A AJUDA DO ALÉM.

O delegado Alfred chegou ao local do atentado. -"Meu Deus, o que houve aqui?!" A tenente McDonald tirou o boné e custou a crer no que ouvia. -"Delegado? Sempre disse ser ateu convicto. Olha só, nessas horas nos perguntamos, onde está Deus!" O delegado sorriu. Se o próprio delegado durão perguntava por Deus, é porquê a situação era muito grave. Havia dezenas de corpos na estação ferroviária de Los Angeles. -"Uma bomba explodiu na gare. Afastem os curiosos." Pedia um dos bombeiros. As equipes de tevê chegaram antes das equipes de socorro. Viaturas e ambulâncias, os paramédicos trabalhando. Alguns bombeiros tentando acalmar a população. A barreira. Uma fumaça densa saía da estação. -"Há risco de explosão. Chamem o esquadrão anti bombas." Pediu o delegado pelo rádio da viatura. -"Tem um homem bomba no terceiro piso. Alerta." Gritou um policial. As equipes da SWAT chegaram ao local. Agentes do FBI tomaram conta da situação. -"O presidente recebeu a ligação de um grupo guerrilheiro extremista. Querem a saída dos soldados americanos do Afeganistão." O delegado Alfred olhou para o agente do FBI. -"Sério isso?! Quem pensam que são pra exigir, mandar no presidente?!!" O capitão da SWAT veio até eles. -"Os atiradores estão nos altos dos prédios, prontos para agirem. Temos doze atiradores de elite." Alfred pegou o agente da SWAT pelo braço. -"Cuidado! Há civis lá dentro." O delegado foi ignorado. -"Cuide das ruas, policial. Deixe o resto conosco." A tenente MacDonald o tirou dali. -"Venha, delegado. Vamos limpar a área. Temos trinta policiais para liderar." Alfred se afastou, contrariado. -"Esses pulhas não entendem nada, não sabem com quem estão lidando." As sirenes. O caos. -"Avisem os trens para pararem, não venham até Los Angeles." Ordenou o agente do FBI. Os tiros. -"Há um maluco atirando de dentro da estação." Alfred viu uma multidão saindo, desesperada. -"Ele vai matar todo mundo. É do FAGA." Gritou um guarda da estação ferroviária. -"MacDonald, recuar. Recuar, pessoal. Nossa missão é limpar a rua." Alfred estava tenso. -"Que foi, delegado?! Estava, a pouco tempo, querendo entrar e pegar o homem! Agora quer recuar." A tenente estava confusa. -"São homens da FAGA, a Força Armada Guerrilha Alfa." MacDonald gelou. Ela sabia que Alfred era primo do líder da FAGA. Thomas e Alfred fizeram parte da FAGA, em 1967. Eram estudantes protestando contra a guerra do Vietnã apenas. Não eram guerrilheiros, muito menos armados. Eram vinte estudantes. Eram outros tempos. Thomas foi baleado por um policial, numa manifestação pacífica. O fato abalou Thomas, que armou o grupo. Descontente, Alfred saiu e virou policial. Thomas e a FAGA seguiram clandestinamente, mudando de cidade em cidade. A FAGA passou a reunir alguns extremistas e oponentes ao governo americano. Thomas foi preso algumas vezes mas poderosos apoiadores e financiadores sempre o livravam. Thomas arquitetava atentados, sequestros de aviões mas seus planos eram descobertos e frustrados. A explosão na estação de Los Angeles era uma clara evidência que Thomas não estava para brincadeira. -"Está preso, delegado." Os policiais sacaram as armas para o agente do FBI. -"Seu delegado está preso. Ele é primo de Thomas, o terrível. Líder da FAGA." Alfred gritou. -"Sou primo do Shaquille ONeil mas não jogo como ele. Isso é um absurdo." Alfred era colocado na viatura do FBI quando a explosão se deu. -"O cara detonou a bomba no seu corpo. Vamos entrar." A estação foi tomada por centenas