Candy

era uma linda manhã de sol na cidade de colorado. os ventos versavam as árvores, as árvores cantavam ao sol, era aniversário de victoria! ansiosa, saiu correndo acordar sua mãe para lembra-la da linda boneca de olhos castanhos que havia visto:

- mãe, mãe, acorda! rápido!

- (...) que horas são filha, tá cedo..

- hora que o moço sempre sai pra abrir a loja de bonecas, ela já ta aberta!

- hm.. espere só mais um pouco, tive um dia cansado ontem..

- por favooor, por favor, por favor, por favor!

* faz cara de pôneicornio fofinho

- por-fa-vor, a senhora é a melhor mãe do mundo!

- taa, você venceu, não resisto a cara de pôneicornio.

- ebaa!

as pressas, pegou os chinelos da mãe, preparou seu café, aqueceu a água do banho, fez tudo oque a mãe normalmente faria; ela queria aquela boneca mais que tudo. tendo tudo pronto, saíram em direção à loja. cada passo que dava era uma expectativa nova, quanto mais aproximava-se, mais longe podia se ouvir o canto de sua felicidade. parecia que brotavam flores do andar, todos que cruzavam a antemão dos seus olhos sorriam!

chegando na esquina, ela saiu correndo em direção a loja mas.. que estranho, porque o sr. bernardo estava triste coçando a cabeça em frente a loja? preocupada, ela fez a cara de pôneicornio mais fofinha que pode e foi falar com ele:

- bom dia sr. bernardo!

* suas bochechas coradas não escondiam a ansiedade

- ah, bom dia minha filha.. tudo bem?

- siiim! ninguém comprou aquela boneca loira que estava..

- ei, porque todas as bonecas sumiram? cadê ela?

* naquele instante tudo que era sol, parou de cantar

- bem, eu.. cheguei cedo para abrir a loja como de costume, mas quando cheguei a porta estava aberta, e as coisas estavam todas reviradas..

- curiosamente quem veio não estava tentando roubar o dinheiro, nem sequer chegou perto do cofre mas, todas as bonecas foram levadas..

- é que, hoje era meu aniversário, eu queria tanto ela..

* vic abre um choro ensurdecedor, toda luz se afasta!

- ei, oque houve? oi sr. bernardo..

* chega a mãe depressa após ouvir o choro da filha

- ei.. oque foi?

- ela estava tão feliz agora a pouco, aliás.. porque sua loja esta vazia?

- pois é, fui abrir a loja de manhã como sempre e ela estava assim, arrombada, sem as bonecas

- mas ainda bem que não levaram o dinheiro..

* o choro ficou mais alto!

- minha filha não chore.. não há oque fazer..

- é que hoje é o aniversário dela e.. ela queria muito uma boneca..

- hum.. pensando bem, havia sobrado uma boneca.

- sério!?

* o sol e as árvores viram-se à espiar se vale apena cantar

- s-sim.. bem, não era a que você queria mas.. espere um pouco..

- pronto, aqui esta ela, foi a única que sobrou.

- ela parece meio surrada, não tem o rostinho de porcelana mas..

- se você der corda, ela irá cantar uma linda melodia

- como o seu sorriso quando ha vi correndo até aqui.

* sr. bernardo acolhe vic com um sorriso e da corda à boneca, que começa a tocar um soneto de balé

- quanto vai custar sr. bernardo? (diz a mãe)

- ah, nada, é por conta da casa!

- é um presente se aniversário pra minha princesinha, né?

- bom, voltemos a rotina.. a polícia já já deve chegar, o clima vai ficar pesado..

- é melhor vocês irem.

- cuide bem dela menina, ela é especial

- todas se foram mas ela foi a única que ficou, como se à esperasse..

- sim..

* depois de fitar o olhar e os cabelos da boneca alguns segundos..

- candy!

- candy?

- sim! é o nome dela!

- oh, que nome doce! (diz sr. bernardo e entra na loja)

- sim! (diz vic, que volta feliz abraçada com a boneca)

_

chegando em casa, vic leva candy até seu quarto e a apresenta às suas outras bonecas, e como sempre, faz uma festinha de chá para brindar a nova companheira:

- vivaaa! hoje é um dia especial, a gente vai dormir até tarde e fazer uma festa do pijama! hihi!

- candy, como você é a mais nova você vai começar o confessionário ok?

- no confessionário cada uma tem que contar alguma coisa proibida que fez na vida que nunca contaria à ninguém..

- não seja tímida, nos somos uma irmandade, oque está entre nós, fica entre nós.

- a laura por exemplo.. ninguém sabe mas, todas as noites, ela ataca a geladeira pra tomar leite, acredita? leite haha..

- filha, quer assistir filme e tomar sorvete até tarde hoje? (grita a mãe)

- sorvete de chiclete?!

- sim, seu favorito!

- querooo!

- desculpem meninas, mas o chá ficará pra outro dia.. fui convidada pra uma festa importante, preciso ir hehe

vic pega suas cinco bonecas e as leva até a prateleira de seu quarto

- prontinho.. não vão fazer muita bagunça em..

* apaga as luzes e sai do quarto

pega um casaco jogado no sofá e sai com sua mãe para alugar um filme e comprar o sorvete.

chegando em casa, cansada de brincar no parque, vai direto ao banheiro de seu quarto tomar um banho quente, mas quando liga a luz, nota uma de suas bonecas no chão..

- que estranho, as janelas estavam trancadas, moram apenas eu e minha mãe aqui..

- sera que.. eu deixei muito na beira?

