Eu sou a morte-parte seis

O doutor não conseguiu segurar sua tara e em todas as consultas beijava e alisava Ana Clara. A menina não disse nada aos pais, porque não tinha conhecimento do que acontecia com seu corpo, quando eu o tomava emprestado. Não morri virgem, sempre gostei muito de sexo e admito que sentia prazer com a violação. Ana Clara foi ficando cada dia mais fraca devido aos ataques sofridos. Para tentar recuperar sua saúde, seus pais venderam a casa. A criança foi levada á vários especialistas que não conseguiram descobrir a causa da moléstia. Eu já estava cansada das brincadeiras e ansiava por mais mortes, por isso na última “consulta”, não me incorporei e fiquei de lado observando. Confiante o médico puxou a menina para seu colo e começou a acaricia-la. Espantada ela começou a gritar por socorro e para silenciá-la homem a sufocou. A morte foi instantânea devido ao estado de fraqueza da criança. Depois de alguns minutos o doutor abriu a porta do quarto e chamou pelos pais. Foi indescritível a sensação que senti, ao ver meu algoz chorando abraçado a filha morta. Descobri nesse momento que a energia que extraio com o sofrimento das pessoas está me tornando cada vez mais forte. Consigo me materializar para quem eu quero com facilidade, sem ser notada por outras pessoas. Foi o que fiz durante o enterro. João Carlos estava sendo consolado por um amigo, quando toquei em seu ombro. Ao se virar em reação ao toque deu de cara comigo. O pavor foi tanto que desgraçado desmaiou. Ocultei-me de novo. Por enquanto estava bom, eu não queria que meu assassino morresse de susto. Ainda tinha terríveis planos para ele. (fim da sexta parte) 07/04/2012