de agentes federais. Os peritos rastreando tudo, cada canto. Os policiais com cães farejadores. Os bombeiros entraram. Duas horas depois. -"Felizmente não há mais vítimas. Acabou o pesadelo." Disse o chefe dos bombeiros, exausto. Ouvido pelo FBI, Alfred foi liberado. Não sabia do paradeiro de Thomas. Conversas telefônicas e rastreio de seu carro comprovaram que o delegado não mentia. A foto de Thomas está nas capas dos principais jornais do mundo. Três meses depois, uma explosão causa alvoroço no metrô de Madrid. Um suspeito é morto pela polícia . Num dos bolsos, um bilhete da FAGA. - "Próximo alvo, Londres. Thomas." As autoridades inglesas em alerta. Vigilância ostensiva nos aeroportos. Procuravam Thomas mas ele tinha outros companheiros. -"Thomas não vai parar." Disse Alfred, na sede do FBI. -"Já dei as fotos dele, já disse tudo sobre ele, agente Stanley. Thomas quer a guerra, quer plantar o caos." A tenente MacDonald entrou no carro, no estacionamento da delegacia. -"Adeus, rapazes. Vou ao jogo dos Lakers, finalmente. Bom descanso." Os três policiais riram. Ela acionou a chave e o carro explodiu. O batalhão correu com extintores mas era tarde demais. Alfred ficou triste. -"Isso foi um recado. Thomas está sabendo de tudo, ele tem olhos em todos os cantos." No dia seguinte do funeral da tenente, Alfred ligou ao FBI. -"Agente Stanley?! Thomas tem uma companheira, Alicia Faraday. Ela mora com em Abillene, uma cidadezinha rural no Texas. Rua Monet, casa 75." Alfred tremeu ao dar aquela informação mas o fez por MacDonald. Não demorou e os helicópteros chegaram a Abillene. Com nome e documentos falsos, Alicia vivia alí tranquilamente. Thomas a visitava toda semana e era um rapaz acima de qualquer suspeita. Alicia dizia para os moradores que Thomas era seu irmão, um repórter de Nova York. -"Vamos explodir Londres, Thomas." Alicia colocou os passaportes na mala. Thomas e sete guerrilheiros se aproximavam da cidade. Alicia ouviu os helicópteros. Quatro carros pretos passaram por Thomas, escondido entre árvores. -"Os pássaros pousaram no quintal. Vão comer as espigas!" Thomas olhou a mensagem no celular e chorou. Era o código que usavam quando a situação estava crítica. Ele tinha ouvido os helicópteros, a trinta quilômetros da cidadezinha mas não deu crédito. Não sabia que tinham descoberto seu esconderijo. -"Queime o paiol. Prenda os pássaros." Escreveu no celular, com as mãos trêmulas. -"Vamos voar pra cidade maçã." Ordenou aos seus comandados. Alicia tinha sido fuzileira. Expulsa por desobediência, juntou-se a Thomas, que conhecerá na universidade de Yale. Ela jogou os passaportes na lareira, queimando-os. Os helicópteros pousaram a duzentos metros da propriedade parecida com uma chácara. Alicia posicionou a caminhonete na frente da casa. Vestiu o colete com as bombas e o detonador. Pela janela, viu os agentes se aproximando, cautelosos. Ele quebrou a vidraça com o cabo do rifle. Oito agentes, contou. Viu quando três deram a volta. -"Virão por todos os lados, imbecis." Ela carregou a arma. -"Alicia?! Entregue-se, mulher. Está presa." Ela não deu ouvidos e atirou, quase acertando o agente. -"Uau. Ela sabe atirar." Nem bem falou e o agente viu o colega tombar. -"Que filha da p...ela está fazendo estrago. Levanta, Greg." Abaixando, o agente notou o buraco na testa de Greg, agora defunto. Os carros do FBI chegaram, pra espanto dos pacatos cidadãos de Abillene. -"Alicia é ex fuzileira, cuidado." Ordenou o agente Stanley, pelo rádio, ao chefe