Antenor e Jandira
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Aos trinta e oito anos Antenor somava milhares de parcelas da miserável vida que vivia. Herdeiro da pobreza de vinte e cinco gerações Antenor era mais feio que desastre de trem, sua figura era monstruosa aos olhos. Assustava homens mulheres e crianças. Raramente saia de sua casa a luz do dia. A casa de Antenor era uma cova rasa no cemitério de Inhaúma no subúrbio do Rio de Janeiro. Os coveiros não se atreviam a expulsar Antenor de sua moradia e também não tinham coragem de cobrir com barro e cal o corpo disforme daquela desgraçada “criatura”. Horripilantes lendas urbanas são contadas nas biroscas e praças da cidade tendo como protagonista o desgraçado Antenor. Sem dúvida a mais horripilante dessas lendas urbanas tem como cenário o Mercadão de Madureira.
Diz essa lenda urbana que certa feita uma senhora de 42 anos de idade foi ao Mercadão de Madureira comprar um pato para sacrificar aos seus deuses em agradecimento à uma graça alcançada. Seu nome, Jandira. Jandira era casada com seu Mario das ferragens, pequeno porém próspero empresário no ramo da construção civil. O maior sonho do casal era o nascimento de um herdeiro ou herdeira, mas passados vinte anos de casados o sonho não se realizava. Seguindo conselhos de amigas paulistas o casal das ferragens com seus corações transbordantes de esperanças e promessas feitas aos orixás africanos foram para São Paulo ao encontro de famoso geneticista. Tal homem ficou famoso e muito rico em sua especialidade, fertilização in vitro. Seis meses depois da primeira consulta deu-se o milagre. Jandira estava grávida.
Promessa feita é dívida assumida. Jandira estava feliz e sorridente no Mercadão de Madureira ostentando sua bela barriga de mulher completamente grávida quando ao entrar na galeria G do Mercadão deu de cara com Antenor. O choque foi terrível. Ao ver aquele monstro Jandira entrou em trabalho de parto, não deu tempo nem de deitar-se no chão, a criança nasceu na galeria G do Mercadão de Madureira em frente a loja de tudo por um e noventa e nove. Os populares freqüentadores do Mercadão que até então se mantinham distante do horripilante monstro, ao verem o que ele fizera com a mulher e seu bebe, partiram enfurecidos para cima do monstro. Antenor morreu na galeria G do Mecadão de Madureira em frente a loja de frutas e legumes. O bebe de Jandira sofreu graves ferimentos no tombo ao nascer. Não resistiu a espera de 10 horas pela ambulância do SUS. O mostro morreu. O geneticista rico e famoso...vou deixar para outro conto de terror.
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Aos trinta e oito anos Antenor somava milhares de parcelas da miserável vida que vivia. Herdeiro da pobreza de vinte e cinco gerações Antenor era mais feio que desastre de trem, sua figura era monstruosa aos olhos. Assustava homens mulheres e crianças. Raramente saia de sua casa a luz do dia. A casa de Antenor era uma cova rasa no cemitério de Inhaúma no subúrbio do Rio de Janeiro. Os coveiros não se atreviam a expulsar Antenor de sua moradia e também não tinham coragem de cobrir com barro e cal o corpo disforme daquela desgraçada “criatura”. Horripilantes lendas urbanas são contadas nas biroscas e praças da cidade tendo como protagonista o desgraçado Antenor. Sem dúvida a mais horripilante dessas lendas urbanas tem como cenário o Mercadão de Madureira.
Diz essa lenda urbana que certa feita uma senhora de 42 anos de idade foi ao Mercadão de Madureira comprar um pato para sacrificar aos seus deuses em agradecimento à uma graça alcançada. Seu nome, Jandira. Jandira era casada com seu Mario das ferragens, pequeno porém próspero empresário no ramo da construção civil. O maior sonho do casal era o nascimento de um herdeiro ou herdeira, mas passados vinte anos de casados o sonho não se realizava. Seguindo conselhos de amigas paulistas o casal das ferragens com seus corações transbordantes de esperanças e promessas feitas aos orixás africanos foram para São Paulo ao encontro de famoso geneticista. Tal homem ficou famoso e muito rico em sua especialidade, fertilização in vitro. Seis meses depois da primeira consulta deu-se o milagre. Jandira estava grávida.
Promessa feita é dívida assumida. Jandira estava feliz e sorridente no Mercadão de Madureira ostentando sua bela barriga de mulher completamente grávida quando ao entrar na galeria G do Mercadão deu de cara com Antenor. O choque foi terrível. Ao ver aquele monstro Jandira entrou em trabalho de parto, não deu tempo nem de deitar-se no chão, a criança nasceu na galeria G do Mercadão de Madureira em frente a loja de tudo por um e noventa e nove. Os populares freqüentadores do Mercadão que até então se mantinham distante do horripilante monstro, ao verem o que ele fizera com a mulher e seu bebe, partiram enfurecidos para cima do monstro. Antenor morreu na galeria G do Mecadão de Madureira em frente a loja de frutas e legumes. O bebe de Jandira sofreu graves ferimentos no tombo ao nascer. Não resistiu a espera de 10 horas pela ambulância do SUS. O mostro morreu. O geneticista rico e famoso...vou deixar para outro conto de terror.
Este não é o monstro Antenor
Reeditado em 04/07/2013