- sim, deve ter sido.. que estranho.

* por um segundo olha candy curiosa e volta pro banho

- deve ser só a minha imaginação.

vic despeja o sal de ervas na água quente, deita na banheira, estica as pernas e relaxa.. pensa no quanto queria aquela boneca de olhos castanhos, olha o teto tristonha e a discreta lágrima que escorrera de seus olhos confude-se com o sal de ervas quando mergulha de cabeça. de olhos fechados, nada mais importava; não havia oque fazer. a boneca havia ido embora mas.. o importante é que ela fez uma nova amiga, e as outras bonecas também.

* shuaa! emerge das águas

- uoo! acho que bati meu recorde de prender a respiração debaixo d'agua, 42 segundos!

vic se acalma e fica brincando na banheira com um patinho, quando ouve um som estranho..

*tum.

- ?

- que barulho foi esse?

* tum

- maaae? (grita vic)

- oi filha, que foi? tô preparando a janta!

- nada não..

rapidamente vic enrola-se na toalha e sai para ver oque estava ocorrendo. quando abre a porta frente a prateleira, mais uma vez soficornio estava jogada no chão, mas dessa vez também estava yuffie. candy e as outras continuavam no mesmo lugar.

assustada, pensou no que ocorreu de manhã na loja e nem quis chegar perto de candy. vestiu um pijama rápido, calçou suas pantufas e saiu correndo de seu quarto em direção à mãe.

- mãe, mãe! aconteceu uma coisa..

- (estranha.. pensou)

- tcharaaam! não tá pronto, era pra ser surpresa, achei que você fosse demorar mais no banho, mas..

- porque você ta assim assustada, oque foi?

haviam balões rosas flutuando pela sala, e além do sorvete de chiclete, havia uma pilha de doces e salgados sobre a mesa.

- ah, nada não.. que bonito!

vic não queria decepcionar sua mãe, afinal aquele dia era especial para ela também, pensou em contar oque havia ocorrido outra hora.

na metade de a viagem de chihiro com cada uma largada em um sofá com a barriga cheia de doces, vic sente vontade de ir ao banheiro. pensa no que ocorreu lá em cima e decide ir no banheiro da mãe, mas ao tentar entrar, a porta estava trancada. ela pensou em ir acordar a mãe mas, ela estava dormindo tão profundamente, e sonhando tão bem, que os sorrisos que variavam aos seus resmungos preencheram o sorriso de vic; ela lembrou o quanto amava a mãe.

muito apertada, ela começou a se encorajar.

- qual é, é só uma boneca.. que mal poderia acontecer?

- além do mais eu sou humana, tenho músculos! como ela teria força pra fazer algo?

- meu deus oque estou pensando? deve ter sido alguma coisa mas não foi ela..

subiu às escadas. cada passo que dava se agarrava à uma lembrança, à alguma coisa real que a mantesse sã. não era apenas uma escada, ela estava desafiando a sanidade.

chegou em cima, na porta de seu quarto, pensou em abri-la lentamente mas

VRUUM!

abre a porta num alvoroço de olhos fechados!

quase urinando em si mesma, abre lentamente os olhos e vê: tudo no seu devido lugar..

- haha, sabia.. deve ter sido algo, mas a candy?

- (...) foi um dia cheio hoje..

* pensa enquanto sai correndo até o banheiro.

*fecha a porta, tranca a maçaneta e se senta

- estou ficando louca, uma de minhas bonecas? haha..

*encosta a cabeça na parede e urina olhando o teto, e então mais uma vez ouve as bonecas caírem

tum. tum. tum. tum.

quatro vezes ela ouve o mesmo som quando suas outras 2 bonecas caíram, então.. só podia ser candy!

já começando a entrar em desespero ela começa a ouvir o soneto de balé que sr. bernardo à havia mostrado quando deu corda, mas o som estava ao contrário, e estranho! parecia.. triste!

TUM, TUM, TUM, TUM!

quatro baques fortes tentaram arrombar a porta, oque estava acontecendo lá fora?!

- MAAAE, MAAE POR FAVOR ACORDA, ME AJUDA!

* se encolhe no canto do banheiro e começa a chorar..

- me ajuda..

- você não quer

- tomar chá?

* ouviu com uma variação de vozes estranhas..

vic não conseguia pensar em nada, seu banheiro não tinha janelas, sua mente estava entrando em colapso.

- FILHA FILHA!

- MAE!

- FILHA EU ESTOU..

- subindo as escadas.. *vozes estranhas

- MAE?

- (...) MAE?

*ouve barulho de baques continuados diminuindo

- MAS QUE DROGA TÁ ACONTECENDO?

- era pra ser só o dia mais feliz, o meu aniversario..

- filha..

- mãe? mãe..

por instinto e sem pensar, a beira da loucura, vic abre a porta e se depara com oque nunca imaginaria: uma criança estava acocada de costas embaixo de sua prateleira, ela usava um vestido branco e tinha a gigantesca cabeça de candy no lugar da sua, ao seu redor estavam pedaços das outras bonecas e.. sua mãe estava sem cabeça!

envolta de tanta insanidade ela simplesmente sentou no chão, abraçou os joelhos e começou a chorar

- é só um pesadelo, só um um pesadelo, um pesadelo

e enquanto falava o sangue de sua mãe escorria até seus pés e enxergava seu corpo

- é só um pesadelo, um pesadelo..

- filha.. *vozes estranhas

- mãe?

*levanta a cabeça e encara a face ensanguentada de candy a observando

- preciso

- encontrar meu corpo..