O GRITO DA RISADA MORTAL

A ESCOLA DOS SONHOS I

Jack sorriu...

Novamente aquela risada...

Ele arrombou a porta do meu quarto, ninguém ouviu... pensei que fosse o diretor, – talvez uma inspeção de rotina... Mas...

Só notei, quando a faca estava grudada dentro de minha pele, rasgando meus músculos e fatiando minha carne.

Tentei gritar, mais ele tampou minha boca, conforme ele disferia diversas facadas em meu abdômen, fui perdendo a consciência, mas não antes de ver minhas entranhas jogadas no chão e escorrendo pelas paredes...

Olhei para ele uma última vez, e lá estava o sorriso, manchado pelas antigas memorias daquele dia...

Meus olhos se fecharam... bem lentamente... até perder a luz...

...

Entretanto, algo insólito veio a ocorrer em seguida...

Abri meus olhos, num suspiro forte e rápido...

Não conseguia me mexer, algo me prendia a uma mesa, foi então que aconteceu... comecei a ouvir vozes estranhas vindas de não muito longe, diziam palavras estranhas, desconexas, provavelmente de uma língua que eu jamais ouvi antes, contudo uma nova voz me surpreendeu...

Era a do diretor James que falava:

– Encontramos ele assim no quarto, o experimento não está saindo como planejado, alguém está matando nossas cobaias e o tempo está acabando, logo nossa operação estará encerrada e precisaremos retornar...

– &%$#@&%...

– O que fazer com o garoto? – Desmonte-o, seus restos podem servir como fonte de alimento, durante algum tempo. – Ah, e mais uma coisa, não se esqueçam de deixarem um pedaço dele para mim, nunca mais comi carne humana...

Uma sombra se aproximou de mim, não consegui ver o seu rosto, estava virado de cabeça para baixo numa mesa, que mais parecia de cirurgia, além disso não sentia minhas pernas e nem meus braços, e alguns de meus órgãos estavam dentro de tubos com um tipo de substancia.

Pôr o piso ser tão limpo, ele me permitiu ver o que vinha...

Não devia ter aberto meus olhos!!!

UM DIA ANTES

– Oi, meu nome é Jake, bem vindo ao internato Sanity Falls.

– Ah, tá bom, já essa baboseira umas trezentas vezes, por favor... NÃO!

Jake ficou nervoso e começou a me encarar, olhei para ele do mesmo jeito e então segui pela porta da frente...

Pensei que um internato seria diferente das várias escolas que já frequentei, mas... nada que não tivesse visto antes, pelo menos até eu ouvir...

Aquela risada espantosa e horrível...

Aquilo feriu minha alma, nem mesmo sabia o porquê... A risada mais medonha e perversa que já ouvi...

Virei-me para trás, na direção de onde vinha o som da risada, mas infelizmente ninguém estava lá, e sem nem mesmo notar a risada cessou.

– Então você é o garoto novo, bem-vindo! – Sanity Falls tem a grande honra de oferecer as gratidões de ter nos escolhido...

Ignorei ele... cansaço era o que não faltava de ficar ouvindo conversinha afiada.

Depois que ele me mostrou meu quarto, bati a porta na cara dele...

Pelo menos não teria de aguentar um colega de quarto.

Quando deitei na cama, senti algo em minhas costas, era um papel vermelho.

– Que merda é essa?

[– Está escola não aceita garotos malvados.]

Mal cheguei já começaram a me debochar, peguei o papel e atirei pela janela...

...

A noite chegou...

Batidas na porta...

Fui atender...

Olhei pele o olho magico da porta...

Era o Jack!

– Vai embora, não estou a fim de conversar com ninguém essa noite.

Jake sorriu...