da operação. Alicia foi para os fundos da casa e da janela da cozinha acertou dois agentes. -"É o Louis. A mulher me atingiu no braço. Bruce está morto." Os agentes ficaram a distância. Um espaço de tempo perturbador se fez. Os agentes recuaram. -"Que miserável. Ela está disposta a tudo." Seis agentes foram socorrer Louis, entre as árvores do quintal. -"Cuidado, Gunz." A tarde chegou. -"Temos que entrar e pegá-la antes de anoitecer. Vamos." Os agentes encheram a casa de balas. Alicia se jogou no chão da sala. Os estilhaços. Janelas, quadros, móveis destroçados. Dois agentes se armaram com lança chamas e foram para o quintal. O telhado começou a queimar. Os agentes se protegeram e deram outra chuva de tiros na casa. As bombas de gás lacrimogêneo. A casa toda tomada pela fumaça. -"Alicia, ainda está aí? Saia, filha. Será bem tratada." Ela foi até a janela e deu tiros a esmo, descarregando a arma. -"Estou aqui, idiota." Alicia apertou o detonador, levando a casa pelos ares. A explosão foi tremenda. O agente Stanley colocou Alfred a par de tudo. Uma semana depois, um barco clandestino levava alguns homens da FAGA, disfarçados de marinheiros, saiu de Nova York em direção a Londres. Alfred estava saindo de uma farmácia quando um rapaz o parou. Era noite de halloween. -"Gostosuras ou travessuras, senhor?!" Alfred riu ao ver o rapaz com uma máscara de abóbora. -"Nem gostosuras nem travessuras, rapaz. Posso te dar dez dólares pra comprar o que quiser." Ele estendeu o dinheiro. Alfred viu o revólver apontado pra ele. -"Olá, primo Alfred. O policial mais condecorado dos Estados Unidos. O baluarte, o exemplo, o faz tudo." O rapaz tirou a máscara. -"Quanto tempo, Alfred. Esse é por Alicia." Alfred levou um tiro no peito. -"Thomas. Pare com essas loucuras, matando inocentes. A FAGA não era assim." Thomas colocou a máscara. Alfred levou dois tiros nas pernas. -"Viu como estou diferente?! Plásticas e harmonização, cabelo lisinho e muita musculação. Você deveria fazer também, primo. Você tá um caco, balofo policial comedor de donuts, eca. A MacDonald amava donuts açucarados. Bum, ela explodiu. Meus homens já estão a caminho de Londres, no Star Pirates. Londres, bum. Paris, bum." Thomas deu vários chutes em Alfred, ferindo -o gravemente. Alfred se arrastava, pedindo misericórdia. Thomas deu tiros nos braços de Alfred. -"Acabaram as balas, primo. Que pena. Vou deixar sua carcaça fedorenta onde vão demorar pra o acharem. Adeus, vou explodir Londres e Paris." Thomas arrastou o delegado até um bueiro. Alfred foi jogado no esgoto da cidade. Thomas tampou o bueiro e saiu caminhando tranquilo. Alfred não ligou para o cheiro do esgoto, visto que seu nariz exalava sangue. Um olho fechado, inchado. A boca rasgada pelos chutes da bota de Thomas. A respiração ofegante. As pernas queimando pelos tiros. Ele lembrou do revólver mas Thomas não deu-lhe chances de reação. O celular no bolso da calça. Reunindo forças, apertou um número. Logo as ratazanas estariam ali e o devorariam. Sabia os horários que os esgotos eram abertos e seu fim de aproximava pois seu cadáver seria levado até o rio, a dez quilômetros dali. -"Alfred?! Há quanto tempo! O que deseja?!" Alfred tentou sorrir, ainda que sentisse dor pra isso. -"Bueiro, farmácia ALL Day da 34. Rápido, Ben." Uma ratazana do tamanho de um gato pulou sobre ele mas foi recebida com um tiro certeiro. Tinham outras vindo e ele ouviu seus passos no encanamento do esgoto. Um minuto se passou, o que para Alfred era uma