Ascensão dos Olhos de Prata #1.1

Gênesis 4;15

"O Senhor, porém, disse-lhe: Portanto qualquer que matar a Caim, sete vezes será castigado. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que o não ferisse qualquer que o achasse."

Chegamos em fim aquele ponto da historia, em que a personagem larga tudo e clama por vingança, aquele ponto em que nada mais importa a não ser o sangue nas mãos.

Chegamos ao começo da minha historia.

O dia em que tive que enterrar meus entes queridos pela segunda vez.

Capítulo 1 - Maldição de Caim.

Com a chuva, a terra virava lama em minhas mãos, pernas e joelhos.

Estava exausto e o dia já estava para amanhecer, joguei a pá para o lado e afofei a terra do último túmulo, um total de 30 buracos, incluindo a cova de Jhonny e Audrey, uma ao lado da outra, no terreno atrás da fazenda.

Essa com certeza era a pior sensação do mundo, fiquei ali parado na chuva um momento, com um olhar vago para os túmulos tentando imaginar quem fora o autor dessa chacina, e apenas um nome vinha a mente.

Samyaza, o maldito anjo.

De qualquer forma eu não faria nada sozinho, muito menos sem informação alguma e exausto daquela forma, decidi subir e me deitar um instante.

Catherine ainda não sabia do incidente, por sorte fora passar a noite na casa do namorado e não teria feito parte da tragédia, pobre coitada iria surtar quando visse aquilo.

Fechei a porta principal e as janelas e me dirigi para meu quarto para descansar, a algum tempo q eu sentia necessidade de passar o dia dormindo e permanecer acordado apenas durante a noite.

Cheguei até a cama, e antes de me deitar percebi que não queria dormir ali. Então andei até o ultimo quarto, o de Beatrice.

O que acontecera com ela? Certamente não fugiria diante da tragédia, certamente que alguém teria a levado... Eram muitas perguntas e nenhuma resposta.

Empurrei a porta e o cheiro dela invadiu minhas narinas, estava impregnado em todo lugar, nos moveis, nas roupas no armário e na cama. Porém algo ali cheirava mais forte, algo no quarto era detentor de um cheiro forte e recente de Beatrice, talvez algo em que ela tivesse tocado momentos antes da tragédia.

Fui seguindo o perfume dela pelo quarto, e na beira da cama eu achei o dono daquele maravilhoso cheiro.

Uma carta, lacrada com o símbolo de duas espadas cruzadas.

Uma carta escrita com letras curvadas "Para Edd".

Pedro Kakaz
Enviado por Pedro Kakaz em 16/12/2013
Reeditado em 16/12/2013
Código do texto: T4613421
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