O FANTASMA DO FUTURO

O FANTASMA DO FUTURO

– Ei, tem certeza que devemos fazer isso! – E se alguém nós pegar? – Perguntou Robert Aflito.

– Essa era a casa de Elisabeth Miller, dizem que a muito, muito tempo mesmo, tipo... a cem anos atrás, ouve um massacre aqui. Vinte três pessoas morreram, pelas mãos de uma viúva. – Contou Jake, enquanto arrombava a porta dos fundos.

– A famosa casa vermelha, ninguém nunca, jamais, conseguiu viver nela, dizem que a morte sempre a acompanhou de perto. – Explicou Ana.

– Consegui... Vamos entrar...

– Esperem, não podemos fazer isso! – E se, e se... A meu deus, vamos sair daqui por favor. – Disse Robert morrendo de medo.

Quando abriram a porta, Jake ouviu uma voz ecoar de dentro da casa...

– Não entrem.

– Esperem, acho que ouvi alguma coisa. – Falou Jake.

– O que foi agora, não me diga que amarelou logo aqui, Roberto dois. – Frangotes, vou mostrar para vocês como faz. – Falou Ana.

A casa estava realmente caindo aos pedaços, moveis velhos talvez da virada do século. As luzes pipocaram quando Ana apertou o interruptor e logo em seguida queimaram, mas Robert viu por um trigésimo de momento, quando um vulto passou por sua frente, como se estivesse fugindo de algo.

– Gente, vamos voltar, isso tá começando a ficar assustador! – Insistiu Robert.

– Cala boca! – Gritou Ana.

Ambos andaram por aquele longo corredor em perspectiva, que levava até a sala de estar do outro lado da casa.

De repente... Um barulho vindo logo a frente...

– O que foi isso? – Perguntou Jake.

Ana movida por uma curiosidade terrível tomou a dianteira e seguiu em frente, se perdendo na escuridão da casa...

Os dois rapazes continuaram juntos...

– A história lá fora era mentira Robert, era só para te assustar! – Revelou Jake.

Robert colocou a mão no peito em um movimento de alivio.

– Ei, cada a Ana? – Ela estava na nossa frente a menos de um segundo! – Falou Ana.

– Ana!!! – Gritou Robert.

– Não faça isso seu idiota, você não assiste filmes, nunca se grita na escuridão... – Avisou Jake.

– Mas e a Ana? – Perguntou Robert.

– Fique calmo... Vai dar tudo certo. – Falou Jake.

Ambos percorreram o resto do corredor e então encontraram uma sapatilha no chão.

– Minha nossa! É a sapatilha da Ana! – Disse Robert quase desmaiando.

Jake olhou para frente no final do corredor e reparou numa luz...

– Vamos Robert, tem uma luz ali!

Quando finalmente chegaram, encontraram Ana na frente de um quadro em branco.

– O que aconteceu Ana, porque você desapareceu? – Perguntou Robert extremamente preocupado.

– E sua sapatilha, porque a deixou lá atrás... – Disse Jake.

Ana olhou para Jake de um jeito estranho e respondeu.

– Minhas sapatilhas estão no meu pé, sabe muito bem que nunca tiro elas, pois me custaram os dedos da mão. – Argumentou Ana.

Jake ficou confuso, lembrou-se da sapatilha que havia visto antes e disse a si mesmo.

– Aquela era! A sapatilha de Ana, não tenho dúvida. Mas enfim.

– O que está fazendo aqui, porque correu? – Perguntou Jake.

– Gente, este quadro é sinistro! – Falou Ana.

– Mas, está totalmente em branco. – Observou Robert.

– Mas não estava assim ... Quando cheguei aqui, a alguns instantes, o quaro... Havia uma pintura nele... – Revelou Ana.

– Como assim, ele está em branco!

Ana não tirou os olhos do quadro... Era como se estivesse num transe.

Jake olhou para Janela e viu o sol nascer.

– Mas... Como o sol está nascendo. É impossível... Saímos de casa eram sete horas da noite. Não estamos aqui a menos de meia hora... – Questionou Robert.

Ana, Robert e Jake saíram da casa sem saberem direito o que havia acontecido. Ana nunca mais foi a mesma depois daquele dia.

ALGUNS DIAS DEPOIS

– Alô! É a Ana!

– Não, aqui é a mãe dela, Ana não pode atender está trancada no quarto como sempre, quer dizer, como sempre não, desde aquele dia...

– Tudo bem, obrigado senhora.

– Precisamos voltar para aquela casa, tenho que saber o que aconteceu. – Disse Jake.

Quando Ana estava indo para escola, Jake a barrou na rua e a obrigou a volta na casa junto com Robert.

Ana não parecia ser mais a mesma, estava de um jeito irreconhecível.

Mais ainda assim, não recusou em ir na casa vermelha novamente.

– Nossa, a porta está aberta. – Não me lembro de tê-la deixado assim da última vez que estivemos aqui! – Falou Jake.

– Provavelmente foi o zelador noturno, ele não vem muito aqui, só quando é preciso. – Quando a chefe dele o manda! – Sussurrou Robert.

– Olhem no chão, o que isso? – Perguntou Jake.

– É tinta! – Respondeu Ana de imediato, como se já soubesse de algo.

Ana tomou a dianteira e seguiu na frente, como se estivesse em algum transe...

– Ana, está bem? – Espere por nós! – Falou Robert.

As manchas de tinta no chão seguiam cruzando todo o corredor, e conforme se aproximava do final do corredor, a tinta aumentava.

...

– Não continuem! – Sussurrou uma voz vinda da janela da varanda.

Robert e Jake seguiram Ana até um grande quadro...

– Mas... como isso pode ser possível... – Gaguejou Robert.

– Isso não estava assim, da última vez... – Deve ser algum tipo de brincadeira... – Tentou explicar Jake.

Ana aproximou sua mão do quadro, e neste mesmo instante tudo tornou-se quieto e vazio...

Todos desapareceram, os três...

Um sentimento de culpa, alivio e medo cobriu o ambiente...

Então uma última gota de tinta caiu do quadro no chão, este seria sem dúvida o ultimo som a ser ouvido naquela casa... pois dois dias depois ela seria demolida e ninguém mais se lembraria daquelas crianças...

[ – O que Ana viu no quadro no primeiro dia de invasão da casa, não foi apenas um pintura em branco, mas sim um retrato.... Dos três... gritando e pedindo socorro enquanto tudo desmoronava sobre eles... ]

Vinícius N Neto
Enviado por Vinícius N Neto em 15/06/2015
Código do texto: T5278532
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