eternidade. -"Guarda o trabuco, velhinho. Puxa, judiaram mesmo de você, Alfred." O homem alto e forte a frente dele balançou o celular e acendeu a lanterna do aparelho. -"Fora daqui, amigas. Se comerem esse velho, vocês morrerão. Essa carne não presta." Alfred riu. -"Ben." -"Cara. Você me chama depois de meses. Deixo uma festa da hora, no Champs Eliane, aquele bar novo e irado pra vir lhe socorrer. Mal agradecido." Ben tomou o delegado nos braços. -"Ui. Está fedendo, delegado. Vamos pra casa." Alfred desmaiou. Em segundos, Alfred estava num bunker, metros abaixo do metrô. Logo, o local estava com dezenas de pessoas. -"Enlouqueceu, Ben? Trazer o delegado aqui?" Ben olhou para a mulher com olhos azuis. -"Ele nos protegeu todos esses anos, Safira. Esse é nosso benfeitor, sobre o qual já contei muitas histórias. Está morrendo." Os outros se aproximaram. -"Sempre nos ajudou. Ele nos deu esse esconderijo em troca de não perturbarmos os humanos. Alfred salvou minha vida várias vezes e lhe serei grato pra sempre." Todos se calaram. -"Agora ele achou um inimigo forte, que o conhece bem, pelo jeito. Já pegamos vários bandidos e gangues para Alfred e vamos pegar esse também." Todos concordaram com Ben. Natasha colocou a mão sobre o peito do policial. -"Ele está indo embora para o outro mundo. Eu sinto." Ben fez um sinal para Walquíria. -"Ele nunca quis isso mas é a hora." Walquíria jogou os cabelos verdes para trás e mordeu o pescoço de Alfred. Ela sorriu, satisfeita. -"Pronto, agora ele é um dos nossos. Bem vindo, vampiro Alfred." Ben sorriu. -"Cuidem das feridas dele enquanto eu e Oliver vamos pesquisar na rede. Algo me diz que tem a ver com aquela explosão no metrô." Era de manhã quando Ben e Oliver terminaram a pesquisa. Alfred, algemado a maca, dormia profundamente. -"Thomas, da FAGA, uma organização clandestina. Parente de Alfred e líder da facção, teve a companheira Alicia morta recentemente. Alfred a dedurou, certamente. Temos que deter a facção e entregar Thomas a Alfred." Oliver estava decidido a auxiliar Ben. -"Vou acessar o cérebro de Alfred e ver as informações que armazena sobre Thomas." Oliver mentalizou e o corpo de Alfred se contorceu. -"Está fraco ainda. Pergunte sobre Thomas apenas." Pediu Walquíria. -"O Star Pirates partiu de Nova York . Londres, bum. Paris, bum." Ben fitou Oliver. -"Vampiros de Los Angeles, não vamos deixar esses malucos explodirem a Europa, de onde nossos antepassados vieram." Walquíria e Natasha se abraçaram. -"Vamos viajar, finalmente. " Vibrou Natasha, uma talentosa cantora de musicais. -"Dois ficarão aqui, cuidando de Alfred. Dois, Victor e Alexandra, vão procurar Thomas e vigiar nosso alvo. Ele deve estar perto. O resto vai pra Londres, em vôos diferentes." Ordenou Ben. Dois dias depois, Ben e seus amigos encontraram o navio Star Pirates. -"Está vazio. Certamente, pagaram a tripulação pra trazê-los apenas. Foram pra Londres, certamente." Oliver e seus amigos , em circulo e de mãos dadas, voltaram no tempo, concentrados, aspirando a energia do navio. Silêncio absoluto. As conversas começaram a pipocar na mente de alguns deles. Oliver e Walquíria eram os mais dotados de poderes sobrenaturais. -"Coswell e Lince, setor 5, gare 3. Detonação 1. Trevor e Ana, setor 4, mochila de bombas e pregos. Detonação 2. Jorge e Hernandes, entrada sul, detonação 3." Oliver foi o último a sair do transe. -"Jaquetas verdes, gorros. Mochilas amarelas. Será fácil encontrar." Ben estava decidido a vingar Alfred. -"Vamos pela