O MANICÔMIO

Ninguém suportaria a cena,

Milhares tratados como loucos animais,

O sanatório de Barbacena,

E suas sandices para os doentes mentais

Eram todos míseros reféns

Das histórias macabras, os prólogos

Chegavam dentro dos trens

Torturados pelos seus vis psicólogos

A cena do inferno e da agonia

Entre os leitos dos pacientes amarrados

Falecidos devido à hipotermia

Estes cadáveres eram então traficados!

Para as universidades mineiras

Não havia alimentação nestes pratos

Surrados por poucas besteiras,

Comiam suas próprias fezes e ratos

Dormir juntos para reter calor,

Dezenas e sempre estavam amontoados

A cena bizarra do real horror

Alguns padecem certamente sufocados

Era a visão de toda sanidade

Acordos de sobrevivência eram tácitos

E quando viera a mortandade

Alguns mortos dissolvidos em ácidos

Cada pensamento calculista

Tornava o hospício uma grande detenção

Similar a um campo nazista

O extermínio em massa na concentração!

Cada vida valia quase nada

Em uma época sob o regime da ditadura

O manicômio fora entrada

Para que cada um cavasse sua sepultura!

rodrigokurita
Enviado por rodrigokurita em 08/03/2020
Código do texto: T6883315
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