Metamorfose - Do Crime ao Heroísmo - Cap. VI

6 Em busca da desaparecida

Maicom partiu imediatamente para primeira pista, uma garçonete de um box no mercado municipal. Ela tinha visto a criança, uma garotinha de três para quatro anos, meio loirinha. Ele, de frente a ela, pediu informações: horário, roupas, calçados e se a criança estava acompanhada. A garçonete falou tudo que sabia, partindo Maicom com as anotações, para a analise em sua casa.

No quarto do filho, visto ser o único local com tecnologia para analise, Maicom ligou o computador e escreveu todas as respostas da garçonete. Pensou consigo “demoraram muito para o rapto, o que estava acontecendo”.

– Querida, venha aqui! - gritou Maicom

Dulci, da sala, ao ouvir, andou apressadamente para o quarto de Fábio.

– O que foi querido ? - Dulci encontrava-se meio ofegante

– Meu primeiro caso, estou analisando as pistas dadas por uma garçonete do mercado municipal. - Maicom demonstrava muito entusiasmo

– Ótimo querido, quanto vai receber pelo caso ? - Dulci disse meio que ironicamente

– Nada querida, quero entregar essa criança de volta a família.

Voltando para as pistas, Maicom marcou os pais da criança nas anotações investigativas. Eram pessoas humildes, não tinham condições para pagar um detetive particular para acompanhar e adicionar no caso. Por isso, Maicom não cogitava cobrar deles. Como tinha terminado o trabalho investigativo do dia, deixaria para o outro dia a sondagem.

O filho de Maicom, Fábio, chegou à noite, de um dia de prestação de serviços como montador e reparador de computador. Maicom o chamou para conversar. Precisava saber se ele os conhecia, já que os pais da criança moravam no mesmo bairro.

Meio que com pouco entusiasmo Fábio disse que os conhecia de vista.

– Você pode me levar a casa deles amanhã ? - Maicom juntava as mãos e fitava Fábio

– Vou pedi o endereço a um amigo e vamos sim. - disse Fábio

– Que bom amanhã eu lhe chamo.

– Tudo bem. Agora vou tomar banho, jantar e dormi. - O cansaço era visto no rosto de Fábio

Terminando o jantar, os três: pai, mãe e filho foram dormi. Não queriam se prolongar, pois o dia começaria tenso. Maicom teria que lidar com a aflição dos pais da criança.

A noite passou e o dia amanheceu. Maicom e família tomaram café, ele chamou então o filho com o endereço, para ir na casa dos pais da criança. Por incrível que pareça ficava próximo a casa deles, há uma duas ruas. Foram, assim, para a casa dos pais da criança.

– É aquela de muro alto. - Fábio apontava com veemência

– Certo filho, que bom que era tão perto de casa.

Eles deram mais algumas passadas, e chegaram até a frente da casa. Maicom começou a bater palma. Torcia para que o casal não tivesse saído.

– Ô de casa! Ô de casa! - assim chamava Maicom pelos moradores

Vendo o portão se mexer, tinham certeza de que se tratava de um dos membros. Quando o portão abriu, tiveram certeza, era o pai da criança desaparecida.

– O que querem ? - perguntou o pai da criança

– Sou o detetive particular, Maicom, quero ajudar a trazer sua filha de volta. - Maicom parecia muito otimista. - este que está ao meu lado é meu filho Fábio

– Muito prazer! Entrem. - Pediu o pai da criança

Os dois passaram pelo portão e foram para a sala da casa onde sentaram.

– Eu me chamo Felipe, minha esposa Neia e nossa filha Bela. - fez a apresentação Felipe

– Lindos nomes. - elogiou Maicom

Ficaram conversando por uma hora. Neia ofereceu suco com biscoitos, coisa rotineira de quando eles recebiam visita. Após a conversa e os biscoitos, Maicom e Fábio se despediram inda para casa, local para analisar as informações.

Já no computador, Maicom tinha colocado todos os dados que pegou com os pais. Ia agora analisar junto com o filho.

– Que interessante, eles conheceram um casal novo, que morou vizinho a eles por um mês. O que acha filho. - Questionava Maicom

– Acho que devemos tentar encontrá-lo perguntando aos donos da casa. - um ar de detetive pairava no rosto de Fábio

– Certo, vamos fazer isso amanhã. Hoje vamos analisar mais pistas. - acalmava a animação, Maicom

Depois de analisadas as pistas. A família de Maicom almoçou e foi assistir televisão na sala. Onde se passava o jornal.

A tarde seria tranquila, se não fosse um telefonema do advogado José com noticias bombásticas para a liberdade de Maicom.

– Sua sentença está para sair, pode ser que pegue uma pena de seis anos. - alertava meio nervoso o advogado.

– Então não vai ter jeito, vou mesmo preso. - entristecido dizia Maicom

– Isso mesmo.

Maicom levantou-se do sofá e foi para quarto meditar. Estava tudo tão bem, mas esta notícia ponha tudo por terra. Pensou em como ficaria o caso da criança desaparecida. Não tinha jeito, teria que ficar parado e como queria o bem da criança teria de torcer para que a polícia a encontrasse.

De tão nervoso nem perguntou quando sairia a sentença. Mas isto não era problema, ligaria mais tarde para saber.

Meditando de olhos abertos, com o passar dos minutos, eles foram se fechando. E Maicom adormeceu sonhando com sua prisão, sonhava que encontrava Gato e Galego no presídio e que os três ficavam na mesma cela. No fim linear do sonho, acordou pensado em por que nunca tinha ligado para os dois colegas de cela. Precisava fazer isto, mas não dava, já que a tensão não permitia. A saída era o sonho ser uma premonição.

Pensava também que ficaria tudo no ponto de encontrar os vizinhos dos pais da criança. Que começavam a apontar como principais suspeitos do rapto.

Já eram quatro da tarde. Maicom pegou vinte reais dentro da gaveta, colocou na carteira e foi para um bar. Neste bar bebeu os vinte reais em uma mesa, dessas com o conjunto mesa e cadeiras de plástico. Tomou uma cerveja litrão e doses de conhaque.

De noite predominante, Maicom ia meio tonto para casa, com o álcool parecia que todos os problemas havia sumido, no entanto, não era real, quando passasse o efeito do álcool os problemas estariam ali, presentes para que encontrasse uma solução.

Vitor passou por ele de carro e ofereceu uma carona.

– Entre aqui meu cunhado. Me diga, o que acontece ?

– Minha sentença está para sair. - confessou Maicom

– Por isso que está assim. Entendo. Vamos logo para sua casa.

Com Maicom dentro do carro Vitor foi entregá-lo em casa. Chegado buzinou e o deixou. Maicom cumprimentou a esposa e o filho, tomou banho e foi dormi.

José Nilton R da S Palma
Enviado por José Nilton R da S Palma em 08/06/2021
Código do texto: T7274220
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