sabor dos olhos
era desejo de algo dentro de mim que saísse junto ao sabor do meu sangue e da dor mista ao prazer
com um garfo não exitei e arranquei meus olhos para participar da maior delícia que eu já senti em toda minha ilustre existência.
ao me deliciar com meu próprio nervo ótico junto de uma pupila que já não via mais nada, o sangue descia pelo meu rosto derramando pela cómea o tempero que faltava.
na boca meus olhos derretiam feito biscoitos de nata onde meu próprio sabor se espalhava pelo céu da minha boca, descendo pela garganta na forma de escárnio.