A Ascensão dos Olhos de Prata - Prólogo

Nota do autor:

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Prólogo

Era uma sala sem forma, sem cor, sem odor. No centro uma mesa tão escura quanto a noite, e em volta dela seis cadeiras, grandiosas porém tão apagadas quanto o ambiente.

O primeira a chegar fora Profano, com suas vestimentas vermelhas que contrastavam com sua pele pálida, lábios pálidos e frios, e olhos quentes.

Olhou a sala de canto a canto, e calmamente se sentou no quarto assento para esperar por seus irmãos.

No canto adjacente ao quinto assento, um estampido e um clarão, Profano olhou e esperou seu irmão Desafiador terminar o rito de chegada, cabelos brancos compridos e um tom jovial e destemido estampado no rosto, carregando três bainhas vazias na cintura, era o terceiro no comando:

- Senhor. - Disse Profano como em respeito ao irmão mais velho e mais poderoso.

Desafiador fora o anjo a quase derrotar Gabriel, era respeitado por todos os irmãos, e chamado também de Senhor das Espadas:

- Profano, vejo que não trouxe seus queridos filhos? - Desafiador enojava todos os híbridos, filhos de homens com anjos.

- Sabes muito bem que humanos e híbridos vivos são incapazes de adentrar este local. - Retrucou Profano ao irmão, que não demonstrou emoção alguma, e se sentou no terceiro assento.

Algum tempo se passou até o próximo estampido, da qual um manto negro surgiu do chão, do teto e das paredes simultaneamente, junto dele uma forma cadavérica, ossuda, com cabelos negros que faziam forma ao manto e vice e versa, tomava forma o Senhor da Morte:

- Profano. - Fez menção ao irmão jovem, e em seguida ao Desafiador.

Sentou-se no segundo assento.

Um estrondo tomou conta da sala, que acendeu como fogo, brilhou irradiante como a luz do sol, e de trás do primeiro assento por meio a luz saiu o Senhor do Inferno, Beliel.

Sua armadura negra tomada por riscos de batalha, uma espada imensa nas costas e dois chifres enormes na cabeça, curvados.

Todos se levantaram e se curvaram:

- Senhor do inferno. - Disseram todos em coro para o grandioso Beliel, o Anjo comandante do exército de demônios, braço direito de Estrela da manha.

Fez menção para se sentarem, e todos se sentaram em seus devidos assentos:

- Como começaremos sem aquele que nos invocou aqui? - Estrondou Beliel com uma voz de trovão.

Um tempo se passou, um tempo pequeno para os Anjos, porém significativo para os Homens, e após 15 anos de espera, com um estampido desesperado, surgi o quinto anjo, detentor do quinto assento diabólico, o chamado Conquistador, Samyaza.

O Senhor do Inferno se levantou e bruscamente apontou a espada chamada Dragão para a face de Samyaza:

- Espero que essa demora seja justificada, e que o motivo que nos trouxe aqui no minimo relevante. - Urrou Beliel.

Todos permaneceram em seus assentos, olhando para Samyaza:

- Tenho certeza que nosso irmão não nos chamaria sem necessidade meu senhor. - Disse Profano usando de sua sedução.

Samyaza não se mexeu:

- Meu senhor, irmãos. - Samyaza se curvou diante de todos e se aproximou da mesa sem se sentar. - Venho diante de vocês dizer que encontrei algo de interesse dos senhores.

Samyaza ergueu um colar de pedra vermelha para todos na sala.

O espanto foi unânime, e até o anjo mais frio se arrepiou:

- Coração Celestial! - Gritou Desafiador e uma de suas espadas ficou em chamas negras.

- Como... Como obteve isso! - Os olhos de Beliel brilharam como uma estrela cadente.

- O velho boato que um de meus filhos trouxe, Olhos Prateados, ele retornou em um jovem Desalmado. - Samyaza fitou seus irmãos que pareciam eufóricos.

- Os Olhos Prateados, Coração Celestial... - Disse O Anjo da Morte. - Sabemos o que isso quer dizer.

- Sim. - Disse Beliel, o senhor do inferno. - Temos que agir rapidamente. Senhor da Morte ficará encarregado do Coração, ele ficará com você não importa o que aconteça, como posto de segundo anjo essa será uma tarefa de suma importância.

O Anjo da Morte se levantou, e pegou o Colar das mãos de Samyaza que o entregou sorrindo:

- Quero que vá ao local de Sepultamento e aguarde minhas ordens. - E com um estampido o Anjo da Morte desapareceu com o Coração Celestial.

E Beliel continuou:

- Samyaza virá comigo atrás do Sacerdote Yekun, que saberá o que fazer. Enquanto isso Desafiador, como terceiro anjo te ordeno a capturar o Olhos Prateados, leve-o para o Sepultamento, precisaremos de seus Olhos e seu sangue. - Ordenou Beliel, e num clarão Desafiador e suas três espadas de chamas desapareceu.

Profano ficou parado esperando pelas ordens que não vieram, e após Samyaza desaparecer, Beliel disse suas últimas palavras ali no Limbo:

- Reúna todos os Anjos, se prepare como se fosse enfrentar o Estrela do Manha.

Pedro Kakaz
Enviado por Pedro Kakaz em 10/12/2013
Código do texto: T4606881
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