CASO POLICIAL: “TIRO AMIGO.”

CORRUPÇÃO: Eis uma palavra que está onde estiver um ser humano! Contudo, conforme mídia tem noticiado, na Polícia há ações que não deixam a população satisfeita. Será um problema deles ou da sociedade? Vejamos?

Certo dia alguém disse que havia dois policiais amigos de juventude. Um sempre ajudava ao outro nos momentos difíceis. Ambos faziam parte de um seleto grupo de operações especiais, recém criado, para combater o crime organizado na cidade.

A amizade que cultivavam há anos, fez com que, quando cada um casou a seu tempo, convidasse o outro para ser padrinho e embora suas mulheres não fossem tão unidos, eles se mantinham firme na relação inclusive na manutenção daquilo que apenas um deles se dedicou: Ao roubo de armas apreendidas com criminosos.

Não do contraventor, o negócio era rentável e entre pistolas automáticas até metralhadoras portáteis, o negócio movimentava e lhe rendia algum dinheiro que lhe dava segurança nos momentos de aperto.

O outro, mais contido em suas tendências á corrupção, embora sendo um policial agia mediado por um sentimento reparador por temer ser descoberto e ter sua carreira encerrada.

Um dia, a unidade policial na qual serviam, recebeu do serviço reservado um boletim interno sobre uma operação de tráfico de armas que ocorreria num morro próximo ao Centro de cidade e ambos foram destacados para compor o corpo de operações repressoras.

No dia da ação o polícia corrupto, que agia com outro grupo interno e com “braços” externos a corporação, viu que se deflagrassem um ataque certeiro, seu negócio poderia ser descoberto e ele exposto. Assim como não comentava detalhes sobre como agia, permaneceu em silêncio e no dia da operação, orou junto com o amigo, rogando á todos proteção.

Ao chegarem ao local, foram recebidos a tiros e por um deles ter atingido o vidro da viatura, desceram e resolveram subir em caminhada progressiva por entre becos locais e assim fizeram até chegar em local coberto onde se sentindo abrigado, podiam observar e atirar com menos possibilidade de erros.

Juntos, o policial corrupto, foi avisado pelo amigo que dali dava para ver as armas e o chamou. Este ao ver, imediatamente, reconhecendo ser mais uma oportunidade de ganhar dinheiro deu á entender ao outro que deveriam descer e buscar ajudar, mas que ele poderia ficar ali mesmo esperando.

O outro, disse que não desceria só e neste momento com quase foram alvejados, decidiram corajosamente avançar atirando em resposta e assim chegaram ao local onde a pistolas automáticas estavam guardadas e perto delas havia um revolver com cabo envolto em fita gomada para não deixar digitais, e sem pestanejar, o policial corrupto atirou no pescoço do amigo dando um “tiro amigo.”

Vendo que o amigo menos corrupto esta morto, recolheu algumas armas e munições e pediu ajuda pelo rádio, informando que o amigo está ferido e se desfez do revolver.

Pouco tempo depois e debaixo de forte confronto, o policial corrupto recebeu ajuda e desceu com apoio de muitos outros policiais com o corpo do amigo.

Ao chegar a unidade de operações especiais, o policial corrupto, ao descer da viatura chorando pela morte do amigo recebeu voz de prisão e o pedido para que entregasse sua arma.

Tentando dissimular estranheza sobre tudo o que estava lhe ocorrendo, ao chegar na sala do seu superior hierárquico, ainda de pé ouvir uma gravação que dizia:

“Daqui, com meu fuzil com luneta, vi, depois de atirar para o alto conforme orientação daquele dia, meu companheiro de serviço ser alvejado por um tiro disparado por nosso homem corrupto que vem sendo acompanhado sob o código HPCTA – 49D ( Homem Policial Corrupto por Tráfico de Armas, de número 49 no dossiê ). Ele se desfez do revolver com o cabo envolto em fita gomada para não deixar impressões digitais e levando consigo algumas armas e munições por baixo do colete, comunicou pelo rádio pedindo ajuda, mas, meu amigo, parecia não ter resistindo ao ferimento”.

Diante desta narrativa, solicitaram ao policial corrupto para retirar seu colete ali e qual não foi a surpresa de muitos amigos, haviam 02 ( duas ) pistolas automáticas e algumas munições e no mesmo instante, uma policial entregou ao superior da corporação, um envelope jogado do lado de fora, no telhado do rancho e quando aberto ali , revelou um resolver com cabo envolto em fita gomada, com um tiro disparado. CRIME DUPLAMENTE QUALIFICADO.

Bem,..com mais este escrito, que classifico como um CONTO POLICIAL, encerro mais um caso imaginado por aplicação da criatividade literária, nesta manhã de sábado, para compor, apenas, mais um texto, quiçá para futuro livro, para buscar me realizar como escritor amador. Será que venderia?

Sandive Santana / RJ.

Sandive Santana
Enviado por Sandive Santana em 28/01/2017
Código do texto: T5895368
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