floresta, acima das árvores." Em instantes, estavam no parque próximo a capital inglesa. -"Esse viagem me deu fome. O que será que vampiros ingleses comem?" Perguntou Olav, um jovem vampiro na altura de seus duzentos anos." Ben e seus amigos chegaram a estação do metrô londrino. Com suas visões aguçadas, procuraram entre a multidão. -"Cuidado. Temos seis malucos que podem detonar e se explodir a qualquer ameaça ou movimento brusco." Pediu Ben. -"A polícia chegou. A cavalaria está aqui." Apontou Oliver para os policiais. -"Saiam da estação. Saiam, rápido." Walquíria e Natasha retornaram. -"Não achamos ninguém. Não estão aqui." Oliver percebeu um cartaz numa coluna. -" A maratona de Londres!" Ben se preocupou. -"Já deram a largada." Eles saíram e foram até o parlamento. -"São seis malucos. Vão se explodir nos principais pontos turísticos da cidade." Supôs Natasha. -"Que maluco corre de blusa com capuz e bombas no corpo?!" Perguntou Olav. Ben e seus amigos se misturaram aos corredores. -"Já passei pelo pelotão principal e nada deles ." Olav se concentrou na multidão de expectadores. -"Temos que pegar esses malucos, Ben. Gente igual a essa tirou a medalha de ouro do corredor brasileiro na olimpíada de Atenas." Olav pegou o braço de Ben. -"Alí. O rapaz gordinho. Está fofucho com a blusa sobre os explosivos." Ben se jogou sobre o rapaz, veloz. Um mata leão e o rapaz caiu, desmaiado. As pessoas em volta nada perceberam, tamanha a velocidade do vampiro. Ben tirou o casaco do rapaz. As bombas a mostra. -"Police, please." Os policiais cercaram o rapaz. Ben sumiu por encanto. Walquíria encontrou outro terrorista, a cem metros dali. Igual a Ben, ela o dominou facilmente. Estava com explosivos. Natasha e Olav fizeram o mesmo. Todos os homens bombas foram presos. A polícia inglesa disse que desmaiaram devido ao forte calor e dou sorte não detonarem os explosivos. Assistindo a maratona pela tevê, Thomas não entendia como seis homens tinham falhado. -"Não é possível. Não podem ir a Paris assim. Terroristas presos e a polícia inglesa sendo elogiada!? O que houve?!" Thomas ligou para Sandra. -"Voltem para o barco. Deixem a pescaria." Sandra e quatro amigos da FAGA retornaram ao navio, com os dez homens da tripulação. -"Cara. Onde vocês estavam?! Não podemos comer alimentos enlatados. Quem é o cozinheiro do navio?" Perguntou Olav, após o último deles subir ao navio. Sandra sacou uma metralhadora. A tripulação sorriu. Sandra disparou mas Olav sumiu. Ele reapareceu no alto do mastro. -"Não pode matar quem já morreu, Sandra. O capitão Nuremberg sabe que você tem ordens de Thomas e da FAGA pra matar a tripulação toda, assim que estiverem de volta a Nova York?!" A moça ficou pálida. Irada, ela atirou mas Olav criou um escudo de energia que desviou as balas. Ben e os outros apareceram no convés. -"Oba. Chegou nossa comida." Os vampiros avançaram sobre os homens de Thomas, matando -os facilmente. A tripulação foi amarrada e presa nos porões do navio. Oliver tomou a mente do capitão e o fez conduzir o navio para a América. Natasha e Walquíria queriam comer a tripulação mas Ben não permitiu. -"São inocentes. Alfred não faria isso. Terão suas mentes apagadas assim que chegarmos em casa. Thomas não vai entrar em contato com Sandra, com medo de ser rastreado. Ele deverá estar no cais de Nova York, bravo igual um Pitbull." Oliver e Natasha reviveram a cena do filme Titanic, na ponta da proa do navio. -"Meu Leonardo di Capprio." Natasha beijou Oliver. Dias