Uma Coroa de Madeira Nobre

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Maria da Terra

 

No reino místico do Cio da Terra, havia uma lenda sobre uma coroa perdida, que era diferente das coroas de outros reinos. Não era feita de ouro ou pedras preciosas, mas de madeira pura. A Coroa Encantada, como era conhecida, foi transmitida através de gerações de escritores, cada um exercendo seu papel de escriba, enfrentando as novas versões de fariseus e saduceus com sabedoria.

 

O escritor Marcos Barbosa, partidário dos ESSÊNIOS, era o atual portador da coroa. Seu tempo de criação literária foi marcado pela prosperidade, paz e uma profunda conexão com a terra. Os livros mágicos, impressos em papéis impermeáveis, ficavam espalhados por toda parte,,, até debaixo das árvores, em cima de pedras esculpidas em forma de mesas e estantes.

 

Numa noite de tempestade, enquanto Marcos estava sentado em seu quarto, debruçado sobre livros amarelados pelo tempo e pergaminhos antigos, uma figura misteriosa apareceu diante dele. O estranho estava envolto em sombras verdes, que parecia carregar a floresta em sua aura refrescante. Seus olhos brilhavam com uma luz divina, numa mesclagem de azul e dourado. Ele falou com uma voz que parecia ecoar de reinos distantes.

 

“ Marcos”, disse o estranho, “a Coroa Encantada guarda segredos além da sua imaginação. Pode abrir portas escondidas, revelar verdades esquecidas e até mesmo alterar o próprio destino.”

 

Intrigado, Marcos inclinou-se para frente. "O que você procura?" - Perguntou o escritor.

 

Os lábios do estranho se curvaram num sorriso enigmático. “Um enigma”, ele respondeu,,, e incitou - “Responda e o verdadeiro poder da coroa será seu.”

Marcos assentiu, pronto para o desafio.

“Ouça bem”, começou o estranho. “No coração do Cio da Terra existe um jardim esquecido. Suas rosas florescem apenas uma vez a cada século e suas pétalas são a chave. Encontre a rosa branca – aquela beijada pelo luar – e colha-a ao amanhecer. Então, e só então, a Coroa Encantada revelará seu segredo final.”

O escritor iniciou sua busca, guiado pelas palavras do estranho. Durante dias, ele vagou por florestas antigas, escalou picos traiçoeiros e descendo à realidade menos distópica pulou o “corguim” que passa por Águas Lindas de Goiás,cheio de pequenas cachoeiras menos caudalosas que as anteriores. Finalmente, ele chegou ao jardim escondido, depois do Rio Descoberto, no território de Brasília, Capital do Brasil.

E ali, entre pétalas beijadas pelo orvalho, ele encontrou a rosa branca. Sua fragrância era inebriante e, quando os primeiros raios da madrugada tocaram suas delicadas pétalas, o escritor Marcos Barbosa a arrancou.

A Coroa de Madeira Encantada mostrou seu polimento, de madeira nobre, mais forte do que nunca,,, até parecia um brilho metálico. Sua magia surgiu através do brilho mágico da madeira polida, revelando visões de reinos esquecidos, amores perdidos e os fios do destino que ligavam todas as coisas vivas. Marcos compreendeu o verdadeiro propósito de suas inspirações,,, – proteger não apenas o seu povo, mas a própria estrutura da existência da natureza, com seus livros.

Daquele dia em diante, Marcos Barbosa escreveu com inspiração renovada. Suas crônicas agora falam de coragem, sacrifício e da eterna dança entre a magia e a realidade. E a Coroa Encantada permaneceu como um símbolo de esperança, lembrando a todos que mesmo nos tempos mais sombrios, um único momento de inspiração, com um pequeno texto pode-se mudar o curso do destino de um leitor.

E então, caro leitor, lembre-se desta história enquanto contempla as estrelas. Pois em algum lugar lá fora, a Coroa Encantada aguarda, pronta para revelar seus segredos a quem os procura.

 

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Maria da Terra
Enviado por Marcus Aurelius em 21/04/2024
Reeditado em 29/04/2024
Código do texto: T8046535
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