em conjunto, a decisão do tribunal de primeira instância de que a foto não era tão prejudicial a ponto de viciar todo o julgamento não pode ser considerada errônea.”

E com tudo isso, o Tribunal de Apelações concluiu que todas as declarações relacionadas ao caso feitas por Ashley, após a devolução de seu celular, foram feitas após a leitura de seus direitos Miranda.

Aqui uma breve explicação, Advertência de Miranda ou Direitos de Miranda é uma advertência que deve se dar a um imputado que se encontra em custódia da polícia norte-americana, antes de que lhe façam perguntas relativas ao ilícito. A polícia pode requerer informação biográfica como o nome, data de nascimento e o endereço do suspeito. A Quinta e Sexta Emendas da Constituição dos Estados Unidos garantem, respectivamente, ao cidadão detido pela polícia o direito de permanecer em silêncio e de dispor de representação legal para se defender.

Voltando ao caso, o tribunal de apelações também concluiu que todas as mensagens de texto e declarações da vítima não eram boatos.

Em vez disso, o tribunal considerou que eram relevantes para estabelecer um cronograma, motivo e intenção.

E, assim, em abril de 2021, o Primeiro Tribunal Distrital de Apelações da Flórida manteve a condenação por homicídio em primeiro grau e sentença de prisão perpétua de Ashley McArthur.

Atualmente Ashley Britt McArthur está cumprindo pena de prisão perpétua na Instituição Correcional Lowell Anexo em Ocala.

Ela permanecerá lá por várias décadas, a menos que receba liberdade condicional, e nesse caso ela voltará às ruas.

https://www.wkrg.com/true-crime/taylor-wright-private-investigator-murdered-by-close-friend-in-pensacola/

https://www.crimeandinvestigation.co.uk/shows/murder-masterminds/ashley-mcarthur-killed-her-friend-taylor-wright-over-a-stolen-34-000

https://www.distractify.com/p/ashley-mcarthur-now

Nilvio Alexandre Fernandes Braga
Enviado por Nilvio Alexandre Fernandes Braga em 14/04/2024
Código do texto: T8041295
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