depois, alheio a tudo, Thomas e quatro homens estavam em dois carros pretos. O cais. As gaivotas. O dia nascendo. O Star Pirates atracou. O capitão tinha seguido as normas corretamente. O capitão e Sandra, com Ben e Oliver, desceram do navio num bote. Os demais os seguiram. Thomas saiu do carro. Não sabia que Walquíria tinha tomado a forma de Sandra. -"Que aconteceu, Sandra?! Nenhum fogo de artifício em Londres?!" Thomas beijou a moça, com a metralhadora na mão. -"Capitão?! Cadê a tripulação?! Quem são esses dois?!" Ben e Oliver se apresentaram como parentes do capitão. -"Somos turcos e queremos ficar na América, mister." Disse Oliver. Walquíria saiu da forma de Sandra, assustando Thomas. -"O que...o que é isso?!" Ben o dominou, quase quebrando o braço de Thomas. Com dor e ajoelhado, Oliver tirou as armas do líder da FAGA. Walquíria e Natasha voaram e dominaram os homens de Thomas, devorando -os. -"Essas duas estavam mesmo com fome, heim?!" Oliver se despediu do capitão. -"Até nunca mais, capitão. Não vai lembrar de nada do que aconteceu nos últimos dias." Thomas foi amarrado. Ben e seus amigos entraram nos carros. -"Pelo GPS saberemos de onde vieram. Só retornar, certo senhor Thomas?!" No banco traseiro, entre Walquíria e Natasha, Thomas molhou as calças de tanto terror e medo. Ele suava. -"Springfield?! É a cidade dos Simpsons a base da FAGA?! Quem acreditaria nisso, Thomas?! Nem o FBI nem Alfred." Thomas falou todos os palavrões que conhecia. -"Malditos seres das trevas. Voltem para o inferno. Alfred está morto." Ben virou-se. -"Certamente, está. Alfred morreu. Você o matou, Thomas. Vingou Alicia." Era noite quando chegaram a Springfield. -"Casa linda, Thomas. Olha, tem barco, carro importado." Ben e os amigos levaram Thomas para dentro. -"Nem precisa abrir a porta, Thomas. Olha." Com força descomunal, Ben quebrou o trinco e entrou. Oliver pegou os computadores e anotações. Thomas sorriu. -"Tem um porão? Captei seu pensamento, Thomas. Sim, a chave. Thomas, a chave, garoto." Thomas tentou fechar os olhos mas não conseguiu. Uma força o dominava. Seu pescoço virou sozinho e seus olhos fixaram-se num quadro de Romero Brito. -"A chave está atrás do quadro. Ótimo." Thomas os conduziu até o porão, onde estavam os arquivos da facção. -"Vamos entregar isso ao FBI, Thomas. Tudo isso." Disse Ben, decidido. Eles viajaram até Los Angeles. -"Entra Thomas, a casa é sua. É um bunker, totalmente vedado. É grande o suficiente pra acomodar cem pessoas aqui embaixo. Olha quem está aqui." Algemado e amordaçado, Thomas reconheceu Alfred. -"Olha, Alfred. Thomas, seu primo veio te visitar." Disse Walquíria, sarcástica e mordendo os lábios a fim de morder o convidado. Alfred se virou. Thomas estava admirado. Alfred vivo na sua frente e parecia ter vinte anos. Estava musculoso, sem rugas e cabelos brancos. Estava ereto e não mancava. Os tiros que recebeu?! Não fizeram efeito?!" Alfred se aproximou. -"Primo! Você está um caco, Thomas. Parece assustado!" Alfred riu. Ben chutou os joelhos de Thomas, que caiu. -"Creio que Alfred tem o direito de decidir essa situação." Alfred decidiu entregar Thomas ao FBI. Ben apagou a memória do líder da FAGA. -"Na cabeça dele, ainda vai estar a caminho de Nova York. Vai pirar quando souber que Alfred está vivo!" Alfred cumprimentou Ben. -"Vivo mas nem tanto. Agora sou um de vocês." FIM

marcos dias macedo
Enviado por marcos dias macedo em 28/01/2023
Reeditado em 28/01/2023
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