Meu pecado.

Eu trai a mim mesma, entreguei meu corpo a ele, lhe dei meu coração e em troca recebi apenas dor e vergonha. Eu tinha somente quatorze anos, não medi a conquencia do meu ato. Miguel era um rapaz sedutor, me envolveu em suas teias de perigosas e destruidoras ilusões. Dois meses depois ele me abandonou ali com o filho bastardo a crescer em meu ventre. Meu pai me jogou na rua, com o parco dinheiro encontrei uma mulher que tiraria o maldito de ser de dentro de mim. A mulher pegou um objeto pontudo e enfiou no meu corpo. Senti o ser infeliz sair de mim, mais não só ele me deixou a vida junto da seiva vital me abandonou, a hemorragia me matou. A morte não me veio como consolação, meu pecado eu espiei cada dia nestes cinquenta anos que aqui no vale, ou purgatorio fiquei. Me arrependi e os da luz me resgataram. Me lembrei do meu bebé e quiz saber dele, fiquei sabendo que ele reencarnou e hoje é um médico que salva muitas vidas, outra mulher lhe deu a vida que eu destrui. Logo devo regressar ao mundo não poderei ter filhos, pois destrui meu utero na ultima encarnação. Meu filho a quem neguei meu amor será meu pai, e me ensinara o verdadeiro sentido da vida e do amor. Meu pecado esquecerei e o resgatarei.

Alesandra Cristina
Enviado por Alesandra Cristina em 10/06/2012
Código do texto: T3716479